Ambiente alfabetizador

Segundo Parâmetros Curriculares Nacionais, para que o espaço expresse o trabalho proposto, é preciso que as carteiras sejam móveis, que as crianças tenham acesso aos materiais de uso frequente, as paredes sejam utilizadas para expor os trabalhos da sala. Sendo que nessa organização é preciso considerar a possibilidade de que o aluno assuma a responsabilidade, da ordem, decoração e limpeza da sala.

Assim quando esse espaço é tratado desta maneira, passa a ser um objeto de aprendizagem e respeito, o que somente ocorrerá por meio de investimentos sistemáticos ao longo da escolaridade.

Na escola, em seu dia-a-dia devem-se aproveitar os espaços externos para realizar atividades cotidianas, como: contar histórias, fazer desenhos de observação, buscar materiais para coleções e ler. Sabendo que, em algumas escolas a infraestrutura não é muito adequada, o PCN mostra que é preciso contar com a improvisação de espaços para o desenvolvimento de atividades específicas como: de laboratório, teatro, artes plásticas, músicas, esportes e etc.

Enfim, a utilização  e a organização do espaço e do tempo refletem a concepção pedagógica, interferindo assim, diretamente na construção da autonomia da criança. (PCN, pág 104)

Quando se pensa em ambiente alfabetizador, logo nos remetemos ás salas de aula ilustradas com cartazes, alfabeto, numerais, figuras, aliando isso a livros didáticos e as atividades propostas diariamente. Por um longo tempo, acreditou-se que, para que a aprendizagem acontecesse, seriam necessárias, uma cartilha, um quadro e um professor, e junto com tudo isso estava aí à receita pronta e acabada de um aluno alfabetizado. Atualmente vemos que não só isso basta e não atinge o verdadeiro significado do ser alfabetizado, é preciso muito mais. (Duarte pág 3)

Segundo Duarte p. 2, nas atividades dadas diariamente, que acontece de forma sistemática e previsível, o professor nem sempre se atenta para as diversas possibilidades, que se pode ter o espaço físico da escola, ficando às vezes preso somente á sala de aula, pensando ter ali o “ambiente alfabetizador”, cheio de materiais que o auxiliam em sua prática, assim deixando de pensar em outros ambientes, como: a biblioteca, laboratório, quadra de esportes ou até mesmo a sombra de uma árvore, que acaso tenha na escola e que possa oferecer sombra e ar fresco, além de ser um ambiente completamente acolhedor.