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A Psicogênese da Língua Escrita

Por:   •  11/8/2019  •  Resenha  •  777 Palavras (4 Páginas)  •  240 Visualizações

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A Psicogênese da Língua Escrita

O seguinte trabalho foi desenvolvido a partir das autoras Ferreiro e Teberosky pertencentes à escola de Jean Piaget, que contribuíram e revolucionaram, a maneira de considerar a aquisição do conhecimento pelo sujeito.

O ensino de leitura e escrita são comumente ensinados através de dois métodos o sintético e o analítico. O método sintético é caracterizado pela correspondência entre o oral e o escrito, entre grafia e som. O processo se destaca em iniciar a alfabetização a parte da "parte" do todo; tendo as letras como elementos mínimos da escrita.

Dentro dessa metodologia se destaca a alfabetização Alfabética (ensino das letras e combinações silábicas e posteriormente montar palavras, frases, sentenças e história), Silábica (tem nas sílabas as unidades mínimas como unidade básica de ensino) e fônica (ensino dos sons das letras e suas funções).

Em contrapartida o método Analítico preza o reconhecimento global das palavras ou orações, partindo do todo para a análise dos componentes da leitura e escrita. Se destacam nesta metodologia a Alfabetização por palavração (a palavra como unidade mínima para a aprendizagem), Sentenciarão (a frase inteira para iniciar a aprendizagem) e a global (utilização de textos com começo, meio e fim).

Ferreiro e Teberosky (1999) em seu livro dizem que entendem a teoria de Piaget como uma teoria dos processos de aquisição do conhecimento. Assim baseadas na obra de Piaget compreende a escrita como parte do conhecimento o sujeito da aprendizagem como sujeito que busca ou toma o conhecimento sobre algo, por que para Piaget, os estímulos não atuam diretamente, mas:

São transformados pelos sistemas de assimilação do sujeito (seus ‘esquemas de assimilação’): neste ato de transformação, o sujeito interpreta o estímulo (o objeto, em termos gerais), e é somente em consequência dessa interpretação que a conduta do sujeito se faz compreensível. [...]. Então, um mesmo estímulo (ou objeto) não é o mesmo, a menos que os esquemas assimiladores à disposição também o sejam (FERREIRO e TEBEROSKY, 1999, p.29-30).

Para as autoras a construção do conhecimento não ocorrem sem os conflitos cognitivos, elas ocorrem

 [...] quando a presença de um objeto (no sentido amplo de objeto de conhecimento) não assimilável force o sujeito a modificar seus esquemas assimiladores, ou seja, a realizar um esforço de acomodação que tenda a incorporar o que resultava inassimilável (e que constitui, tecnicamente, uma perturbação) (FERREIRO; TEBEROSKY, 1999, p.34).

Sendo assim os autores expõem que as literaturas sobre escrita estão divididas em dois enfoques: um sobre a metodologias que pretendem ensinar a escrita e outra sobre as habilidades necessárias para a aquisição da escrita e a maturidade para a lectoescrita.

        Todavia Ferreiro e Teberosky acreditam que reduzir a capacidade do sujeito a aprender escrever apenas por possuir ou não os pré-requisitos; ou atribuir aos métodos a função de desenvolver a capacidade de o sujeito escrever é algo que vai contra a teoria Piagetiana que atribui ao sujeito a capacidade de aprender através das suas ações sobre o mundo.

        Deste modo os autores acreditam que o sujeito é ativo no processo da aquisição da escrita, e desde antes a escolarização ele tem contado com as letras em outros contextos, criando assim conflitos cognitivos capazes de nortear os seus próprios processos de aprendizagem.

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