A Educação Inclusiva
Por: Marcelo Maldonado • 13/11/2018 • Resenha • 694 Palavras (3 Páginas) • 179 Visualizações
INSTTUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA SÃO PAULO
SHIRLEY DA ROCHA AFONSO
SABERES CURRICULARES
VOLUME 1
SÃO PAULO
2018
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O desafio para mobilização dos saberes docentes está na integração entre a teoria e a prática do processo de ensino, permeando a realidade cotidiana às exigências da fundamentação teórica e o desenvolvimento de competências sobre os saberes para uma determinada formação. Assim, faz-se necessário compreender o significado de prática da educação para embasar a prática docente no cumprimento dos programas e processos curriculares (TARDIF, 2014).
Os diversos conhecimentos e habilidades proporcionados pela sociedade são necessários para desenvolver, para além das interações sociais que envolvem pessoas. Neste sentido, a concepção sobre os saberes docentes compõe diferentes fontes, que servem de instrumentos estratégicos para nortear a formação de um indivíduo.
Convém destacar que, a relação entre os saberes teóricos e os conhecimentos implícitos e explícitos da sociedade influenciam e se manifestam através dos programas/currículos escolares e, por isso, transformam e constroem culturas de transmissão dos conteúdos e dos novos conhecimentos.
Pode-se citar como exemplo de conhecimentos científicos manifestados nos currículos/programas de formação dos profissionais da área de saúde, as técnicas ou práticas assistências de cuidados à saúde baseadas em evidências. Estas técnicas ou práticas são aplicadas e transmitidas como conhecimento teórico-prático, em todos os currículos/programas escolares para a área de saúde.
Esses conteúdos são valorizados e, tradicionalmente, transmitidos como conhecimento teórico-prático crítico, reflexivo e ativo[1] por ser constatado pelo o avanço da tecnologia na medicina, pois, se destaca como novos métodos assistenciais, que minimizam prejuízos à saúde quando comparados aos métodos aplicados no século 18 durante os cuidados de saúde.
Em outras palavras, são esses avanços tecnológicos que, baseados nas evidências comparativas, se transformam em conhecimentos científicos e, por isso, são transmitidos tradicionalmente nos programas/currículos escolares de formação do profissional de saúde.
De acordo com Tardif (2014, p. 38), os saberes curriculares “correspondem aos discursos, objetivos, conteúdos e métodos a partir dos quais a instituição escolar categoriza e apresenta os saberes sociais por ela definidos e selecionados como modelos da cultura erudita e de formação para a cultura erudita”. A partir dessa concepção compreende-se então, que os saberes nas escolas são criados por meio de um sistema orientador, avaliador e planejador para o desenvolvimento da prática docente.
Além disso, ao propor o desenvolvimento sobre o novo conhecimento é preciso atentar-se que os conteúdos são produzidos para se articular e se adaptar à uma realidade presente. Por isso, os currículos escolares ganham importância sobre sua organização de conteúdos e conhecimentos produzidos cientificamente, na forma de disciplinas.
As disciplinas presentes no currículo são transformadas por meio da compreensão docente diante da realidade presente, que por sua vez, torna o programa de ensino selecionando e organizando os saberes de acordo com a realidade social. É por meio dos métodos de ensino, que o professor vai centrando sua abordagem de forma crítica a respeito dos conteúdos e como eles permeiam a sociedade. Com isso, o currículo escolar expressa concepções de educação, compondo, organizando e desenvolvendo novas buscas de conhecimentos.
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