A mulher e a educação
Por: ejaraujo • 20/9/2015 • Projeto de pesquisa • 1.751 Palavras (8 Páginas) • 255 Visualizações
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo investigar compreender a presença da mulher na educação, levantar através de levantamentos bibliográficos percorrerem algumas décadas da historia da mulher nas salas de aula. Entender o processo de inclusão da mulher na sociedade e como profissional da educação. Levantar por meio de revisão bibliográfica quais são as discriminações e dificuldades que ela ainda encontra neste contexto educacional.
INTRODUÇÃO
Desde a antiguidade a mulher luta por seu espaço e inclusão na sociedade. Seu papel na educação esta vinculado ao processo histórico e no movimento de luta pelos seus direitos. A mulher que antes era confinada ao mundo domestica e subordinada ao chefe de família que ligava o interesse de suas esposas como professoras a utilidade única de serem boas mães veem este cenário mudando ainda que lentamente, entre tanto ela vem se sobressaindo em relação aos homens ao longo dos anos no contexto educacional, cada dia se torna mais numerosa sua presença em salas de aula seja aluna quanta professora.
1. HISTORICO DA EDUCAÇÃO DA MULHER
Fazendo um retrospecto da historia da mulher na educação podemos analisar que ela sempre esteve confinada a certos espaços da casa, enquanto os homens se tornavam independentes siam bem cedo de perto da mãe, já as mulheres continuavam dependendo dela para aprender a atividades ditas femininas.
As mulheres não podiam se envolver em politicas e nos negócios de família. Na Idade Media esta visão a respeito da mulher que até então era vista como incapaz e submissa foi mudando por ocasião das cruzadas, onde os homens se ausentavam de sua família por longos períodos, a mulher assumia o papel e função de mando, que antes a ela era negado. E assim foram também durante as grandes guerras do século xx.
A educação feminina era vista de maneiras entre grande pensadores da época. Félenon acreditava que a ignorância da mulher era causa de uma educação mais cuidada, porem uma grande exceção foi o pensamento do filosofo iluminista Condorcet, que valorizava a mulher como pessoa, o qual denota uma rara antecipação dos ideais feministas.
Mesmo com duras restrições feitas a sua expressão as mulheres procuravam um espaço para se fazer ouvir.
Em destaque em plena Revolução Francesa, a escritora Olympe de Geurges parafraseava discurso revolucionário: “A mulher nasce livre e permanece igual ao homem em direitos”. Essa mulher corajosa foi guilhotinada em 1793.
No século XIX, Marx e Engels emitiram importantes opiniões favoráveis as mulheres. Também Suart Mill,no Liberalismo de Aspiração influenciado por sua mulher, feminista e socialista, contestava em voz clara e forte o conceito de natureza feminina, e participou da fundação da primeira sociedade defensora do direito de voto para as mulheres.
Neste mesmo século intensificavam-se movimentos feministas que lutavam pela autonomia da mulher, e igualdade de direitos a oportunidade de estudo, profissionalização e politica, conquista esta que se deu no século XX.
Apos as grandes guerras a houve grande participação das mulheres na rede escolar, e o movimento Escola Nova muito contribuiu na integração da mulher na escola.
1.1 A EDUCAÇÃO DA MULHER NO BRASIL
No Brasil colonial as mulheres geralmente analfabetas, muitas delas não sabiam nem o português, a elas não era reservada nenhuma forma de educação, já que os jesuítas se ocupavam com a catequização dos índios ou com a formação dos filhos dos colonos. As mulheres segundo relatos de viajantes estrangeiros raramente eram vistas diante de estranhos, eram muito envergonhadas e reclusas em casa. Algumas eram educadas nos conventos entre 1678 6a 1685, mas eram casos raros.
A autora Guacira Lopes Louro doutora em educação retrata em sua obra “História das mulheres no Brasil”- Mulheres na Sala de aula, abordando em um breve histórico a educação brasileira no século XIX, começariam a serem criadas as primeiras escolas normais para a formação de docentes, estabelecidas a escolas de primeiras letras chamadas de “pedagogias”, as últimas décadas do século XIX e início do século XX em um momento brasileiro de urbanização e industrialização que foram decisivas para o processo de feminização do magistério, pois se apresentava a influência de atividades mais rentáveis sob os homens que começaram a abandonar as salas de aula, dando espaço às mulheres.
Essas escolas eram destinadas, em sua maioria, para os meninos, em que as tarefas dos mestres e mestras não eram basicamente as mesmas, já que para os meninos estava incluso o ensino de geometria, para as meninas, bordado e costura. Para crianças descendentes de indígenas e crianças negras não era dada nenhum tipo de escolarização, sua inclusão na escola era inexistente.
E neste século também que as mulheres sofrem grande resistência critica, já que para muitos não era conveniente entregar a educação de suas filhas a mulheres, que eram consideradas de cérebro pouco desenvolvido pelo desuso, outros afirmavam que seria confiável entregar as mulheres à educação de seus filhos, já que elas as primeiras naturais educadoras, e tinham por natureza certa vocação para educar, então fica constatado que o magistério seria uma atividade de amor entrega e doação, uma extensão da maternidade.
Guacira ressalta que a mulher professora tinha seu cotidiano planejado e controlado, tinham que estar sempre envolvidas em atividades produtivas, deveria ser responsável em formar professoras disciplinadas e disciplinadoras, profissionais e mãe espiritual.
Vinculado ao processo de produção das professoras estão as suas representações. Nesse contexto, é possível compreender que a moça que se considerava feia, percebia-se chamada para o magistério, ou seja, como não se casariam, a maternidade física era inexistente, encontraria no magistério então sua função, como professoras, de mães espirituais de seus alunos e alunas. Havia outra representação que eram a professoras solteiras que necessitavam da remuneração do magistério, visto como um trabalho digno, qual era incompatível com o casamento, elas podiam ser representadas por sua maneira de se portar com roupas escuras, coque no cabelo, de poucos sorrisos, como figuras severas, e sua postura deveria servir como exemplo para suas alunas. A professora que tivesse o nível de instrução mais elevado, o qual fugia do senso comum eram tidas como mulher-homem.
Mas no final dos anos 60 e na década de 70 com a profissionalização do ensino surge uma representação que eleva
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