A ação pedagógica do professor em sala de aula
Por: LAYDY • 28/4/2015 • Dissertação • 1.878 Palavras (8 Páginas) • 806 Visualizações
Titulo: A ação pedagógica do professor em sala de aula
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo apresentar práticas pedagógicas realizada pela ação dos professores que atuam na educação básica que obtiveram resultados positivos.
A metodologia utilizada foi uma pesquisa com a professora Soemi que atua na sala de AEE - Atendimento Educacional Especializado na Escola Maria Aparecida Teixeira na Cidade de Ministro Andreazza – RO, onde nos relatou seu cotidiano em sala de aula, os desafios enfrentados e o caminho percorrido para obter êxito na educação de alunos com deficiência.
Segundo Freire (1979), a ação docente é à base de uma boa formação escolar e contribui para a construção de uma sociedade pensante. Porém, para que isto se torne possível, o docente precisa assumir seu verdadeiro compromisso e encarar o caminho do aprender a ensinar.
Ensinar é uma responsabilidade que precisa ser trabalhada e desenvolvida. Um educador precisa sempre, a cada dia, renovar sua forma pedagógica para, da melhor maneira, atender a seus alunos, pois é por meio do comprometimento e da “paixão” pela profissão e pela educação que o educador pode, verdadeiramente, assumir o seu papel ao ensinar construindo assim uma ação pedagógica em sala de aula exitosa como podemos exemplificar.
A Ação pedagógica do professor em sala de aula
A ação pedagógica do professor em sala de aula deve ser acolhedora, inovadora e dinâmica, sempre em prol de beneficiar o processo de ensino aprendizagem de todos os alunos estudando meios para obter resultados positivos neste desafio diário que é a sala de aula.
Segundo FREIRE (1996: 96), “o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas”.
Podemos relatar uma experiência exitosa de uma professora da rede de ensino básica que leciona na Escola Maria Aparecida Teixeira Enomoto na Cidade de Ministro Andreazza – RO, a Professora Soemi é pedagoga e interprete de Libras trabalha com alunos Surdos, Transtorno de Espectro Autista, Baixa Visão, Deficiência Múltipla, Síndrome de Down, Síndrome de Duchenne e Hiperativos. Alunos que estudam na sala comum e recebem apoio pedagógico na sala de AEE – Atendimento Educacional Especializado.
O AEE tem o objetivo de apoiar pedagogicamente os alunos com deficiência intelectual, matriculados na rede de ensino comum possui ações condizentes a Resolução nº 04 de 02/10/2009 na busca de diferentes alternativas de estratégias de aprendizagens sobre a necessidade educacional específica apresentada no contexto escolar. Desenvolve o exercício de atividades cognitivas, afetivas e sociais para promover a aquisição do conhecimento lógico-matemático, do sistema alfabético de escrita, da leitura, dentre outros conceitos explorados, primando para que sejam reconhecidas se atendidas as suas particularidades, onde o professor atua como mediador do conhecimento.
A professora Soemi é a única profissional de sua cidade que atua na sala de AEE onde diariamente depara-se com desafios voltados a aprendizagem de seus alunos, um dos maiores desafios encontrados é a falta recursos pedagógicos e materiais de apoio adaptados as necessidades educacionais dos alunos.
Por este motivo para possibilitar que mesmo em meio à falta de materiais específicos seus alunos pudessem participar do processo de ensino aprendizagem, esta professora utiliza sucatas e materiais recicláveis para confeccionar materiais pedagógicos entre eles boliche de garrafas pets, jogos de lógica com latinhas de margarina, jogos adaptados para estimular a coordenação motora, todos utilizados no ambiente escolar.
Segundo Soemi (2014) para ensinar os alunos não tem receita específica, cada um aprende em seu ritmo individual, tanto alunos com ou sem necessidade especial, faz parte do papel do professor ser dinâmico ao lidar com a diversidade.
A escola não pode tudo, mas pode mais. Pode acolher as diferenças. É possível fazer uma pedagogia que não tenha medo da estranheza, do diferente, do outro. A aprendizagem é destoante e heterogênea. Aprendemos coisas diferentes daquelas que nos ensinam, em tempos distintos, (...) mas a aprendizagem ocorre, sempre. Precisamos de uma pedagogia que seja uma nova forma de se relacionar com o conhecimento, com os alunos, com seus pais, com a comunidade, com os fracassos (com o fim deles), e que produza outros tipos humanos, menos dóceis e disciplinados. (ABRAMOWICZ, 1997).
Devido à realidade de escola e a precariedade de recursos a professora Soemi busca formas alternativas para acolher as diferenças dos alunos e propiciar à aprendizagem dos mesmos, de forma dinâmica e inovadora buscando projetos, apoio da família dos alunos e dos professores da sala comum. Dentro dessas formas de trabalho ela desenvolveu com os alunos o projeto de “Teatro Mudo” segundo Soemi o teatro é muito importante, porque os alunos se sentem inclusos na sociedade, quando estão em frente ao palco.
Mesmo em meio a diversas dificuldades enfrentadas diariamente em sala de aula a Professora Soemi consegue desenvolver um trabalho diário com seus alunos com deficiência e vem atingindo o objetivo principal que é proporcionar a aprendizagem a seus alunos. Cada saber novo, cada evolução de um educando é considerada uma realização imensa, por parte da professora e dos pais dos alunos que depositam muita confiança em seu trabalho.
Os primeiros passos para alcançar êxito na atuação pedagógica em sala de aula é acreditar na aprendizagem do aluno, na aquisição de saberes, no seu desenvolvimento, sempre respeitando suas particularidades e buscando formas dinâmicas e alternativas para que ele venha aprender conforme suas limitações e potencialidades.
Nesta perspectiva Padilha (2001, p. 135) salienta que “vencer as barreiras de sua deficiência, expandir possibilidades, diminuir limites, encontrar saídas para estar no mundo” devem ser metas no trabalho com pessoas com deficiência, pois ele dever ser educado visando sua emancipação.
Os alunos com deficiência aprendem no seu ritmo próprio às vezes um pouco mais demorado que os demais. Porém, quando conseguimos transmitir ao aluno confiança, compromisso com sua aprendizagem, e buscamos métodos de ensino que vão de encontro com sua realidade, nós conseguimos que ele adquira novos saberes, desenvolva-se cognitivamente, o que resulta em uma gratificante experiência exitosa ao acompanhar as evoluções na aprendizagem do aluno.
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