A IMPORTANCIA DA FAMILIA NA ESCOLA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI[pic 1][pic 2]

COORDENAÇÃO GERAL DO PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE

PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – PARFOR

CURSO: LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

        

CLEONILDE FONTINELE DA SILVA

        

A RELAÇÃO ESCOLA E FAMÍLIA E SUA CONTRIBUIÇÃO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS

ESPERANTINA-PI

2018

A RELAÇÃO ESCOLA E FAMÍLIA E SUA CONTRIBUIÇÃO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS

Cleonilde Fontinele da Silva – Parfor/UFPI^[1]

Francisco Williams de Assis Soares Gonçalves – UFPI^[2]

Edmara Castro Pinto – UFPI^[3]

RESUMO

A parceria escola-família exerce grande importância na formação da criança, é a na família que são trabalhadas as primeiras formações morais e na escola são consolidadas de forma sistematizada. Sabendo da importância da relação entre as duas instituições, este trabalho tem como objetivo geral compreender de que forma a participação da família na escola pode contribuir na aprendizagem do aluno e como objetivos específicos refletir sobre a importância da participação dos pais na educação escolar das crianças; analisar as consequências para a aprendizagem da criança sem a participação dos pais no ambiente escolar e identificar os fatores que levam a família a não participar do convívio escolar. A metodologia utilizada para este estudo teve por base uma pesquisa bibliográfica fundamentando-se nas teorias de vários autores, destacando-se DESSEN e POLONIA (2007), MACEDO (1998), PERRENOUD (2000), PARO (1997), BENITEZ (2008), dentre outros; e de caráter qualitativo com aplicação de questionário. A escola pesquisada é de Ensino Fundamental da cidade de Morro do Chapéu do Piauí – PI. Como resultado, ficou claro que sistematizamos um conhecimento sobre a interação família-escola, oferecendo subsídios para que esta relação seja entendida como essencial para a construção da aprendizagem e da identidade da criança, assim como mostra os dados coletados.

Palavras-Chave: Aprendizagem. Escola. Família. Participação

INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, muito tem se falado e debatido sobre as causas do sucesso e do fracasso escolar. Tais termos estão relacionados diretamente ao desempenho dos alunos no ambiente escolar; pois no decorrer do processo educacional, deparamo-nos com inúmeros aspectos que dificultam ou atrasam o desenvolvimento do aluno, acredita-se que o principal deles seja a falta de participação da família no processo de ensino e aprendizagem.

É comum ouvir professores mencionar sobre as questões relacionadas ao apoio da família nas atividades desenvolvidas pela escola, porem, na maioria das vezes, essa interação é mínima ou não existe o que dificulta o trabalho docente. Portanto, os pais e educadores não podem deixar de participar, porque, apesar das transformações pelas quais passa a família, esta continua sendo a primeira fonte de influência no comportamento, nas emoções, na personalidade e na aprendizagem da criança.

Diante desse contexto, este trabalho tem por objetivo geral compreender de que forma a participação da família na escola pode contribuir na aprendizagem do aluno e como objetivos específicos refletir sobre a importância da participação dos pais na educação escolar das crianças; analisar as consequências para a aprendizagem da criança sem a participação dos pais no ambiente escolar e identificar os fatores que levam a família a não participar do convívio escolar.

Nesse sentido, acreditamos que este é um tema que deve ser amplamente discutido pela importância que, tanto a escola quanto a família exercem na formação do individuo. E para desenvolver este estudo, a metodologia utilizada teve por base uma pesquisa bibliográfica, buscando analisar textos, artigos, livros e outros materiais sobre a temática, com a contribuição de vários autores, destacando-se DESSEN e POLONIA (2007), MACEDO (1998), PERRENOUD (2000), PARO (1997), BENITEZ (2008), dentre outros; na pesquisa empírica de caráter qualitativo, analisaram-se informações construídas a partir das entrevistas realizadas, com aplicação de questionário a dois professores, dois pais, um diretor e um coordenado pedagógico.  A escola pesquisada é de Ensino Fundamental da cidade de Morro do Chapéu do Piauí – PI.

Assim, deve-se reconhecer que a interação família, como espaço de construção da identidade e escola como promotora do desenvolvimento do individuo, é de extrema importância, ambas devem caminhar juntas para que a aprendizagem aconteça de forma completa.  

2. A RELAÇÃO ESCOLA E FAMÍLIA E SUA CONTRIBUIÇÃO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS

No atual contexto social, a interação entre a família e a escola vem sendo destaque nas discussões no campo educacional, sabendo que a relação intrínseca entre essas duas instituições contribui de forma bastante significativa para o desenvolvimento do aluno. A primeira vivência do ser humano acontece em família, independentemente de sua vontade ou da constituição desta, configurando-se como o primeiro espaço para a formação psíquica, moral e social da criança.

Diante desse contexto, os autores DESSEN e POLONIA (2007, p. 22) comentam que:

“A família e a escola emergem como duas instituições fundamentais para desencadear os processos evolutivos das pessoas, atuando como propulsoras ou inibidoras do seu crescimento físico, intelectual, emocional e social. Na escola, os conteúdos curriculares asseguram a instrução e apreensão de conhecimentos, havendo uma preocupação central com o processo ensino-aprendizagem. Já, na família, os objetivos, conteúdos e métodos se diferenciam,fomentando o processo de socialização, a proteção, as condições básicas de sobrevivência e o desenvolvimento de seus membros no plano social, cognitivo e afetivo”.

Nesse ponto os autores buscam identificar os papeis de cada instituição, tendo em vista que sua integração, não é só importante, é necessária, pois cada uma cumprindo suas obrigações e tornando-se parceira, a criança terá maior chance de alcançar seu pleno desenvolvimento.

2.1 Abordagem histórica: escola e família

Para compreendermos o momento atual é necessário fazermos um percurso histórico sobre essas duas instituições bem como analisar suas transformações ao longo dos séculos. Assim, ARIÈS (2006, p.156), comenta que a família na época medieval “era uma realidade moral e social, mais do que sentimental. Não havia distinção entre o mundo infantil e o mundo adulto, e, “assim que a criança tinha condições de viver sem a solicitude constante de sua mãe ou de sua ama, ela ingressava na sociedade dos adultos”.