A Educação Inclusiva
Por: reginagof • 26/5/2016 • Trabalho acadêmico • 1.389 Palavras (6 Páginas) • 459 Visualizações
EDITORA PROMINAS E ORGANIZADORES. Material didático. In: EDUCAÇÃO INCLUSIVA ESPECIAL, Módulo 1. 2015, p.1 – 117.
Os deficientes físicos sempre foram marginalizados pelas sociedades através dos tempos, na idade antiga os bebês com algum defeito físico eram abandonados e entregues a morte. Somente com a ascensão do cristianismo, ainda na idade antiga, que esta cultura foi mudada e as crianças passaram a integrar as famílias, porém, na Idade Média voltou-se a ideia que deficiência física eram uma forma de castigo e ou mesmo obras do demônio. Mas graças a estes absurdos, foram inspiradas algumas invenções modernas, como por exemplo, um médico que criou as primeiras próteses para amputados ou a pedido de Napoleão Bonaparte, um cego criou códigos para ler mensagens de guerra originando assim o método Braille. Já na Idade Contemporânea no inicio do século XX foram criadas as primeiras instituições com apoio técnico para deficientes e passou-se a lançar um olhar mais tecnicista para estes, como a exemplo no Brasil quando criado ainda em meados de 1800 a escola de meninos cegos e a educação para surdos o Instituto Nacional de Educação para Surdos, o INES. Mas foi somente em 1948 com a Declaração Universal dos Direitos Humanos que criaram as primeiras mudanças comportamentais em relação aos direitos individuais, e com a Constituição de 1988 – a mais humana das constituições – garantiu-se de fato em nosso país o acesso ao ensino regular à todas as crianças sem exceção, que ganhou reforço com a Lei das Diretrizes Básicas da Educação de 1996.
A Lei de Diretrizes Bases da Educação Nacional 9.394 de 1996 preconiza que os sistemas de ensino devem assegurar aos estudantes curriculuns, métodos e recursos para atender suas necessidades sejam de deficientes ou superdotados. Outro avanço ainda com o movimento dos anos 90 , foi a criação da Política Nacional para a Educação Especial. Porem alguns especialistas critica a falta de atuação do Governo que transfere para ONGs ou entidades a responsabilidade de educar os especiais: “Se por um lado o Governo Federal traçou as políticas que objetivam a integração das pessoas com necessidades especiais, por outro lado, delegou aos estados, municípios e às ONGs, as medidas que asseguram tal política” (Garcia e Michels, 2011, p.108).
A evolução dos decretos, discussões e das leis que surgiram trazem hoje sua terminologia atualizada, que vale ressaltar: segregação é quando os deficientes são inseridos em locais à parte dos demais, como acontecia na idade medias onde os deficientes intelectuais eram reclusos em manicômios e hospitais. Integração é quando eles são inseridos aos não deficientes porém são tratados de forma diferenciada, também chamada de pedagogia da negação. E a Inclusão que o estudante de educação especial tem direito à convivências não segregada e acesso imediato e continuo aos recursos disponíveis aos estudantes não portadores de deficiência.
Ainda dentro da evolução dos decretos, discussões e das leis, a política para educação de especiais é de amplo destaque a formação de professores. Segundo a cartilha Federal (Brasil, 2008), afirma que: para atuar na educação especial, o professor deve ter como base da sua formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais para o exercício da docência e conhecimentos específicos da área. Essa formação deve aprofundar o caráter interativo e interdisciplinar nas salas de aulas. Principalmente na questão da educação inclusiva, nesta o professor deve estar atendo a três dimensões: dimensão de saberes, de competências e de atitudes.
A dimensão de saberes envolve o conhecimento das características de desenvolvimento e de aprendizagem de alunos com deficiência. Onde é necessário adaptar ou caracterizar a pedagogia a estas condições não habituais de desenvolvimento. Segundo o artigo, é dada uma grande ênfase ao estudo das condições de deficiência em termos clínicos. Mas, pelo contrário, é preciso reforçar o olhar educacional para as dificuldades encaradas sob o ponto de vista educacional; isto é, conhecer como se avalia, como se planeja, como se desenvolve um processo educacional e de aprendizagem em alunos com dificuldades ou com deficiências que se não forem desenvolvidas corretamente com o tempo sim levará este individuo a marginalização social e a não inclusão.
Outro ponto na característica do professor para deficientes é a dimensão das competências. Essa dimensão relaciona-se com o “saber fazer”, isto é, o conhecimento específico que o professor deve ter para conduzir, com sucesso, processos de intervenção em contextos diversos.
Já a dimensão de atitudes são as atitudes positivas que os professores devem ter em relação ao progresso dos alunos, quando saibam o momento de adaptar o curriculum, por exemplo, porém, sempre não caindo no erro da pedagogia do não, e sim construir a sua intervenção não baseada na dificuldade, mas, sim, naquilo que o aluno é capaz de fazer para além desta.
Para o autor do artigo alguns professores, o cotidiano da educação inclusiva é tão complexo que ele se torna difícil de enfrentar, ou até mesmo, impossível de acontecer algo de novo. Ele se apresenta, às vezes, de forma tão incerta, tão cheia de dúvidas que gera insegurança e medo de enfrentar situações inesperadas. Isso, porque dependendo da situação a ser encarada poderá representar uma ameaça a identidade do professor como sujeito que ensina. Sendo assim é necessário um amplo conhecimento para “enfrentar” a inclusão de deficientes na sala de aula. Não é mera tarefa do professor, mas também da comunidade escolar, é necessário uma mudança cultural, de paradigmas, força política por parte de todos os profissionais para adaptar o ambiente escolar para receber todos os tipos de alunos não somente os portadores de deficiência.
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