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ATENTIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE) NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

Por:   •  6/9/2019  •  Artigo  •  5.064 Palavras (21 Páginas)  •  220 Visualizações

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FCE- FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS

ATENTIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE) NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

Jane Heloisa de Oliveira

RESUMO

Este artigo tem como objetivo apresentar uma reflexão sobre a educação inclusiva na educação infantil, busca como objetivo geral estudar a importância da inclusão escolar de alunos portadores de necessidades educativas especiais e analisar como é realizado o atendimento educacional especializado com os alunos que tem dificuldades de aprendizagem para que ocorra a efetivação da aprendizagem indo além da inclusão social meramente. A construção da escola inclusiva desde a educação infantil implica em pensar em seus espaços, tempos, profissionais, recursos pedagógicos etc., voltados para a possibilidade de acesso, permanência e desenvolvimento pleno também de alunos com deficiências, alunos esses que, em virtude de suas particularidades, apresentam necessidades educacionais que são especiais. A expectativa em socializar este conhecimento, é contribuir para que os alunos portadores de necessidades educacionais especiais tenham acesso ao atendimento educacional especializado. O texto aborda, entre outros aspectos, a necessidade de se repensar a prática pedagógica como elemento fundamental de inclusão escolar na educação infantil. A prática pedagógica inclusiva deverá se constituir pela junção do conhecimento adquirido pelo professor ao longo de sua trajetória e da disponibilidade em buscar novas formas de fazer considerando a diversidade dos alunos e as suas características individuais.

Palavras-chave: Educação Inclusiva, Educação Infantil, Prática Pedagógica, Atendimento educacional especializado.

ABSTRACT

This article aims to present a reflection on inclusive education in children 's education, as a general objective to study the importance of the school inclusion of students with special educational needs and analyze how specialized educational service is performed with students who have learning difficulties So that the effectiveness of learning goes beyond social inclusion merely. The construction of the inclusive school from the infancy education implies thinking about its spaces, times, professionals, pedagogical resources etc., geared towards the possibility of access, permanence and full development also of students with disabilities, students who, by virtue of their Educational needs that are special. The expectation of socializing this knowledge is to help students with special educational needs have access to specialized educational services. The text addresses, among other aspects, the need to rethink the pedagogical practice as a fundamental element of school inclusion in early childhood education. Inclusive pedagogical practice should be based on the combination of the knowledge acquired by the teacher throughout his or her career and the willingness to seek new ways of doing it considering the diversity of the students and their individual characteristics.

Keywords: Inclusive Education, Early Childhood Education, Pedagogical Practice, Specialized Educational Assistance.

INTRODUÇÃO[a]

        O presente trabalho pretende analisar a questão da inclusão escolar, bem como sua indispensável efetivação. Através deste estudo busca-se trazer questionamentos sobre como se dá a inclusão de fato. Pretende-se também trazer subsídios teóricos de estudiosos que apresentem alternativas e saídas para que a inclusão escolar ocorra de fato. O principal aspecto que se pretende discutir é a necessidade e urgência do atendimento especializado para alunos com necessidades especiais. Neste trabalho serão abordados alguns temas como: investigação, utilização da nomenclatura, formação do professor, satisfações, insatisfações, dificuldades, problemas, ensino e aprendizagem.

        A educação da pessoa com deficiência possui um histórico de exclusão e abandono. Com o processo denominado de inclusão escolar, alunos com diferentes deficiências e necessidades educacionais especiais (NEE), são matriculados nas escolas regulares e precisam de um atendimento que os auxilie no processo de aprendizagem.  A política educacional brasileira prevê que haja, nas escolas regulares ou instituições especializadas, um Atendimento Educacional Especializado (AEE), que seja um suporte para que a educação inclusiva ocorra em nosso país. Um dos fatores de relevância para o alcance deste objetivo é o um trabalho colaborativo entre professores do AEE e professores da sala regular. Assim, este texto tem como objetivo mostrar como as professoras da rede regular de ensino compreendem o AEE na escola.  

        Nesse sentido, pode-se entender que são muitas e variadas as possibilidades de operacionalização do AEE, dentre as quais, a realização do trabalho em uma perspectiva colaborativa. Explorar e conhecer como a prática do AEE se estrutura e se organiza na Educação Infantil (EI) é, portanto, de extrema importância, considerando que esta etapa escolar oferece um currículo que favorece o desenvolvimento de competências básicas para o aprendizado de funções superiores, exploradas e adquiridas nas seriações subseqüentes. Dessa forma, este estudo, teve como objetivo identificar, sob a ótica dos professores itinerantes, os padrões e arranjos organizacionais que estruturam a prática do AEE na Educação Infantil.

1 TRAÇANDO RELAÇOES ENTRE A EDUCAÇÃO ESPECIAL E A EDUCAÇÃO INFANTIL

         Na segunda metade do século XVIII, na França, foram criados os primeiros institutos voltados à educação de crianças cegas e surdas, em regime de internato. Bueno (1997, p. 166) afirma que um dos objetivos desses institutos era ensinar aos alunos “conhecimentos e habilidades necessários ao trabalho”, para que pudessem ampliar sua autonomia e, em alguns casos, desenvolver atividades minimamente remuneradas.

        No Brasil, até o século XIX, as pessoas com deficiência foram excluídas do sistema educacional. A partir de então, começaram a surgir às primeiras instituições de educação especial para os deficientes visuais e auditivos inspiradas nas instituições francesas, onde os alunos permaneciam de mesmo modo, separados da sociedade. Segundo Bueno (1997, p. 171), isso ocorre para “por um lado, evitar que a presença de anormais interfira na racionalização do espaço, cada vez mais urbano, [...] e, por outro, para proteger os sujeitos com incapacidades, os quais têm dificuldades no auto cuidado e na auto proteção”. Para esse autor, a segregação dos deficientes nas instituições especiais (sendo que a maioria deles permaneceu sem atendimento, devido à falta de vagas) fez com que o restante da população os visse como incapazes de aprender e de conviver em sociedade.

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