A Licenciatura em Pedagogia
Por: Marta Mendes Botelho • 19/4/2022 • Trabalho acadêmico • 962 Palavras (4 Páginas) • 131 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINTER
ÁREA DE EDUCAÇÃO
CURSO DE GRADUÇÃO: Licenciatura em Pedagogia
DISCENTE(S): Marta Mendes Botelho
NÚMERO(S) DO(S) RU: 2958563
FICHAMENTO DE ARTIGO
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
PASTURA, G., Mattos, P., & Araújo, A. (2005). Desempenho escolar e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade. Archives of Clinical Psychiatry , 32 (6), 324-329.
https://doi.org/10.1590/S0101-60832005000600003 https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/16345
PALAVRAS-CHAVE
Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, mau desempenho escolar, criança, adolescente
RESUMO DA INTRODUÇÃO DO ARTIGO
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) repercute na vida da criança e do adolescente levando a prejuízos em diversas áreas, como a adaptação ao ambiente acadêmico, relações interpessoais e desempenho escolar. Embora não imprescindíveis para o diagnóstico, sempre fazem parte das queixas do portador. As repercussões na vida do aluno com TDAH, como necessidade de turmas especiais de apoio, sofrimento pessoal e familiar e a influência na vida adulta, justificam o investimento no diagnóstico e manejo precoces do problema.
SÍNTESE SOBRE A LEITURA DO ARTIGO
O desempenho escolar depende de diferentes fatores: características da escola (físicas, pedagógicas, qualificação do professor), da família (nível de escolaridade dos pais, presença dos pais e interação dos pais com escola e deveres) e do próprio indivíduo.
Há grande dificuldade na definição de mau desempenho escolar, considerando os inúmeros parâmetros utilizados para avaliar este fenômeno. A dificuldade em se definir mau desempenho escolar pode ser resumido do seguinte modo: “o indivíduo considerado portador de Mau Desempenho Escolar não necessariamente tem notas ruins, ele apenas possui notas que não são tão boas quanto o esperado.”
Em geral, há preponderância do sexo masculino sobre o feminino no que se refere ao número de casos de Mau Desempenho Escolar, na proporção que varia de 2:1 a 3:1. Os autores divergem sobre a ser apenas amostragem ou se há uma real diferença entre os sexos.
Embora seja comum a crença de que o mau desempenho escolar esteja relacionado a nível socioeconômico, estudos que procuram utilizar amostras representativas demonstram que não há relação entre estas duas variáveis.
Curiosamente, apesar do mau desempenho escolar estar diretamente ligado ao aprendizado escolar, não há estudos sistemáticos investigando a relação entre mau desemprenho escolar e as características de professores e da escola.
A presença de mau desemprenho escolar é prejudicial e custoso, tanto em termos financeiros, devido à necessidade de atenção especial para o aluno, quanto em termos pessoais, em virtude do sofrimento trazido para o aluno e para a família, levando, na vida adulta, à baixa autoestima e dificuldade nas relações interpessoais.
Há vários estudos sugerindo que o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) está relacionado a Mau Desempenho Escolar.
Em 1985, realizaram estudo realizados em 61 jovens portadores de TDAH e 41 indivíduos normais observou-se que, dentre os primeiros, apenas 69% concluíram seus estudos ante a 90% do grupo sem o transtorno.
No ano de 1990, estudos comparando o desempenho escolar de 158 crianças com TDAH e 81 crianças normais, observaram que os primeiros tinham três vezes mais chance de repetirem ou serem suspensos e oito vezes mais chance de serem expulsos que os segundos.
Em 1993, observaram que portadores de TDAH tinham 2,5 anos de estudo a menos quando comparados a jovens normais e de mesma idade. Além disto, 23% dos portadores de TDAH não completaram seus estudos frente a 2% do grupo considerado normal e somente 12% dos portadores de TDAH conseguiram o diploma de nível superior ante a 50% dos normais. Quanto ao status ocupacional, os portadores de TDAH permaneciam empregados em funções consideradas de menor importância, quando comparados com os indivíduos normais.
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