A Educação Inclusiva na Pandemia

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CURSO DE PEDAGOGIA

ANTONIA GLAUDENIA DA SILVA MAIA

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

PACATUBA

2020

ANTONIA GLAUDENIA DA SILVA MAIA

AS LIMITAÇÕES DA FAMÍLIA E O DESAFIO PARA OS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA FRENTE À PANDEMIA DE COVID-19

Projeto apresentado como exigência da disciplina PPE – Projeto

Orientador (a): Débora Rodrigues Barbosa

PACATUBA

2020

1. Problemática

 

     A educação inclusiva é uma realidade contemporânea necessária para assegurar uma educação igualitária para todos, sem discriminação. Para que isso aconteça, famílias e profissionais da educação precisam estar conscientes do seu papel e habilitados para apoiar os aprendizes em desafios constantes que surgem como o que vivenciamos nos dias atuais com a pandemia do novo Corona vírus.

     Este trabalho traz como problema a observação acerca da falta de habilidade de alguns pais em assistir seus filhos portadores de necessidades especiais. Uma vez que o distanciamento social tornou o aprendizado diferenciado mais complexo, ainda lidamos com o fato de muitos pais não terem um conhecimento ou habilidades especializadas para o apoio necessário aos seus filhos durante o ensino remoto proposto pelas instituições de ensino.

     A de se encarar o fato de que os pais não têm a obrigação de ensinar de forma efetiva, porém a situação que nos é apresentada exige a colaboração de todos os envolvidos. A escola como mediadora deve fornecer aos familiares as ferramentas possíveis e necessárias para que o aluno que tenha alguma deficiência não seja excluído do processo de aprendizagem durante o tempo que perdurar tal situação. Reflexões podem ser apontadas e certamente, todas as famílias podem se fortalecer neste processo. Perceber que a díade família e escola são os pilares fundamentais para a estruturação de uma sociedade mais justa.

2. Relevância

O estudo do presente trabalho poderá servir para refletirmos de como vem se estabelecendo a participação e o engajamento da família no apoio à educação inclusiva. Instituições, profissionais da educação e também da saúde, famílias e outros interessados poderão tomar este estudo como um ponto de partida a respeito de tecer outras discussões e soluções, tão necessárias, diante de uma situação nova que se apresenta no que tange a problemática apresentada.

3. Objetivo Geral

A pesquisa tem por objetivo verificar quais as dificuldades encontradas por pais no apoio à aplicação das atividades pedagógicas propostas pelos profissionais da educação no ensino remoto durante a pandemia.

4. Revisão Bibliográfica

A educação inclusiva tem como foco garantir a equidade á todos de forma transversal, ou seja, em qualquer ambiente que possa proporcionar ensino e aprendizado. Diante de tantos fatores a pandemia que assola o mundo dita o compasso de muitos seguimentos das sociedades, afetando-as de maneira prejudicial. Nesse contexto muitos profissionais tiveram que se reinventarem de maneira não gradual, entre eles todos os profissionais da educação e com a mesma o segmento de inclusão. Profissionais antes com um aparato físico e presencial a disposição do seu trabalho efetivo precisaram se adaptar de maneira rápida e traçar planos de aula que pudessem promover as atividades pedagógicas sem deixar para trás alunos com singularidades e necessidades especiais, utilizando como ferramenta principal o ensino à distância.  Para estes, o desafio se apresentou de forma mais ativa, tendo em vista que não apenas são dependentes do apoio profissional de uma equipe multidisciplinar, mas também da segurança que o ambiente pedagógico lhes oferece. Para Sánchez (2005), uma filosofia de inclusão luta por uma educação de qualidade para todos, independentemente de os discentes terem ou não deficiência. Nesta visão, devemos assegurar que na modalidade remota aconteça o mesmo para os aprendizes portadores de alguma deficiência, ou alunos convencionais. Entretanto, pais ou outros familiares esbarram em dificuldades para fornecer o apoio necessário para a educação de seus filhos em tempos de distanciamento social onde a sala de aula deu lugar ao ambiente doméstico. Uma vez que o perfil das famílias é variado, levando em conta sua condição social, muitos não têm acesso à internet ou não possuem habilidades para lidar com a questão da forma necessitada, muitos não conseguem um aproveitamento do seu tempo em decorrência das tarefas corriqueiras, levando em conta que a casa possui uma rotina diferente da escola. Em outros, casos muitos familiares nem mesmo são escolarizados (não lêem ou escrevem), dificultando o retorno das aulas para os docentes, quando os dependentes são crianças ou adolescentes e adultos com deficiência. O papel educador da família muitas vezes se limita ao afetivo, às tarefas menos exigentes do ponto de vista pedagógico, entretanto muitos especialistas da área, como o professor Doutor Lucelmo Lacerda, apontam a necessidade de se trabalhar com esses pais através de atividades reforçadoras, para que o seu desempenho seja estendido além do afetivo e que assim possam contribuir como um reforço. Entendendo assim que os mediadores possam compartilhar com familiares um pouco do conhecimento e experiência para lidar com as situações educativas recorrentes do dia a dia no atual momento. Levemos em conta ainda que em casa os estudantes não tenham acesso aos elementos sociais nos quais são inseridos na instituição de ensino. Devemos salientar que no passado pessoas eram excluídas do seio social e até mesmo familiar por uma visão erroneamente colocada de que portadores de deficiência eram seres inúteis e incapazes à socialização, com isto eram segregados ou omitidos. Muitas conquistas ocorreram nas últimas décadas, todavia as discussões ainda são necessárias, pois em muitos casos a inclusão ainda é uma imposição legal que ocorre lentamente e não um processo natural oriundo da consciência da nossa sociedade. Uma observação a ser refletida é o fato do ensino online já existir como uma ferramenta de inclusão para estudantes não tradicionais como trabalhadores de tempo integral, militares, indivíduos que moram em lugares remotos, donas de casa e muitos outros.