AS MULHERES EDUCADAS NA COLÔNIA
Por: marcelojunio • 30/10/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 358 Palavras (2 Páginas) • 538 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA MATUTINO
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
MARCELO JUNIO DO NASCIMENTO
PONTOS EM COMUM
RIBEIRO, Arilda. MULHERES EDUCADAS NA COLÔNIA
Desmundo. Direção: Alain Fresnot. 2003 Brasil
Uberlândia – MG
2017
Ainda que, com um pano de fundo e experienciado na Idade Moderna o texto “Mulheres educadas na Colônia”, bem como o filme “Desmundo”, nos remete a um passado obscuro e soturno em relação à figura da mulher na sociedade daquele tempo.
Era extrema a discriminação em relação às mulheres. O Brasil Colônia era permeado pelo patriarcalismo e um exacerbado machismo que não atribuía nenhuma significação às mulheres. As europeias exerciam o papel de serviçais, donas de casa e por vezes como objeto de mera satisfação sexual. Já, as de pele escura e as primitivas eram o exemplo do pecado, a materialização da perdição.
São vários os pontos em comum entre o texto e a obra cinematográfica, porém os que mais evidenciam, numa ótica pessoal, são: A mulher era vista literalmente como um produto; as mulheres não tinham escolhas, eram forçadas a aceitarem as decisões dos seus senhores; e a insensibilidade masculina em relação ao sexo feminino.
Naquele tempo a mulher não era alguém, não era um ser. A pessoa do sexo feminino era um produto, uma mercadoria a ser empossada pelos europeus que estavam na Terra de Santa Cruz. As órfãs, recém chegadas da Europa, eram selecionadas para servirem, em todos os sentidos, ao seu futuro dono.
Outro ponto em comum entre a obra textual e a longa metragem é que as mulheres eram forçadas a aceitarem todas as condições, situações e exigências que lhes eram impostas, tanto pela sociedade quanto pelos seus senhores. Não existiam ordenamentos, muito menos leis que assegurassem uma única questão que favorecesse as mulheres. Eram os seus donos – os senhores – que determinavam as regras sobre elas.
A insensibilidade masculina quanto aos sentimentos, vontades, desejos e anseios da mulher no período colonial também é outro ponto que se interpõe entre o escrito e as cenas mais chocantes do filme em questão. As meninas-mulheres não escolhiam se desejavam casar e muito menos com quem se casariam, eram obrigadas e forçadas a terem relações sexuais, com o único objetivo de procriação.
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