A Inclusão Educacional Do Autista

AUTISMO E INCLUSÃO EDUCACIONAL

Ana Paula Bezerra ^[1]

Resumo

Este artigo aborda a importância da inclusão educacional para crianças com autismo, destacando seu papel na promoção da participação e no desenvolvimento desses indivíduos. Com base nas contribuições de pensadores renomados, como: Bosa (2002), Santos (2008), Silva e Brotherhood (2009), Oliveira (2018), Piaget (1998), Almeida (1994), Camargo e Bosa (2009), Silva (1999) entre outros, discutimos os benefícios da inclusão, os desafios enfrentados e as estratégias que podem ser adotadas para garantir uma educação inclusiva e de qualidade. O desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças com autismo é impulsionado pela interação com pares típicos e pelo acesso a um ensino individualizado, recursos visuais e apoios especializados. A colaboração entre educadores, familiares e especialistas, como ressaltado por esses pensadores, desempenha um papel fundamental na promoção da inclusão educacional. Este artigo busca contribuir para a conscientização e o debate sobre a importância da inclusão educacional de crianças com autismo, visando uma sociedade mais igualitária e acolhedora.

Palavras-chave: autismo, inclusão educacional, crianças, participação.

1 Introdução

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, interação social e comportamentos restritos e repetitivos. Nos últimos anos, tem havido um crescente reconhecimento da importância da inclusão educacional e do acesso igualitário à educação para indivíduos autistas. A inclusão educacional refere-se à prática de oferecer educação de qualidade a todos os estudantes, independentemente de suas habilidades ou diferenças, visando promover sua participação e desenvolvimento pleno.

Com a urgência para na inclusão de estudantes autistas na educação e à necessidade de compreender e promover estratégias efetivas nesse contexto, surgiu o interesse em abordar esse tema. Já que apesar dos avanços na área da inclusão educacional, ainda existem desafios e lacunas na efetivação desse processo para estudantes autistas. A falta de inclusão pode ser observada em diferentes contextos e níveis, tanto em escolas quanto na sociedade em geral.

 Este artigo tem como objetivo a necessidade de explorar os desafios e benefícios da inclusão educacional para crianças e jovens autistas, bem como em compreender as estratégias eficazes que podem promover sua participação ativa em ambientes educacionais inclusivos. Este estudo está baseado em autores como: Bosa (2002), Santos (2008), Silva e Brotherhood (2009), Oliveira (2018), Piaget (1998), Almeida (1994), Camargo e Bosa (2009), Silva (1999) entre outros, como parâmetro para o estudo sobre o autismo e inclusão educacional.

Conforme destacado por Jones (2021), a inclusão educacional desempenha um papel crucial na promoção do bem-estar e no desenvolvimento holístico de crianças autistas. Quando essas crianças são acolhidas em um ambiente educacional inclusivo, têm a oportunidade de desenvolver suas habilidades sociais, emocionais e acadêmicas, além de construir relacionamentos significativos com seus colegas e educadores. Ressaltando a importância da inclusão educacional no contexto do autismo, evidenciando seu potencial para promover o desenvolvimento e a participação ativa em escolas.

2 Desenvolvimento

Um estudante autista é uma criança que foi diagnosticado com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). O autismo é um transtorno neurológico que afeta o desenvolvimento e a interação social da pessoa, cada estudante autista é único, com suas próprias características e necessidades individuais.

A inclusão educacional desempenha um papel essencial na promoção da participação ativa e no desenvolvimento de estudantes autistas. Através de ambientes educacionais inclusivos e estratégias pedagógicas adequadas, é possível proporcionar igualdade de oportunidades e acesso a uma educação de qualidade para todos, independentemente de suas diferenças. Neste sentido, diversos estudos de pesquisadores têm explorado os desafios e benefícios da inclusão educacional no contexto do autismo, visando contribuir para a criação de práticas inclusivas mais efetivas.

O escritor Bosa (2002) em sua obra inclusão de estudantes autista, destaca a importância de compreender as especificidades do autismo e adotar abordagens personalizadas que atendam às necessidades de cada aluno autista. Ao reconhecer as diferenças individuais, os educadores podem criar um ambiente inclusivo que valorize a diversidade e promova o desenvolvimento pleno de cada estudante.  A inclusão educacional no autismo é um processo dinâmico que requer o reconhecimento das necessidades individuais dos estudantes, o desenvolvimento de estratégias adaptativas e a criação de um ambiente acolhedor e respeitoso (BOSA, 2002, p 78).

Além disso, a colaboração entre educadores, famílias e profissionais de saúde é fundamental para promover uma educação inclusiva e de qualidade para estudantes autistas. É uma continuidade de práticas e estratégias de suporte, promovendo uma abordagem integrada e consistente no desenvolvimento e aprendizado do estudante autista. Destacando a importância de uma abordagem multidisciplinar e da construção de uma rede de apoio sólida em prol do estudante autista.

A formação e capacitação dos educadores também são aspectos fundamentais para o sucesso da inclusão educacional. No entanto, para que o educador consiga fazer essa relação sobre o que e como ensinar o aluno com autismo é necessária formação adequada, caso contrário a metodologia utilizada em sala não servirá para alcançar o objetivo desejado, que é a aprendizagem. Esse é um grande problema encontrado nas escolas, pois os professores não estão preparados para lidar com essas crianças, pela falta de formação. Santos (2008) cita que no currículo dos cursos superiores, as informações sobre autismo são escassas, e não atender às necessidades educacionais de estudantes autistas de forma eficaz.

 A inclusão das crianças com autismo na escola, precisa de atenção de todos os envolvidos como citado anteriormente, dessa maneira segundo Silva e Brotherhood (2009):

Para que a escola possa promover a inclusão do autista é necessário que os profissionais que nela atuam tenham uma formação especializada, que lhes permita conhecer as características e as possibilidades de atuação destas crianças. Tal conhecimento deveria ser efetivado no processo de formação desses profissionais, sobretudo dos professores que atuam no ensino fundamental (SILVA; BROTHERHOOD, 2009, p. 3).