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A importancia da familia na escola

Por:   •  2/11/2015  •  Artigo  •  1.230 Palavras (5 Páginas)  •  256 Visualizações

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A importância da participação da escola e da comunidade para a educação

Diante do insucesso de um aluno, a escola e a família passam a se cobrar para descobrir onde está o erro por que estamos falhando na aprendizagem da criança?

 A família questiona a escola por ser ela a responsável pelo ensino. A escola por sua vez questiona a família pelo fato de que, se alguns conseguem aprender, o problema dos malsucedidos só pode vir de fora. Todos têm razão, mas ninguém está certo. Por outro lado, não basta as duas culparem a si mesmas, pois uma professora ou uma mãe nem sempre encontrarão resposta ao se perguntar "Onde foi que eu falhei?". O problema não está separadamente em nenhum dos lados, muito menos nos estudantes. Não faz nenhum sentido tomá-los como culpados. 

 Quando se coloca um filho na escola, ainda que lá seja um espaço para aprendizagem, não se pode achar que ele vai aprender tudo ou que a escola conseguirá ensinar tudo que ele precisa aprender para bem viver. Por exemplo, a escola também ensina valores e algumas coisas que a família ensina, porém de forma, encaminhamentos e uma pontuação diferente. A família precisa ser educadora, ensinar seu filho, porque é ela quem constitui o sujeito, a pessoa, a forma dele compreender e ler o mundo. Isso tudo é fruto da qualidade da relação que ele tem com a família. Todos têm uma forma de manifestar a sua religiosidade, de se alimentar e isso são coisas que vão construindo o sujeito, que vão construindo um olhar sobre o valor da refeição, da união, da família, ou seja, uma forma de entender o mundo e de vivê-lo. Diferente do que acontece na escola.

A escola tem recreio, tem hora de lanchar, e essas experiências, juntas, encaminham a formação do cidadão. Ambas trabalham a formação da mesma pessoa, mas com métodos diferentes.
Crianças e jovens são levados para a escola com o objetivo de que aprendam os conteúdos e desenvolvam competências que os preparem para a vida. Os educadores por sua vez esperam que os educandos que cheguem à sala de aula interessados em aprender, prontos para o convívio social e para o trabalho disciplinado. Quando as expectativas dos dois lados se frustram, surge um círculo vicioso de reclamações recíprocas que devem ser evitadas com a adoção de atitudes de corresponsabilidade. Vamos ver como promover isso, começando por recusar velhas desculpas, de que nada se pode fazer com "as famílias de hoje" ou com "as escolas de hoje". 

No início de cada bimestre ou trimestre, as crianças e seus responsáveis devem ser informados sobre quais atividades serão realizadas em classe e em casa, de que recursos elas farão uso,  que aprendizagem se espera em cada disciplina e que novas habilidades desenvolverão. Dessa forma o educando irá desenvolver uma rotina e hábitos adequados de estudo. É importante também deixar claro para o aluno que a responsabilidade em fazer a lição é dele e que depois a professora corrige. Esse é o momento, ainda, para que todos apresentem demandas e sugestões para que todos saiam ganhando.

 Ao promover esse encontro, os professores, em conjunto com a direção e a coordenação, precisam ter clareza das expectativas de aprendizagem e das atividades previstas na proposta curricular, realizadas num projeto pedagógico efetivo.
Nesses encontros, os pais ou responsáveis participam da análise dos resultados do período anterior e recebem instrumentos e critérios para acompanhar em casa o desenvolvimento dos filhos no período seguinte e para ouvir as percepções pessoais dos estudantes sobre a vida escolar.
Além de ter um desempenho melhor, cada aluno passa a se perceber reconhecido em suas buscas e necessidades. Soma-se a isso o fato de que a convicção de ser considerado é um importante ingrediente da vida social. Há escolas que já fazem isso e as que começarem a fazer estará constituindo de fato uma comunidade pela primeira vez. Cabe a estados e municípios desenvolver meios para esse envolvimento familiar em toda a rede, mas nada impede que cada unidade crie isso independentemente. Ao aproximar-se o fim do ano letivo, momento certo para planejar o próximo, vale eleger como tema da próxima reunião pedagógica o estabelecimento de uma melhor relação com as famílias.

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Considerações finais

O respeito e a solidariedade princípios éticos, revelam-se nos pequenos gestos do cotidiano de todos os espaços sociais principalmente no meio escolar. No relacionamento com o outro, na atenção e no acolhimento que damos a eles, proporciona segurança e estimula ações positivas conduzindo a um resultado gratificante, principalmente relacionado ao desempenho dos estudantes. A relação entre escola e família pode ser trabalhada podemos chamar de escola de pais, que se apresenta de várias formas. Algumas escolas fazem reuniões mensais com os pais, desenvolvendo temas gerais com: limites, como a pessoa aprende, como se forma um leitor, escritor e outros temas importantes. E outras instituições promovem encontros com os pais a cada três ou quatro meses. Depende muito da formatação e da necessidade da escola. Em algumas localidades, a escola representa mesmo único lugar em que é possível ter uma experiência cultural e comunitária mais abrangente. Há também outras que usam agendas pra a comunicação diária para juntos pais, professores e coordenação tenham uma comunicação mais ampla e com isso um trabalho mais rico e uma melhor aprendizagem e crescimento de ambos. Mas o ideal seria que as escolas tivessem uma rotina de acolher os pais para trabalhar temas vinculados à vivência do dia a dia de educar uma criança na sociedade.
Inicialmente, é muito difícil os pais irem até a escola, mas é importante que se encontre uma forma de atrair esses pais para participar das reuniões para que possam perceber a importância e passem a serem multiplicadores. O ideal é que a escola mostre para a família o que ela vai fazer de bom para o filho e oriente-a a respeito do que está faltando na educação da criança. Vale lembrar que a criança em casa é filho e na escola é aluno; papéis diferentes com pautas de desempenho diferentes.

Quando vão tomando conhecimento desses assuntos, os pais sentem-se mais seguros para participar na escola de uma forma mais adequada. Só que esse é um conhecimento que a escola tem que articular.

Quando necessário, a escola tem que chamar os pais dos alunos com dificuldades, explicar que o processo de educação não acontece pela pressão, explicar que a escola tem projetos pensados para provocar aprendizagens. Que a tarefa é da escola é recuperar a aprendizagem desse aluno e que a tarefa da família é garantir que ele vá à escola, faça seus temas de casa e estude.

A comunicação entre escola e pais é de muita importância e trazem resultados excelentes. O que não funciona quando a escola traz os pais para o meio escolar e não tem muito clara a fronteira que há entre eles e ficam num jogo de empurra. Quem sai perdendo é a criança que não aprende, e a sociedade que perde um cidadão adequado para o bom convívio.

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