A SITUAÇÃO DE SAÚDE DO BRASIL
Por: Priscila Caroline Oliveira • 2/6/2020 • Trabalho acadêmico • 1.305 Palavras (6 Páginas) • 278 Visualizações
Priscila Caroline Santos de Oliveira
Matrícula 19000097
Detecção de Necessidades de Saúde na Comunidade / Prof. Jani Kenta Iwata
Atividade Avaliativa Individual de Saúde
REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE- RAS
SITUAÇÃO DE SAÚDE DO BRASIL
1. Descreva sobre a TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA no Brasil.
Entende-se que a transição demográfica explica uma mudança específica na dinâmica demográfica, que é a queda acentuada das taxas de fecundidade, de natalidade e de mortalidade. O Brasil passa atualmente por uma transição demográfica provocada pela redução da natalidade e mortalidade, gerando um aumento da expectativa de vida e consequente envelhecimento da população, o que acarreta em uma modificação da sua estrutura etária. Essa alteração traz uma série de implicações e oportunidades para as áreas de economia, saúde, comércio e serviços, educação, previdência social e mercado de trabalho.
2. Descreva sobre a TRANSIÇÃO NUTRICIONAL no Brasil.
Entende-se por transição nutricional um processo no tempo que corresponde às mudanças de padrões nutricionais de populações, essencialmente determinadas por alterações na estrutura da dieta e na composição corporal dos indivíduos, resultando em importantes modificações no perfil de saúde e nutrição. Observa-se, no Brasil, um processo de transição nutricional que resultou de mudanças substanciais na alimentação, com a crescente oferta de alimentos industrializados, facilidade de acesso a alimentos caloricamente densos e mais baratos e redução generalizada da atividade física. Essa transição nutricional favorece o incremento das condições crônicas.
3. Descreva sobre a TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA no Brasil.
A situação epidemiológica brasileira pode ser analisada por várias vertentes: a mortalidade, a morbidade, os fatores de risco e a carga de doenças.
- Mortalidade: Em 1930, as doenças infecciosas respondiam por 46% das mortes e que este valor decresceu para um valor próximo a 5% em 2000; ao mesmo tempo, as doenças cardiovasculares que representavam em torno de 12% das mortes em 1930, responderam, em 2000, por quase 30% de todos os óbitos.
- Morbidade: Das vinte principais causas de internação no SUS, no ano de 2010, a grande maioria são por condições crônicas, considerando-se as causas maternas e perinatais como condições crônicas.
- Carga de Doenças: O somatório das doenças crônicas e das condições maternas e perinatais – que constituem condições crônicas –, representa 75% da carga global das doenças no país, medidas em anos de vida ajustados por incapacidade (AVAIs). Enquanto isso, as condições agudas, expressas nas doenças infecciosas, parasitárias e desnutrição e causas externas, representam, apenas, 25% da carga de doença.
- Fatores de Risco: A prevalência dos fatores de risco no Brasil aponta no sentido de uma produção social de condições crônicas, já que eles respondem pela grande maioria das mortes por doenças crônicas e por fração significativa da carga de doença devida a essas condições de saúde.
4. Qual o seu entendimento da SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL: A TRIPLA CARGA DE DOENÇAS.
Entende-se por transição epidemiológica as mudanças ocorridas, temporalmente, na frequência, magnitude e distribuição das condições de saúde e que se expressam nos padrões de morte, morbidade e invalidez que caracterizam uma população específica e que, em geral, acontecem, concomitantemente, com outras transformações demográficas, sociais e econômicas (SANTOS-PRECIADO et al., 2003). Existem padrões diferenciados de transição epidemiológica, especialmente, verificáveis nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Nos países desenvolvidos, a transição fez-se, por etapas sequenciais. Contudo, essa transição, nos países em desenvolvimento em geral, e no Brasil, em particular, apresenta características específicas em relação aos países desenvolvidos, ao superpor uma agenda tradicional e nova agenda da saúde pública.
Por isso, em vez de falar transição epidemiológica nos países em Desenvolvimento, é melhor dizer de dupla carga de doenças ou de duplo risco (OMS, 2003), de acumulação epidemiológica ou modelo prolongado e polarizado (FRENK et al., 1991). Recentemente, essa transição singular tem sido referida como tripla carga de doenças porque envolve, ao mesmo tempo: primeiro, uma agenda não concluída de infecções, desnutrição e problemas de saúde reprodutiva; segundo, o desafio das doenças crônicas e de seus fatores de riscos, como tabagismo, sobrepeso, inatividade física e alimentação inadequada; e terceiro, o forte crescimento das causas externas, fruto do incremento das violências (FRENK, 2006).
5. De exemplo da REGRA DA METADE NA ATENÇÃO ÀS DOENÇAS CRÔNICAS.
Em 100 pessoas portadoras de doença crônica, apenas 12 ou 13 estão recebendo atenção efetiva e de qualidade, ou seja, a “regra da metade” na atenção às doenças crônicas que evidenciou que somente metade das pessoas com doenças crônicas estão diagnosticadas; dessas, somente metade está estabilizada; e, dessas, somente metade está vinculada a programas efetivos de promoção da saúde e de prevenção das doenças.
Exemplo, temos no mundo 425 milhões de pessoas com diabetes apenas metade delas, 212,5 milhões, sabem que tem a doença. Desses 212 milhões, apenas 50% receberam o atendimento e a indicação adequada de tratamento. Diminuímos aquele nosso número para 106,2 milhões de pessoas. Caiu para 25% o número de pessoas que tem diabetes e que pelo menos sabe o que tem que fazer!
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6. Descreva sobre a EXPLICAÇÃO PARA O PROBLEMA CRÍTICO DO SUS, segundo o autor das nossas referências bibliográficas.
O problema crítico do SUS de acordo com o autor é a incoerência entre uma situação de saúde que combina transição demográfica acelerada e tripla carga de doença, com forte predominância de condições crônicas e um sistema fragmentado de saúde, voltado principalmente para as condições agudas e agudizações de condições crônicas.
7. Conceitue REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE.
As Redes de Atenção à Saúde (RAS) são arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado (Ministério da Saúde, 2010 – portaria nº 4.279, de 30/12/2010).
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