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A Criança e Natureza

Por:   •  4/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  8.058 Palavras (33 Páginas)  •  121 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO[pic 1]

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

ESCOLA DE EDUCAÇÃO

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

FLAVIA DA SILVA MONTEIRO

CRIANÇA E NATUREZA:

relações com o desenvolvimento na primeira infância

Barra do Piraí

2019


FLAVIA DA SILVA MONTEIRO

CRIANÇA E NATUREZA:

relações com o desenvolvimento na primeira infância

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Licenciatura em Pedagogia do Centro de Ciências Humanas da UNIRIO, como requisito para obtenção do grau de Pedagogo.

Orientador: Prof. Me. William Teixeira Alves

Barra do Piraí

2019


FLAVIA DA SILVA MONTEIRO

CRIANÇA E NATUREZA:

relações com o desenvolvimento na primeira infância

  1. Avaliado por:

Prof. Me. William Teixeira Alves

Orientador(a)

__________________________________

Segundo(a) leitor(a)

  1. Data da apresentação ___ / ____ / _____

Barra do Piraí

2019


AGRADECIMENTOS

A todos os amigos e familiares que ajudaram-me durante essa caminhada, meus sinceros agradecimentos. Aos professores, funcionários, à coordenadora Eveliane Teixeira, Ana Arouca, ao meu orientador Prof. Me. William Alves, e toda família do Polo de Barra do Piraí, minha eterna gratidão.

Lute como um professor!


CRIANÇA E NATUREZA: relações com o desenvolvimento na primeira infância

FLAVIA DA SILVA MONTEIRO

Orientador: WILLIAM TEIXEIRA ALVES

Resumo: O presente artigo aborda a contribuição da natureza para o desenvolvimento na primeira infância e o papel da escola nessa relação. Esse estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica e tem como objetivos: caracterizar a primeira infância; conceituar o termo natureza e demonstrar sua relevância para o desenvolvimento da criança na primeira infância; compreender o papel da escola na relação entre o desenvolvimento da primeira infância e a natureza; além de estabelecer as contribuições da natureza para o desenvolvimento da criança.

Introdução

        Existe uma grande necessidade de educar os pais, professores e a sociedade sobre o brincar na natureza. Ao refletir sobre as consequências do Transtorno do Deficit de Natureza (TDN), apontada por Louv (2016), as pessoas tornar-se-ão mais conscientes em relação aos benefícios que as crianças adquirem – biológica e cognitivamente – por meio de sua conexão física com a natureza.

Esse tema foi escolhido por acreditar que a cultura altamente urbanizada e longe do contato com a natureza está provocando mudanças intrínsecas na qualidade do desenvolvimento infantil e também está relacionada ao aumento considerável de vários transtornos. O estudo sobre os benefícios da natureza para a primeira infância necessita de dedicação e novas abordagens para que a conscientização sobre esse assunto faça-se presente na vida da sociedade.

        Esse artigo busca salientar um assunto relativamente novo, que necessita de pesquisas na área e demonstra uma importância fundamental para a compreensão de sintomas e transtornos cada vez mais comuns na sociedade atual. É preciso entender a relação entre criança e natureza, principalmente pais e educadores, visto que poucos dão o valor necessário a algo que precisa de uma urgente atenção.

        Diante do exposto, questiona-se: quais as relações do desenvolvimento de crianças na primeira infância com a natureza?

Esse artigo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, apoiada nas teorias de Fonseca (2002) e Gil (2007). Tem como objetivo geral refletir sobre a contribuição da natureza para o desenvolvimento de crianças na primeira infância e o papel da escola nessa relação.

        Os objetivos específicos são: caracterizar a primeira infância; conceituar o termo natureza e demonstrar sua relevância para o desenvolvimento da criança na primeira infância; compreender o papel da escola na relação entre o desenvolvimento da primeira infância e a natureza; estabelecer as contribuições da natureza para o desenvolvimento da criança.

        A velocidade da vida aumentou, inclusive para as crianças, haja vista que à medida que se busca melhorar as escolas, aumentar a produtividade, a riqueza e oferecer uma educação mais tecnológica, os efeitos das intenções nem sempre são os que foram pretendidos. A escola está cada vez mais industrializada, de tal modo que não há espaço para a natureza no currículo. Pode-se ter uma vida mais produtiva, mas será menos criativa.

A cultura atual dá pouco valor ao brincar na natureza, ao menos que os educadores e pais sejam atentos, o tempo livre, sem estrutura, para viver a natureza de modo significativo, é consumido por forças invisíveis da nova cultura urbana.

Louv (2016, p. 58) não sugere que o termo “Transtorno do Deficit de Natureza” seja um termo médico, mas acredita que o sentido da expressão fica claro quando ele conversa com pais e educadores. O autor busca descrever os problemas da desconexão com a natureza, como a “diminuição no uso dos sentidos, a dificuldade de atenção e índices mais altos de doenças físicas e emocionais”.

Quanto menos tempo as crianças passam em ambientes naturais, seus sentidos se restringem psicológica e fisiologicamente, reduzindo a riqueza da experiência humana. Elas necessitam de contato com a natureza, assim como precisam de um adequado sono e de uma boa alimentação.

De acordo com Profice (2016, p.20),

Vigotski foi o psicólogo russo que desenvolveu a corrente sócio-histórica de compreensão do desenvolvimento humano. Sua abordagem parte da ideia de uma indissociabilidade entre ambiente e criança, eles não são duas instâncias autônomas que interagem, eles nascem e existem juntos. Por esta razão, ele não pode ser considerado um interacionista, que pressupõe duas entidades distintas que entram em interação. De acordo com a perspectiva sócio-histórica, pessoas e ambientes não podem ser separadamente definidos, eles são sempre parte de uma vivência.

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