ARTIGO CIENTÍFICO MÚSICA E ARTES
Por: Lucimeire14 • 1/11/2021 • Monografia • 3.875 Palavras (16 Páginas) • 220 Visualizações
FAVENI
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
MÚSICA E ARTES
LUCIMEIRE APARECIDA MESSIAS
A MÚSICA E ARTE NA EDUCAÇÃO
SACRAMENTO
2021
Autor¹, Lucimeire Aparecida Messias
Declaro que sou autora deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO- O presente trabalho é parte integrante do trabalho de conclusão do curso de Pós Graduação; Música e Artes, da FAVENI (Faculdade Venda Nova do Imigrante), intitulada MÚSICA E ARTE NA EDUCAÇÃO: reflexões docentes. O intuito central do artigo foi realizar uma contextualização entre a infância/criança e o ensino da Arte, bem como tratar de questões que relacionam a Música no desenvolvimento da criança. Inicialmente, esclarecesse que o conceito de desenvolvimento é entendido de forma ampla, abarcando não apenas o aspecto cognitivo, mas também os aspectos afetivo e social da criança, a seguir, são apresentadas reflexões a respeito do papel da música e da arte na educação e por fim o ensino da Música e da Arte no ambiente escolar.
PALAVRAS-CHAVE: música; criança; arte, educação infantil.
1 INTRODUÇÃO
A presença da música e da arte na vida dos seres humanos é incontestável. Ela tem acompanhado a história da humanidade, ao longo dos tempos, exercendo as mais diferentes funções. Está presente em todas as regiões do globo, em todas as culturas, em todas as épocas: ou seja, a música é uma linguagem universal, e arte uma expressão de sentimentos que ultrapassa as barreiras do tempo e do espaço.
Entretanto, a forma pela qual a música, como linguagem, acontece no seio dos diferentes grupos sociais é bastante diversificada, apesar dessas diferentes funções, em todas essas situações e em muitas outras, a música acompanha os seres humanos em praticamente todos os momentos de sua trajetória neste planeta, assim como a arte que acompanha o ser humano desde a pré-história. E, particularmente nos tempos atuais, a música e arte deverão ser vistas como uma das mais importantes formas de comunicação e de expressão de diferentes sentimentos.
Será abordada a relação do ensino da música e da arte, entendida como prática e vivência, e o desenvolvimento da criança. Escolhemos algumas delas: “aumento de qualidades morais, psicológicas, intelectuais etc”, “crescimento, progresso, adiantamento” (HOUAISS, 2002, p. 989).
No entanto, há uma tendência, em nossa civilização, de se concentrar a ideia de desenvolvimento da criança nos aspectos cognitivos, isto é, no que diz respeito ao aprendizado intelectual. É uma tendência natural em uma civilização tão competitiva e tecnicista. Em função disso, muito se tem falado a respeito do papel da música na melhoria do rendimento acadêmico de estudantes, e já no estudo da arte permite ao aluno uma maior abertura criativa, o que pode auxiliá-lo nas diversas situações e em todas as atividades escolares. É interessante pensar que o único lugar onde a maioria dos indivíduos possa apropriar-se e fazer arte seja nas escolas. Sendo assim, foi necessária a análise da forma de como é conduzido o ensino de música e arte nas escolas, sendo que ao mesmo tempo, vivemos um momento marcado pelo desafio de mudanças na prática docente e da compreensão destas diciplinas na escola e na sociedade.
Nossa opção, contudo, vai pela contramão desta tendência. Entendemos que o processo de crescimento de uma criança está muito além apenas de seus aspectos físicos ou intelectuais; esse processo envolve outras questões, certamente tão complexas quanto às da maturação biológica. Dessa forma, optamos por trabalhar a ideia de desenvolvimento infantil a partir de uma abordagem mais ampla, abarcando também seus aspectos de amadurecimento afetivo e social, sem deixar de lado, obviamente, o aspecto cognitivo.
É importante fazer uma ressalva que toda criança está imersa em um caldo cultural, que é formado não só pela sua família, mas também por todo o grupo social no qual ela cresce. Ainda que não concordemos com a ideia de um modelo de criança universal, entendemos que estas pesquisas, guardadas as devidas proporções, podem nos elucidar em muitos aspectos.
Nesse sentido, entendemos que as reflexões a serem apresentadas neste artigo, a partir de um referencial específico, podem nos auxiliar a compreendermos melhor a relação criança, música, arte e desenvolvimento.
A música e o desenvolvimento cognitivo da criança
Inúmeras pesquisas, desenvolvidas em diferentes países e em diferentes épocas, particularmente nas décadas finais do século XX, confirmam que a influência da música no desenvolvimento da criança é incontestável. Algumas delas demonstraram que o bebê, ainda no útero materno, desenvolve reações a estímulos sonoros. Schlaug, da Escola de Medicina de Harvard (EUA), Gaser, da Universidade de Jena (Alemanha), revelaram que, ao comparar cérebros de músicos e não músicos, os do primeiro grupo apresentavam maior quantidade de massa cinzenta, particularmente nas regiões responsáveis pela audição, visão e controle motor (apud SHARON, 2000).
Segundo esses autores, tocar um instrumento exige muito da audição e da motricidade fina das pessoas. O que estes autores perceberam, e vem ao encontro de muitos outros estudos e experimentos, é que a prática musical faz com que o cérebro funcione “em rede”: o indivíduo, ao ler determinado sinal na partitura, necessita passar essa informação (visual) ao cérebro; este, por sua vez, transmitirá à mão o movimento necessário (tato); ao final disso, o ouvido acusará se o movimento feito foi o correto (audição). Além disso, os instrumentistas apresentam muito mais coordenação na mão não dominante do que pessoas comuns.
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