A Educação Infantil em Foco O Lúdico

UNIESP

IESA – INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR “SANTO ANDRÉ”

Denise Paula Lopes Costa

O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho de pesquisa apresentado no curso de Pedagogia do Instituto de Ensino Superior “Santo André” – Grupo UNIESP, para a disciplina de Estudos da Realidade Contemporânea I sob orientação do Prof. Me. Marcelo Cruz.

Santo André

      2016

1. Tema.

              O Lúdico na Educação Infantil.

2. Título.

              O brincar e o seu papel no processo de aprendizagem na Educação Infantil.

3. Justificativa/A apresentação do tema.

Com esse tema, levanto esse questionamento, pois, pela minha vivência profissional, tenho notado que muitos professores não aderem a rotina desse instrumento, dessa ferramenta tão importante de aprendizagem, mas sim, priorizam atividades em um conteúdo apostilado já pronto. A Educação Infantil está se tornando em Educação Fundamental. Pretendo com essa pesquisa ampliar meu conhecimento sobre seu papel e a sua  importância do brincar nesse processo de ensino.

 

4. Enunciar, o objeto e seus limites.

        Esse tema foi escolhido pois, ao separar o mundo adulto do infantil e ao diferenciar o trabalho da brincadeira, a humanidade constrõe, a imagem da criança que brinca. Jogos e brincadeiras exercem uma grande importância no desenvolvimento infantil. É essencial também que o docente reconheça esse papel da construção do conhecimento cognitivo dos seus pequenos alunos na educação infantil contribuindo para seu desenvolvimento global.

O professor precisa ter a consciência que ele é um mediador fundamental nesse processo da criança e a sua exploração de mundo e que ele pode ou não, dependendo do seu empenho e interesse, fazer a diferença na vida do seu pequeno aluno.

A prática nem sempre está de acordo com o que o discurso dos PCN’s orienta, muitas vezes pela falta de espaço, pela ausência de profissionais interessados em desenvolver uma aula produtiva, usar os ambientes na escola, faz da prática do brincar um vilão, pois, para muitos é perda de tempo ou mesmo por desinteresse para sua realização nas escolas.  

Para os pequenos, quase tudo na vida é brincadeira. Por isso, na Educação Infantil, não faz sentido separar momentos de brincar dos de aprender. Jogos e brincadeiras são instrumentos de aprendizagem e como parte do processo educativo e é visto pelos educadores da primeira infância na educação infantil como essencial para o desenvolvimento de habilidades de manipulação, socialização, lateralização, raciocínio, autonomia, interação, trabalho em equipe, motricidade, descoberta e entre vários outros aspectos cognitivos que auxiliam nessa tarefa.  Conforme a LDB:  (art. 29) decreta que, “A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social...”

É imprescindível que o professor que já atua na área e também o que acaba de se formar tenham esse entendimento e sua compreensão de utilizar o brincar no cotidiano escolar. Isso deve instigar aos professores para buscarem novas formas e métodos de ensinar, orientar e aplicar na sua práxis de ensino.

        

5. Problemática/Explicitação do problema.

Esse tema é de suma importância para área da educação, pois o brincar é a essência da infância, mas nem sempre as instituições desenvolvem práticas e tomam como orientador da organização de suas práticas diárias. Essa prática contribui para o desenvolvimento integral da criança no processo de ensino-aprendizagem, favorecendo os aspectos físico, mental, afetivo-emocional e sócio-cultural, buscando estar sempre de acordo com a realidade dos educandos.

As escolas cada vez mais têm se preocupado com a transmissão de conteúdos e priorizando a alfabetização precoce das crianças. Percebe-se que há um despreparo no que se refere as necessidades básicas das crianças pequenas e, principalmente, em relação ao brincar, um desconhecimento de sua função como linguagem e principal forma de interação com o mundo. Dessa forma, devemos levantar as seguintes indagações:

• como a consciência de utilizar o lúdico em sala de aula pode contribuir para a formação do corpo docente?
• Como devemos questionar aquilo que é apresentado como contéudo pronto?
• Como fazer a diferença na vida dos pequenos alunos?

6. Hipóteses/Quadro teórico.

Antigamente, as crianças eram consideradas adultas em miniatura, não importando o fato de serem pequenas, elas deveriam possuir responsabilidades. Suas vestes eram idênticas aos dos adultos e, como tais, tinham vida social juntas a eles, participando de festas com homens e mulheres embriagados. 

No fim do século 19, o psicólogo e filósofo francês Henri Wallon (1879-1962), o biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980) e o psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934) buscavam compreender como os pequenos se relacionavam com o mundo e como produziam cultura. Até então, a concepção dominante era de que eles não faziam isso. Investigando essa singularidade do universo infantil, eles concluíram que boa parte da comunicação das crianças com o ambiente se dá por meio da brincadeira e que é dessa maneira que elas se expressam culturalmente.

O pensamento infantil ainda desafia os pesquisadores se com os resultados das pesquisas realizadas entre os séculos 19 e 20, várias questões sobre o brincar foram respondidas, ainda existem muitas sem respostas. Hoje, diversos pesquisadores continuam se dedicando a esse tema.

No Brasil, o surgimento das creches foi um pouco diferente do restante do mundo. Enquanto no mundo a creche servia para as mulheres terem condição de trabalhar nas indústrias, no Brasil, as creches populares serviam para atender não somente os filhos das mães que trabalhavam na indústria, mas também os filhos das empregadas domésticas, tinha a visão apenas de “cuidar” da criança, não preocupava-se com conteúdos pedagógicos.