Atps ed especial
Por: Polisantos • 27/4/2016 • Trabalho acadêmico • 4.077 Palavras (17 Páginas) • 389 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
EDUCAÇÃO ESPECIAL
MATÃO / SP
2015
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
EDUCAÇÃO ESPECIAL
Atividade de Prática Supervisionada (ATPS) da
MATÃO/SP
2015
INTRODUÇÃO
Este relatório tem por meta mostrar a linha que separa a integração da inclusão. Entendemos que trabalhar com “gente” exige, além de todo conhecimento teórico, uma virtude que já nasce – ou não – com o ser humano: a sensibilidade.
Para construir uma sociedade com mais aceitação, mais amor, mais cuidado e compaixão, e devemos nos esforçar por incluir, acolher a todos, sem exceção. “Acreditamos que as comunidades com diversidade sejam mais ricas, melhores e lugares mais produtivos para viver e aprender. Acreditamos que comunidades inclusivas tenham a capacidade de criar o futuro. Queremos uma vida melhor para todos. Queremos a inclusão!” (Forest).
A inclusão, muito mais do que submeter (que geralmente é feito pelo uso da força), é abranger, acolher. A tendência hoje é de uma sociedade inclusiva, porque, pelos valores que seguimos na atualidade, é a via que melhor satisfaz ao indivíduo em particular e à sociedade em geral. Quando o indivíduo está e se sente incluído, têm mais chances de vencer na vida, por se sentir mais seguro e ter de fato mais oportunidades. Por sua vez, uma sociedade onde seus cidadãos conseguem se realizar como indivíduo tem mais chances de sucesso e estabilidade.
ETAPA 1 - ASPECTOS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA ÁREA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
O que é INCLUSÃO?
Num primeiro momento parece tratar-se de um assunto bastante simples, pois muito se tem falado sobre a inclusão. No entanto tendo em vista uma breve definição, uma simples consulta ao dicionário é suficiente para uma primeira aproximação ao tema. De acordo com ferreira (1998), a inclusão é o ato de incluir. Esta por seu turno refere-se ao processo de educar-ensinar, no mesmo grupo, crianças com ou sem necessidades educativas especiais, durante parte ou sem necessidades educativas especiais.
As Nações Unidas visando maior efetividade, em sua Resolução 45/91, promove uma mudança no foco do seu programa sobre a deficiência, passando da mera conscientização para ações efetivas no sentido de construção de uma sociedade para todos, projetada para 2010.
Outro documento de envergadura internacional é a Declaração Mundial Sobre a Educação para todos, redigido durante a conferência de Jomtien, em 1990.
A declaração trata dos objetivos e metas, princípios de ação e definição de políticas para melhoria da educação rumo a uma sociedade inclusiva. Tendo em vista estas alíneas gerais, em seu artigo 3º propõe a universalização do acesso à educação e promoção da equidade. No item 5 chama a atenção para a necessidade de uma atenção especial por parte do
sistema educacional quanto às pessoas portadoras de qualquer deficiência com medidas que lhes garante Educação.
No cenário nacional, vale destacar, neste mesmo ano, foi aprovado o Estatuto da Criança e do Adolescente, lei nº 8.069/90 (BRASIL, 1990), Por meio do qual, no artigo 54, ficou estabelecido o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência na rede regular de ensino.
A declaração de Salamanca (1994) é outro documento básico para se entender as ações que estão sendo geradas em todo mundo relativas à questão da inclusão.
Ela provém de uma Conferência Mundial sobre necessidades educativas especiais e pode ser considerada uma ‘carta magna’ da política da inclusão. Em meio aos debates internacionais em torno da inclusão social de indivíduos com deficiência, o Brasil aprova a LBD nº 9.394/96. (BRASIL, 1998). No capítulo V, a Educação Especial é definida como a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede de regular de ensino, para portadores de necessidades educacionais especiais, prevendo, inclusive, a implementação de serviços de apoio especializado nas escolas regulares.
Nos casos onde a integração do indivíduo com deficiências não é alcançada nas classes do ensino regular o documento possibilita ainda a oferta de educação especial em escolas especializadas.
Seja como for, é apontada com alternativa preferencial a ampliação do atendimento ao educando com necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino.
Propõe inclusive, que as instituições regulares de ensino estendam aos educando com necessidades especiais currículos, técnicas, recursos educativos, organização e terminalidade específica, bem como professores especializados na área e / ou sua capacitação.
Então parece que a questão mais urgente aqui não concerne apenas ao estabelecimento de um marco divisório que delimite o que está dentro (incluso) ou fora (excluso) do escopo educacional. Está, sobremaneira, falando a respeito da questão em torno de como se dará esta inclusão e o contexto em que ela ocorre.
Igualmente, e principalmente, quanto aos partícipes implicados neste processo. Concordo com Sekkel (2003, p. 22), quando afirma que: Ao falar de inclusão [...] o primeiro movimento é esse: incluir a nós mesmos.
Ter a coragem de abandonar (que seja por alguns momentos) essa identidade forjada pelas imposições da sobrevivência nesse mundo competitivo e tomar consciência, dar corpo as outras possibilidades, de ser. Temos que ouvir o chamado da vida em nós, daquilo que participamos como parte e como posse. [...]. A inclusão é movida pela realidade e pelo desejo, daquilo que tenho e daquilo que desejo alcançar. Penso a inclusão não como um contrato ou um dever, mas como uma possibilidade de encontro e de realização, fundada na confiança na própria vida, e como um direito de todos de pertencer aos grupos e outras formas de organização humana.
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