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As cem linguagens da criança: Reggio Emilia

Por:   •  6/10/2015  •  Resenha  •  469 Palavras (2 Páginas)  •  1.726 Visualizações

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Faculdade Paulista São José

Curso: Pedagogia para licenciados

Acadêmico(a): Maria Angélica Carretoni

Semestre: Primeiro

EDWARDS, Carolyn; GANDINI, Lella e FORMAN, George. As cem linguagens da criança. Abordagem de Reggio Emilia na Educação da primeira infância. Porto Alegre: Artes médicas, 1999.

A cidade de Reggio Emilia, na Itália, após a segunda guerra mundial, encontrava-se destruída. Seus moradores, num esforço de reconstrução e precisando de um local onde deixar os filhos para poderem trabalhar, recolheram dos escombros tudo o que pudesse ser revertido e empregado na construção de uma escola diferente. Junto com um jovem professor, Loris Malaguzzi, que se apaixonou por essa causa cidadã, surgiu um conjunto de escolas públicas com atendimento integral à todas as crianças (inclusive as portadoras de deficiências), com uma abordagem inovadora.

Em 1991, numa publicação na revista norte americana Newsweek, o sistema educacional de Reggio Emilia, com as reflexões dos educadores italianos que o criaram e desenvolveram e, os americanos que lá estudaram, foi apresentado ao mundo.

Nesse sistema, as escolas têm espaços amplos e sem barreiras visuais permitindo a interação de todos, novas perspectivas e pontos de vista diversos. As crianças formam grupos por interesses comuns e, a aprendizagem acontece através de experimentos, com a participação de professores, atelierista (que assume o papel de guia, no lugar de profissional das artes), pedagoga, cozinheira, auxiliares e pais.

As experiências propiciam aos pequenos, a utilização de todos os sentidos e de todas as formas de expressão (as cem linguagens). E, ao final de cada dia, tudo fica como está para que, no dia seguinte, as pesquisas continuem (aprendizagem em espiral, encorajando as crianças a repetir experiências fundamentais); ao contrário da escola formal, que separa o corpo da cabeça, segundo Loris Malaguzzi em seu poema: “A criança tem cem linguagens mas, roubam-lhe noventa e nove”. Escola pública formal, que não vem alcançando os objetivos de transformar crianças em adultos pensantes e atuantes (analfabetos funcionais), com problemas de espaço físico e estruturas do currículo, salas lotadas, docentes sem capacitação adequada e tempo e, sem fazer uso das novas tecnologias de fato. Todo o processo é minuciosamente documentado, gerando uma memória concreta que levará aos próximos passos da aprendizagem.

Por se tratar de um método complexo, delicado e em constante evolução, o professor deve ser sensível e estar sempre atento, oferecendo auxílio, recursos e norteando as crianças nas suas necessidades; mas também, deve estimulá-las criando situações com maior grau de dificuldade e excitantes.

Isso tudo produz um conflito, ao mesmo tempo, agradável e desafiador (saber como e quando interferir), fazendo com que tudo seja revisado o tempo todo e, proporcionando ao professor o seu próprio desenvolvimento.

Além, é extremamente importante ao desenvolvimento do sistema educacional como um todo que, comunidade escolar, família e seus pares estejam sempre em contato para a troca de impressões (conversando, debatendo e questionando); movimento, esse, envolvente e gratificante que resulta no progresso da sociedade.    

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