A Alfabetização e Letramento

INTRODUÇÃO

Este trabalho apresenta o tema Alfabetização e Letramento, o qual visa buscar o contexto dos mesmos em sala de aula, nas atividades propostas aos alunos. Sabendo que buscar a identificação desses processos no contexto de aprendizagem através das atividades dos alunos é de extrema importância para o professor. Segundo Magda Soares, letramento e alfabetização são dois processos que devem ser trabalhados simultaneamente na escola. A autora explica que esses dois conceitos apresentam diferenças fundamentais, pois estão relacionados com concepções distintas de ensino de língua. A autora afirma que letramento é sempre ligado à compreensão de leitura e escrita como práticas sociais, que privilegia a visão de língua que usamos a todo instante quando nos comunicamos. Alfabetização está ligada à concepção de escrita como sistema ordenado pelas regras gramaticais, que é necessário decifrar.

Mesmo considerando estas diferenças, a autora defende que não podemos separar, alfabetização e letramento. Ou seja, a escola deve trabalhar com os dois processos simultaneamente para evitar o fracasso escolar. Não basta apenas ensinar os aspectos da língua como código, também é preciso trabalhar a língua em seus usos sociais.

Ano/Época	Marco Histórico	Escolarização	Alfabetização
Década de 40-Século XX	Segundo Costa (1983), a República marcou de fato com a implementação do processo de democratização da educação popular no estado. Além da expansão efetiva do número de escolas e vagas. Ainda segundo um artigo a Segunda Guerra Mundial veio a acelerar o desempenho econômico do Brasil na década de 40.	Segundo (SCHIMIDT, 1997) Neste período ocorreu um intenso movimento internacional a favor da criança, do seu estudo e da sua educação, denominando o século da criança. Entretanto no Brasil por meios de ideias teóricas e influências Internacionais, e o avanço da sociedade industrial, começou o movimento da Escola Nova, tendo como principais autores Fernando de Azevedo, Anísio Teixeira e Lourenço Filho, em uma época de conflitos entre os adeptos da escola renovada e os católicos conservadores, que detinham o monopólio da educação tradicional.	Segundo Soares (1991), neste período buscava-se o melhor método para a Alfabetização, o Brasil optou pelo denominado “Método Misto”, que traz características tanto das metodologias sintéticas (fonema, sílaba) e de alfabetização quanto das metodologias analíticas (texto, frases, palavras, e através da decomposição, chega-se aos elementos menores).
Até os anos 80 do século XX	Segundo a enciclopédia livre, os anos 80, foi o período bastante marcante, considerada como o fim da idade industrial e início da idade da informação. O Brasil amargou uma das piores recessões da sua história, entrou em um declínio econômico. A escassez de recursos externos marcou o agravamento crescente da crise dos anos 80.	Segundo o artigo Brasil escola, o sistema escolar se reorganizou , e o avanço do sistema escolar brasileiro e da legislação educacional foi a obrigatoriedade da gratuidade do ensino fundamental e médio a ser oferecido pelos estados e municípios. Como uma obrigação e dever do Estado.	Segundo (MORTATTI, 2006, p.56), Foram empregados no Brasil métodos analíticos de alfabetização, podendo destacar: Sentenciação; Palavração; Global puro; Global de Contos. Havia também os métodos analítico-sintéticos, métodos mistos ou ecléticos que conciliam os métodos sintéticos e analíticos. Todos os métodos de alfabetização utilizados na escola apregoavam que o aluno, para poder ler textos reais, primeiro tinha que ser capaz de decodificar letras e sons corretamente. Não se lia para uma criança que não sabia ler.
Anos 90 do século XX até início do século XXI	Segundo TORRES (1996 p.126), a década de 90 marca definitivamente a entrada do Banco Mundial no setor educativo, como organismo de expressiva importância panorama educativo. Anos 90 assume a Presidência da República o Fernando Collor, em 1991, houve então o congelamento de preços e salários na tentativa de controlar a inflação, em 1992 houve movimentações estudantis, os cara pintadas, protestam contra o governo. Decretado impeachment contra Collor em setembro. Itamar Franco assume a presidência da República.	Segundo o artigo, nos anos 90 um compromisso internacional foi assumido, garantir o acesso universal das crianças e adolescentes à etapa da educação obrigatória, e reduzir a taxa de analfabetismo dos jovens e adultos à metade do nível atingido. A partir de 1990 é criado o projeto de alfabetização “Alfabetizar é Construir”, pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Rio de Janeiro (SINDUSCON-RIO), com o apoio do Ministério da Educação e Cultura (MEC) e do Serviço Social da Indústria (SESI).	Afirma Freire (1989) a alfabetização deixade ser repetição intemporal do que passou para ser anúncio e promessa do que há de vir, “não é aprender a repetir palavras, mas a dizer a sua própria palavra” Ainda segundo FREIRE (1990), se a educação não é fazedora da cidadania, a alfabetização, e, sobretudo uma certa forma de trabalhar a alfabetização, pode constituir-se num fator, numa espécie de empurrão necessário na busca da cidadania. É preciso ficar claro que o fato de ler hoje o que não lia ontem, em termos de palavras, não significa que ninguém virou cidadão.
Século XXI até dias atuais	Segundo (CORTEZ, 2010) Um Marco importante na década foi a eleição de Dilma Rousseff como a primeira mulher a exercer a Presidência da República, eleita pelo PT, demitiu vários ministros e funcionários de alto escalão em seu primeiro ano de mandato devido acusações de corrupção, e teve no início um mandato caracterizado pela continuidade dos programas sociais de seus dois antecessores imediatos,  Luís Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso. Podemos destacar também como Marco na década o Fim da Guerra do Iraque; Osama Bin Laden é capturado e morto; Morre Hugo Chávez, Presidente da Venezuela; Abdicação do Papa Bento XVI e da rainha Beatriz nos Países Baixos. Assume o Papa Francisco e Guilherme Alexandre respectivamente; Morre Nelson Mandela, figura importante pela luta contra o Apartheid e ex-presidente da África do Sul.	Segundo (Costa, 2007), a sociedade brasileira passou por transformações profundas, especialmente, em seus aspectos econômicos, políticos, científicos, sociais e culturais, com consequências em todas as esferas da vida social e individual. O modelo produtivo tradicional foi substituído por um novo processo tecnológico, com a introdução de novas formas de gestão, de planejamento, de vendas, ampliando a capacidade produtiva de forma qualitativa. Contribuíram para esse processo, a abertura da economia, a nova legislação em relação à informática/inovação e o marco pelo advento da globalização e do neoliberalismo.	Segundo Maria Luiza Moreira, professora do curso de pedagogia da Uniritter, o Brasil não tem muito que comemorar, apesar da escolaridade média do brasileiro ter melhorado nos últimos anos, a inclusão no sistema de ensino não representou aumento significativo nos níveis gerais de alfabetização da população. A nossa sociedade não é leitora. A leitura está mudando de lugar e forma e, às vezes, asdificuldades que as pessoas têm são principalmente pela falta de interação com um determinado tipo de texto. Segundo ela as escolas ainda não conseguiram se adaptar ao novo tipo de aluno, que ingressou com a universalização do ensino. Demonstrando que o Brasil não é um país de leitores. Segundo a Maria Luiza é necessário a criação de iniciativas em sala de aula para manter os alunos interessados. Segundo documento da Unesco um grande desafio é a alfabetização de pessoas jovens e adultos, a uma visão e uma oferta educativa ampla que inclua o ensino, ao mesmo tempo em que reconheça e valide as aprendizagens realizadas pelas pessoas, não somente na idade adulta, mas ao longo da vida.

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