A FORMAÇÃO DOCENTE NO ENSINO DA GEOGRAFIA
Por: claudiana1979 • 1/3/2019 • Trabalho acadêmico • 1.516 Palavras (7 Páginas) • 151 Visualizações
FORMAÇÃO DOCENTE NO ENSINO DA GEOGRAFIA
O ensino de geografia é importante porque leva o aluno a compreender de forma ampla a realidade em que vive. O ensino de geografia tem a necessidade de trabalhar com os conhecimentos prévios dos alunos, de considerar os alunos como sujeitos ativos do processo, e buscar a geografia do cotidiano.
O ensino tradicional perde seu espaço em meio às modificações e necessidade da sociedade ao longo do tempo, fazendo emergir novas posturas quanto à aquisição do conhecimento. Uma vez que se tem um sujeito ativo emerso a um contexto de transformação que o exige decidir, criar, pensar e inventar, onde surge um novo paradigma de educação, um movimento que tem a visão mundo diferente das escolas tradicionais que trata o aluno como objeto treinado pronto para receber informações, emerge a concepção construtivista de ensino, na qual o aluno passa a participar ativamente do próprio a aprendizado. Para melhor compreendermos essa proposta de ensino é importante destacar BECKER que assim o define;
Construtivismo (...): a ideia de que nada, a rigor, está pronto acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instancia, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do individuo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sócias; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem consciência e, muito menos pensamento.(BECKER,1993.p.88).
Está rede é formada pelo o conhecimento prévio do aluno até um dado momento e seus níveis de desenvolvimento, na construção de um conhecimento atual, que se dá a partir da comparação entre o que ele já possuía de conhecimento e o que está sendo proposto.
Os métodos e as teorias da geografia tradicional tornaram-se insuficientes para aprender essa complexidade e, principalmente, para explicá-la. Assim, cabe o professor, como mediador do processo de ensino-aprendizagem, adequar essas inovações ao conteúdo, a metodologia e a realidade local, composta por historias, identidades e problemas diferentes.
Alguns desafios é compreender e aceitar, também, a aula como um momento de respeito ao conhecimento, á experiência, aos sentimentos e valores humanos do aluno. Trata se de articular uma atividade docente com a vida prática dos alunos. Para isso, toda aula, mesmo utilizando as linguagens mais tradicionais, deve oferecer informações que tornem mais eficaz, a valorização dos conhecimentos prévios dos alunos. Para Cavalcanti (1996), o ensino de geografia deve promover uma instrumentalização conceitual que torne possível aos alunos uma apreensão articulada das redes espaciais múltiplas e, para isso, é preciso considerar as representações sociais dos alunos e professores e colocar seus conhecimentos cotidianos em confronto com os conceitos geográficos. Segundo MONBEIG, 1957 que:
Convém que o ensino acompanhe as transformações do globo. (...) a
Geografia é uma interrogação permanente do mundo. A evolução do ensino
Da geografia nesse sentido, é facilitada pelos contatos de todo gênero que
Tem a mocidade com os problemas de nossos dias. A conversação em
Família, o rádio, a televisão, os jornais, as atualidades cinematográficas.
Mergulham os jovens, e às vezes até as crianças, nesse banho cotidiano de.
Inquietação [ ]. Não é difícil ao professor aproveitar-se disso para animar o
Seu ensino. Os alunos encontrarão aí uma prova de que a vida não para na
Porta da classe. (MONBEIG, p.09).
A citação acima quer dizer que os professores de geografia precisam refletir sobre seu trabalho e a “animar” suas aulas, através de aulas dinâmicas, revistas, recortes de jornais, etc. CAVALCANTI, 2002, p.13.
O desenrolar dessa prática alimenta a reflexão teórica, que, aliada ao avanço da própria teoria, tem permitido novos entendimentos e novos encaminhamentos da problemática do ensino de geografia. (CAVALCANTI, 2002, p.13).
O propósito é que os professores devem procurar ensinar a realidade do aluno, buscando novas metodologias que desperte o interesse e o gosto pelo o ensino da geografia, para tornar seu aluno ser critico. Novamente CAVALCANTI, 2002.p.20.
Uma concepção construtivista não rompe necessariamente com as formas mais convencionais de encaminhar o ensino, como, por exemplo, as aulas expositivas, os trabalhos de leitura e interpretação de texto, as atividades extraclasse.
Então, para Cavalcanti é preciso dar oportunidades de trabalho possibilite uma participação dos alunos com atividades de ensino. Buscar motivar atividade intelectual dos alunos que levem uma interação ativa.
O papel do professor na concepção construtivista assume caráter decisivo na construção do saber, pois, é ele que deve criar situações para facilitar aprendizagem do aluno, e entre outras variáveis contribuir com desenvolvimento, com os estágios de desenvolvimento da consciente de esta constante interação com seu meio.
Os professores tem que sempre está buscando novos conhecimentos,uma formação continuada,pois , que proporciona a oportunidades para refletir sobre questões polemicas e temas interdisciplinares do nosso século.Como ensinou Freire, “O ato de estudar implica sempre o de ler, mesmo quando, de ler a palavra e assim ler a leitura do mundo anteriormente feita”(FREIRE,1997,p.19).
É interessante para os docentes a formação, pois, essa vai contribuir para sua pratica, mais não quer dizer suficiente é precisa sempre inovar. “o formador deve ter em sua formação, desde o inicio e ao longo do curso, a construção de uma competência teórica- pratica para trabalhar com geografia em suas varias modalidades, ficando em aberta uma parte dessa formação para que ele faça opções por verticalizar uma ou outra modalidade profissional.” (CAVALCANTE, 2002, p.79).
A formação vem proporcionar aos professores que seja autônomo e que tem uma visão critica reflexivo, e que procure desenvolver uma relação dialética ensino pesquisa, teoria pratica. Segundo TARDIF, 2002.
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