A PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Por: Esoledade • 13/4/2020 • Trabalho acadêmico • 1.205 Palavras (5 Páginas) • 103 Visualizações
A que você entende por psicopedagogia clínica e qual a diferença entre a clínica e a psicopedagogia
A psicopedagogia é um campo de atuação que encontrou na psicanálise subsídios importantes pala delimitar tanto sua prática como a própria especificidade do papel do pedagogo. (Alice Bastos - Psicopedagogia Clínica e Institucional – Diagnóstico e intervenção)
Psicopedagogia Clínica atendendo crianças, jovens ou adultos, com dificuldades de aprendizagem, tendo a parceria de outros profissionais, não se limita apenas analisar o processo ensino/aprendizagem, mas o sintoma, ou seja, a busca as causas deste sintoma. Dando o encaminhamento necessário. Desta forma sua prática tanto pode se dar no consultório particular, como na escola ou no hospital.
O trabalho realizado Psicopedagogia Institucional diz respeito a assistência aos professores e a outros profissionais da instituição escolar para melhoria das condições do processo de ensino-aprendizagem, assim como para prevenção dos problemas de aprendizagem e também realizando junto às organizações na adequação do conteúdo, do planejamento da ação pedagógica propriamente dita, bem como das relações interpessoais que se estabelecem no âmbito da instituição. Procura-se prevenir os possíveis problemas que aparecem como reação a uma inadequação institucional. Aqui não se trabalha com as reações e sintomas já instalados, mas com a possibilidade de que estes venham a surgir, adiantando-se no movimento e suprimindo-se as possíveis causas promotoras.
Sendo assim, a diferença no trabalho de ambos não se restringe ao local, mas que enquanto aquela busca tratar os sintomas, esta oferece um trabalha de prevenção. Podendo o psicopedagogo atuar em diversas áreas, tanto na Saúde, na Educação, no campo Empresarial ou Familiar, sendo de forma preventiva ou terapêutica, com a finalidade de compreender e tratar os processos de desenvolvimento e das aprendizagens humanas, recorrendo para isso a às várias estratégias e outros proficionais.
Estudo de caso:
O estudo de caso escolhido envolve uma criança com dificuldades de aprendizagem, cujo a queixa principal foi a de que a criança tinha dificuldade com a leitura de texto, a escrita, ditado, produção textual. E ainda trocava letra na escrita, disortografia. Por esta razão não conseguia fazer corretamente os ditados. O que resultava na lentidão da aprendizagem e desatento em sala de aula. Possuía diagnóstico de TDAH e dislexia. Tendo frequentado a sala de Educação Especial foi encaminhada para uma sala comum até que finalmente foi encaminhado ao consultório. E após a avaliação psicopedagógica foi possível obter uma compreensão global da forma do aprender da criança, bem como, dos desvios que estavam ocorrendo no processo de aprendizagem e de adaptação escolar. Essa avaliação propiciou a utilização de estratégia diagnóstica de intervenção com a função de dar novo significado ao aprender, traçar diretrizes que envolveria não só o estudante, mas também a família e a escola, o que resultou em benefícios a todos os envolvidos.
Como vimos em uma aula, um sintoma é apenas a parte visível de um todo submerso e é
preciso ter conhecimento e sensibilidade suficientes para “compreender o compreender o compreender do outro”, ou seja, é preciso dedicação e buscar compreender o motivo pelo qual a criança não aprende, ou a forma como aprende ou o motivo pelo qual não aprende, partindo daí, buscar a forma de ajudá-lo a superar suas dificuldades.
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O Psicopedagogo clínico trabalha em consultório atendendo crianças, jovens ou adultos, com dificuldades de aprendizagem, tendo a parceria de outros profissionais (Pediatra, Neuropediatra, Fonoaudiólogo, Psicólogo, Psicomotricista, dentre outros) para o caso de haver necessidade de encaminhamento. Neste caso, o profissional atua em uma linha terapêutica, onde diagnostica, desenvolve técnicas remediativas, orienta pais e professores de forma que seu trabalho seja integrado e não individual.
Já o Psicopedagogo institucional dá assistência aos professores e a outros profissionais da instituição escolar para melhoria das condições do processo de ensino-aprendizagem, assim como para prevenção dos problemas de aprendizagem. Utilizando de técnicas e métodos próprios, possibilita a intervenção Psicopedagógica visando à solução de problemas de aprendizagem em espaços institucionais. Juntamente com toda a equipe escolar procura construir um espaço adequado às condições de aprendizagem e consequentemente evitando comprometimentos.
O presente estudo apresentará as principais informações levantadas em acompanhamento psicopedagógico clínico, realizado em 2012, de uma criança de 04 anos, sexo masculino. O texto é uma síntese do relatório final desenvolvido no estágio de Psicopedagogia Clínica. O objetivo principal foi identificar quais elementos seriam motivadores para a dificuldade de aprendizagem apresentada pelo sujeito desta pesquisa. As etapas de investigação foram: enquadramento feito com os pais e a professora, hora do jogo, três testes projetivos, três provas operatórias e duas provas pedagógicas, além da anamnese e a devolutiva. O setor de assistência social foi o primeiro a mediar o contato com a criança, oferecendo importantes considerações sobre a realidade do menino. Durante os atendimentos foram elaboradas hipóteses diagnósticas sobre os prováveis fatores responsáveis pelo lento desenvolvimento. Para fundamentar a investigação utilizaram-se a observação direta, realizada não apenas nos atendimentos em que eram aplicados os testes e/ou provas, mas durante sua permanência em sala de aula, observando sua relação com a professora e os colegas, no intervalo e na hora do almoço, e levantamento bibliográfico específico como as seguintes referências: A Inteligência Aprisionada, de Alicia Fernández; eAnálise microgenética da oficina criativa: projeto de modelagem em argila, de Cristina Allessandrini. Após discutir todas as informações obtidas confrontando com a literatura disponível, foi feita a devolutiva apresentando-a aos pais, à professora e à assistente social, enfatizando sobre a necessidade de uso de alguns recursos pedagógicos que estimulem o desenvolvimento de W. A. Em síntese, constatou-se que a maneira como a criança é tratada pela família constitui um fator significativo que acarreta atraso em seu desenvolvimento cognitivo.
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