ANALISE DO FILME
Por: Thais Bononi • 30/5/2019 • Resenha • 897 Palavras (4 Páginas) • 262 Visualizações
UNIVERDIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO - IE
ANGÉLICA AMARAL 136714
BEATRIS BUNILIA 134471
THAÍS BONONI 132745
TURMA B
PROBLEMATIZANDO OS PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM
A PARTIR DA ANÁLISE DE UM FILME
Trabalho em forma de texto reflexivo apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina de Didática no curso de Pedagogia.
Orientadora: Profª Dra Joice Araújo Esperança
RIO GRANDE
2019
Análise do Filme "O menino que descobriu o vento"
Uma família em uma pequena comunidade de agricultores simples, sob costumes e padrões tecnológicos super básicos, salva seus negócios graças ao filho do meio William Kamkwamba (Maxwell Simba), um adolescente curioso e dedicado, que mesmo com apenas uma refeição por dia construiu o projeto de um moinho artesanal usando uma bicicleta, um dínamo, pedaços de lixo eletrônico, madeira e ajuda braçal de seu pai e agricultores vizinhos. Todo o conhecimento foi adquirido através da leitura realizada na biblioteca que freqüentava escondido - pois com enchentes inundando a semeadura e mais tarde as secas prejudicando agressivamente as colheitas, manter o filho na escola se tornara um gasto com o qual arcar era algo inviável para realidade econômica da família. Motivado por uma sagacidade rara entre seus conterrâneos em decorrência do descaso, municiado pela retaguarda cientifica necessária para transformar sua realidade, o menino projetou o moinho que levou eletricidade e possibilitou um sistema de irrigação até então impensável para sua família e demais aldeões.
O filme é ambientado em uma região que tem sua economia formada por trabalhadores rurais em condições quase obsoletas de atuação, uma época especificamente marcada por irregularidades climáticas refletiu de forma direta nas condições operacionais da escola mais próxima para os estudantes ainda não completamente afetados pela crise local. Sendo um ensino meritocrático e privado, o governo autoritário e antidemocrático acaba por oprimir e silenciar as discussões com truculência e distrações eleitoreiras, ao invés de oferecer condições de subsistência à comunidade ameaçada, fazendo com que a escola sofresse os impactos da situação econômica caótica.
Diante de todo esse diagnóstico, vemos um apoio didático quase que voluntário da bibliotecária que percebe o potencial apresentado pelo menino para aprender conteúdos de livros mais avançados, auxiliando na leitura e compreensão da linguagem mais especifica e na transposição da teoria para o concreto. Em determinado momento do filme podemos presenciar uma cena em que William leva uma bateria descarregada para biblioteca, na intenção de fazê-la funcionar sem a necessidade do dínamo.
Um paradoxo entre a pressão de seu pai para que tornasse ao trabalho rural na esperança de reverter o cenário de miséria, e sua curiosidade pelo conhecimento cientifico, amparada na bibliotecária da escola. Por um lado o personagem se encontra sobrecarregado, exausto e com motivos para desistir, e por outro tem seu esforço incentivado pela bibliotecária, e movido pela necessidade emergencial de se testar uma solução alternativa para a crise nas plantações.
Não é difícil reconhecer o quanto são desfavoráveis as condições de ensino oferecidas na região e na escola retratadas no filme. Alunos expostos ao constrangimento por atrasos nas mensalidades, professores com salários atrasados, um diretor tentando manter as aparências de um regime de controle, alunos como William divididos entre trabalho e estudos.
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