A produção social da identidade e da diferença.

                                               UNIVERSIDADE UNINOVE

NOME: Eralda Ferreira de Assis     RA:2214108585

CURSO: Pedagogia                         TURMA: 3º C                     PERÌODO: Noite

DISCIPLINA: PPI                              PROFESSOR: Eduardo Garcia

                                         

                          A produção social da identidade e da diferença.

                                              Tomaz Tadeu da Silva.

   A questão da diferença e da identidade não pode ser reduzida a uma questão de respeito e tolerância para com a diversidade. identidade e diferença são mutuamente determinadas: a diferença que vem em primeiro lugar. Ela não é resultado de um processo, mas o próprio processo mesmo pelo qual tanto a identidade quanto a diferença.

    A identidade e a diferença são criações do mundo cultural e social (são criadas por meio de atos de linguagem) e não apenas por meio de atos de fala. Nós instituímos a identidade e a diferença como elas são e uma das características do signo é que ele seja repetível. Definir nossa identidade, por exemplo, significa utilizar-se de atos lingüísticos já utilizados por nos, ou seja, diferentes.

    A identidade e a diferença têm que ser ativamente produzidas. Elas não são criaturas do mundo natural ou de um mundo transcendental, mas do mundo cultural e social. Somos nós que as fabricamos, no contexto de relações culturais e sociais. Isso quer dizer, que é o próprio ser humano que cria ou modifica a identidade, podemos dizer que  a diferença esta relacionada com a identidade ao longo do tempo.

    A identidade e a diferença não podem ser compreendidas, pois, fora dos sistemas de significação nos quais adquirem sentido, ou seja, elas só podem ser analizadas. Ocorre que a linguagem, entendida aqui de forma mais geral como sistema de significação, é, ela própria, uma estrutura instável, ela está em constante mudança. A identidade, tal como a diferença, é uma relação social. Isso significa que sua definição - discursiva e

lingüística - está sujeita a vetores de força, a relações de poder. Elas não são simplesmente definidas; elas são impostas. Elas não convivem harmoniosamente, ou seja, as práticas escolares não definem como será o caráter do indivíduo, mas podem auxiliá-lo a encontrar o seu próprio caminho, respeitando as suas diferenças e limitações.  

    De uma forma geral, a diferença de cada indivíduo define a sua própria identidade. Ela vai se moldando a si mesma de acordo com as influências que recebe durante o processo educacional que ocorre dentro e fora das escolas. O ser é fruto de suas próprias diferenças, mas ele não é diferente de ninguém, ele possui sim uma identidade única, que é só dele e que pode se modificar ao longo do tempo, pois não é estável.