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A VISÃO ANALÍTICA DA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL

Por:   •  14/5/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.751 Palavras (8 Páginas)  •  140 Visualizações

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Atividade na disciplina de Educação Tecnologias e Meio de Comunicação

Acadêmicas: Bianca Ozana, Juliana Wesz e Larissa Rocha

  • Faça uma leitura e um resumo com os principais destaques históricos e partes importante do texto:

VISÃO ANALÍTICA DA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL: A questão da formação do professor. (José Armando Valente)

O uso da informática na educação do Brasil surgiu a partir do interesse de alguns educadores motivados pelo cenário que se passava em outros países como nos Estados Unidos da América e na França, então a partir de algumas experiências realizadas em universidades públicas no início dos anos 70 a informática passou a ser utilizada na educação brasileira.

Não muito diferente do Brasil a informática nos EUA deu início nos anos 70, mas foi apenas em 75 que os quadros negros passaram a ser substituídos com maior frequência pelos computadores, assim surgiram os programas que auxiliavam o uso desses (Computer Aided Instruction – CAI) principalmente nas universidades, como por exemplo o programa PLATO.

Em setembro de 1975 foi realizado uma conferência chamada Tem-Year Forescast for Computer and Communication: Implications for Education, na qual foram questionados o uso do CAI como programa auxiliador no processo de ensino, visto que, apresentavam-se grandes dificuldades técnicas de armazenação e distribuição de instruções nos CAIs.

No início dos anos 80 surgiram os microcomputadores, como por exemplo a Apple, dessa forma houve uma grande disseminação desses nas escolas e universidades, já que não haviam mais problemas com o seu tamanho, logo ocorreu então uma grande produção e diversificação dos programas de auxilio (CAIs), como tutoriais, demonstrações, exercícios de prática, jogos e entre outros. Até o ano de 83 mais de 7 mil pacotes de softwares educacionais foram produzidos.

Devido a facilidade dos microcomputadores eles também passaram a serem utilizados na educação como material de resolução de problemas, produção de textos, controle em tempo real de processos e manipulação de dados, assim foram possíveis a criação de ambientes de aprendizagem, como o Logo que já havia sido desenvolvido em 1967 apenas para universidades.

Com o início dos anos 90 e a disseminação em larga escala dos microcomputadores foi possível o seu uso em todos os níveis de educação de 1º e 2º grau e nas universidades.

Diferente dos outros países a França planejou e programou a nação para o uso da informática na educação, tanto quanto o público alvo como, materiais, softwares, distribuição, instalação e manutenção dos equipamentos. Além disso ela também se dedicou a formação de professores em informática em 1985 onde foram desenvolvidos programas de formação com 50 h de duração, cerca de 100 mil professores foram preparados. Outra diferença está nos programas de auxilio que nos EUA eram chamados CAI, já na França de EAO também desenvolvido nos anos 60 e 70.

Além disso, foi apenas nos anos 80 que a linguagem de programação Logo foi instituída na França opondo-se totalmente ao EAO. Após 20 anos da execução de diversos planos nacionais, todos os ambientes escolares passaram a possuir equipamentos e professores com cursos na área de informática pedagógica.

Como já dito o uso de computadores no Brasil iniciou na década de 70 a partir das experiências de algumas universidades. Em 1973 na UFRJ o computador foi utilizado no ensino de química e na UFRGS em experiências de simulação de fenômenos físicos. Foi desenvolvido também o software SISCAI para a avaliação de alunos de pós graduação.

Em 1974 na UNICAMP desenvolveram um software de CAI responsável por contribuir para o ensino dos fundamentos de programação linguística BASIC. Já em 1975 ocorreu a produção de um documento sobre a “Introdução de Computadores no Ensino do 2º Grau”, onde nesse mesmo ano aconteceu a primeira visita de Seymour Papert e Marvin Minsky ao país, sendo lançado as primeiras sementes do Logo.

Porém, foi apenas em 1981 e 1982 que o programa de informática na educação no Brasil iniciou-se justamente devido ao primeiro e segundo Seminário Nacional de Informática em Educação respectivamente nas Universidades de Brasília e Bahia, onde originou-se o programa de atuação EDUCOM.

Em 1987 foram realizados os primeiros cursos FORMAR que apresentavam como objetivo o desenvolvimento de cursos de especialização na área de informática na educação. O primeiro foi realizado na UNICAMP ministrado por pesquisadores do projeto EDUCOM, e ficou conhecido com FORMAR I. No ano de 1989 realizou-se o segundo curso, o FORMAR II.

O microcomputador utilizado no início da inserção da informática no Brasil foi I 7000 produzido pela Itautec, foram produzidos diversos softwares para explorar a sua utilidade, porem eram poucos os softwares educativos o que fez com que fosse apenas utilizado na produção de texto. Desta forma, logo foi substituído pelos microcomputadores PC padrão IBM, esses que foram desenvolvidos basicamente para empresas e comercio.

Assim surgiram o MSX produzidos em 1986 pela Hotbit e Expert que foram adotados pelas escolas brasileiras para o uso de bons softwares educativos, jogos e uma ótima versão de Logo. Além de contar com telas coloridas. Porém não contava com armazenamento em discos e não ligava a impressoras.

Em 1994 a produção do MSX foi reduzida e surgiram também o sistema Windows para PC. Esse novo sistema contava com inúmeros softwares para as mais diversas áreas de atuação, assim surgiram outras modalidades de uso dos computadores na educação.

INFORMÁTICA EDUCATIVA NO BRASIL: UMA HISTÓRIA VIVIDA, ALGUMAS LIÇÕES APRENDIDAS. (Maria Cândida Moraes)

Em 1971 começou as discussões para o uso dos computadores no ensino da física e não demorou para esta modalidade embarcar para o Brasil. No ano de 1973 começava as demonstrações na modalidade CAI. Neste período o Brasil deu seus primeiros passos para uma educação informatizada da sociedade, baseava-se na crença de que a tecnologia não se compra, mas é criada e construída pelas pessoas. Ainda na década de setenta que o Brasil estabeleceu políticas voltadas a uma indústria própria e desta forma foi criado órgãos responsáveis para coordenar esse desenvolvimento e supervisionar esse setor.

Foi então criado o CAPRE – Comissão Coordenadora das Atividades de Processamento Eletrônico, a DIGIBRAS Empresa Digital Brasileira e a própria SEI – Secretaria Especial de Informática. Em 1982 o MEC começaria os primeiros estudos para a criação de projetos para o desenvolvimento das primeiras investigações na área. Neste ano foram criadas diretrizes para melhorar a qualidade do processo educacional enfatizando que esta seria para o uso de tecnologias e aos sistemas de educação. Em 1996 iniciava a utilização do computador como objeto de estudo, o departamento de computação eletrônica o NCE. A partir de 1973 iniciava o uso da informática como tecnologia educacional que era voltada para a avaliação formativa e somativa dos alunos na disciplina de química, utilizando este para o desenvolvimento de simulações. O computador era usado como auxiliar do professor no ensino e na avaliação, analisavam os diferentes graus de ansiedade dos alunos em processos de interação com o computador, as maquinas desta época eram de grande porte e tinha como finalidade a educação dos adultos e pós-graduados.  Porém em 1977 o projeto passou a envolver as crianças também sob a supervisão de dois mestrandos em computação esses trabalhos em desenvolvidos com crianças de escola pública que apresentavam certo grau de dificuldade de aprendizado e a intenção era promover a aprendizagem autônoma das crianças. No primeiro fórum destacou a importância de pesquisar e o uso do computador como ferramenta no processe de ensino e aprendizado. Surgiram então várias recomendações e entre elas foi possível destacar aquelas que relacionava a importância das atividades de informática na educação demarcado por valores culturais e pedagógicos da realidade Brasileira.  

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