Aprendizagem e Desenvolvimento social da crianca
Por: carscorreia • 1/9/2015 • Trabalho acadêmico • 2.031 Palavras (9 Páginas) • 430 Visualizações
APOIO NECESSÁRIO: RELAÇÕES DE AMIZADE DAS CRIANÇAS
Para as crianças, uma das experiências mais importantes é estabelecer amizades e obter a aceitação dos pares, o que as libera par serem elas mesmas. O complexo processo de localizar, entrar em contato, interagir e manter uma amizade incorpora todos os componentes da competência social.
Os termos interações, relações e amizades referem-se, todos, a níveis diferentes de associação entre as pessoas. As relações, entretanto, não são definidas como amizades, as amizades são associações voluntárias nas quais cada membro reconhece e compartilha a responsabilidade pela relação. As crianças envolvem-se em diversos tipos de relação: com os pais, professores, irmãos e colegas. Cada relação é diferente quanto à qualidade, ao status que as crianças ocupam no grupo (popularidade, líder, seguidor etc.)
A sociedade definiu certas expectativas para as relações entre o adulto e a criança, que se caracterizam pela diferença de status. Quer a relação envolva professor e criança, treinador e jogador ou pai e filho, espera-se que o adulto seja o experiente/líder e a criança o aprendiz/seguidor.
Pares são indivíduos da mesma idade, na maioria das vezes, compartilham uma atividade ou interesse e encontra-se em intervalos programados regularmente para participar de determinados eventos. Entretanto, quando não ocorre nenhuma dessas situações, o contato não estabelece. E possível encontrar pares em qualquer lugar no qual as crianças se reúnem como na vizinhança, nas ligas de futebol e nas salas de aula.
À medida que as crianças amadurecem, dos 2 até os 12 anos, passam cada vez mais tempo na companhia dos pares. Os pares têm funções importantes na socialização das crianças. É por meio dessas relações que elas estabelecem o senso de identidade social e a imagem de como se encaixam na estrutura social. A partir das relações com os pares, as crianças aprendem a funcionar como “seres sociais”. Na companhia deles, as crianças experimentam diferentes papéis e aprendem quais comportamentos sociais são aceitáveis e quais não são inadequados.
Os pares ensinam coisas uns aos outros sem autoconsciência e sem a disparidade total de status que marca a relação adulta - criança. As relações entre pares oferecem ás crianças a oportunidade única de interagir em um contexto relativamente equilibrado de poder e de relativa igualdade.
Como as relações entre pares, as amizades oferecem oportunidade de parceria em igualdade e muito mais, os amigos oferecem ás crianças a oportunidade de desenvolver competência social. As amizades proporcionam também ocasiões para que as crianças pratiquem as habilidades de solução de problemas, incluindo comunicação, gestão de conflitos, construção e manutenção da confiança e estabelecimento de intimidade.
Por meio das relações de amizade, as crianças podem assumir tarefas e responsabilidades consideradas desagradáveis de forma mais divertida e até prazerosa, servem também para amenizar o estresse vivido pelas crianças.
As crianças que não tem amigos têm amigos tendem a apresentar algum distúrbio social, tendem a ter mais problemas de aprendizagem e atitude negativas em relação à escola, as crianças que não tem amigos perdem a oportunidade de praticar as habilidades sociais importantes para manter relações sociais estreitas ao longo da vida, e, por esse motivo, é comum que não consigam desenvolver as habilidades adequadas para a vida.
Todos esses aspectos são influenciados primordialmente pelos valores culturais das crianças, os quais nascem da família. Enfim, a visão que a criança tem de si mesma filtra cada influência e prepara o caminho para que acredite, ou não, em sua habilidade de fazer amigos.
As crianças com boa cognição social são mais capazes de fazer amigos, aquelas que conseguem imaginar o pensamento dos outros são mais bem –aceitas pelos pares e parecem dispor de maior competência social, quanto mais cognição social a criança apresentar, mais popular e procurada pelos companheiros será.
Na regulação emocional, as crianças devem aprender a regular não apenas o comportamento, mas também as emoções, as emocionalmente reguladas são mais populares e têm mais probabilidade de serem escolhidas como parceiras de brincadeiras e como amigas.
Um dos melhores lugares para adquirir a prática de falar sobre as emoções e os pensamentos dos outros e adotar a ação adequada, é no jogo de faz de conta, os primeiros comportamentos de brincar com os pares influenciarão profundamente os comportamentos estabelecidos com as futuras amizades.
As crianças que tem boas habilidades de linguagem estão mais conectadas socialmente. São capazes de empenhar-se na mesma idéia ou atividade com os pares e mantêm o contato por um tempo mais longo. Aquelas habilidades superiores de linguagem não apenas conhecem palavras, mas também são capazes de usá-las adequadamente em diferentes situações sociais.
Quando as crianças sentem-se apoiadas e seguras em seu ambiente, é provável que se estabeleçam relações fortes com o professor. Entretanto, quando reúnem as crianças, mas não ajudam na experiência social, e as deixam “ser crianças”, quando pequenas podem fazer algumas coisas por conta própria, mas se beneficiam enormemente quando há alguém que as interprete e as ajude a compreender os encontros sociais
Os adultos podem fazer isso, ajudando-as a interpretar os sinais sociais e sentimentos dos pares e adaptar seus comportamentos com base nisso, não se deve subestimar o papel dos adultos na socialização e nas relações das crianças.
Os adultos transmitem cultura ás crianças tanto direta quanto indiretamente, as culturas diferem muito no modo de promover a compreensão da amizade entre as crianças e as interações esperadas. A atmosfera social e emocional da família tem impacto sobre as habilidades das crianças de fazer amigos.
Muitas crianças têm dificuldades transitórias quando suas idéias sobre a amizade estão ás dos pares. Os adultos não podem acelerar o progresso das crianças ao longo da seqüência da estrutura da amizade, mas podem tentar entender o comportamento das crianças conhecendo mais a respeito do entendimento que elas têm sobre a amizade.
NÍVEL DE HABILIDADE PARA APOIO DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
Nível 0 – Companheiros de brincadeira momentâneos:
3 a 6 anos. As crianças pequenas chamam de “amigo” os pares com que brincam com mais freqüência ou que participam de atividades semelhantes, em determinado momento.
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