Bosque estudo do meio

 ESTUDO DO MEIO BOSQUE JEQUITIBAS

De acordo com o referencial teórico (UFMT, 1999), os zoológicos sempre desperta curiosidade nas pessoas, por isso são explorados pelos indivíduos e em destaque na educação. Os zoológicos são lugares que promovem o contato próximo com animais silvestres e isso estimula o aprendizado não formal, ou seja, fora dos muros das escolas.

Também os zoológicos, contribuem para os campos da pesquisa e preservação ambiental. Desse modo, as funções dos zoológicos, a percepção e observação dos visitantes oferecem aos diretores e educadores novas formas de envolver o público para inspirar ensinar uma compreensão melhor para os alunos em questões que envolvem o meio ambiente. Tendo em vista o Zoológico ferramenta de ensino (UFMT, 1999)

     Os estudos que envolvem a percepção ambiental vêm mostrar que no meio das discussões de dimensões paradigmáticas, culturais como a sociedade e a natureza não há espaço para pequenas partes dos fenômenos (Figueiredo, 2011). Ou seja, tudo depende de como o individuo aprendeu a se relacionar com o meio ambiente, natureza e os animais; a grande complexidade está na interação entre o respeito do homem para com o animal, e não achar que eles são objetos, coisas como trazemos em nossa cultura, que por muitas vezes não entendem a importância do animal em meio à natureza e devido algumas crenças acabam exterminando a fauna e a flora comprometendo assim a existência humana.

Quando os zoológicos surgiram tinham como objetivo atender em especial as necessidades de seus visitantes. Hoje têm quatro papeis fundamentais: educação, conservação, pesquisa e lazer (Sanders et al, 2007).

No entanto é fundamental que o educador ao visitar o zoológico com seus alunos os orientem para uma reflexão que vai beneficiar o meio ambiente, a natureza, e não meramente um passeio servindo apenas de observação, onde muitas vezes estressam os animais ali expostos.

Para Piaget (1974) equilíbrio nas instituições entre o sujeito e o seu meio ambiente, processo denominado pelo autor de equilibração o processo de estruturação do pensamento ocorre na ação do sujeito sobre o meio em que vive, isso é essencial para que exista o conhecimento. Ele concorda com a ideia da interação do sujeito com o meio e afirma que o desenvolvimento das estruturas mentais começa no nascimento, quando o indivíduo começa o processo de troca com o universo ao seu redor; com isso, o indivíduo precisa ser ativo para aprender, ou seja, vivenciar na prática, (construtivismo), relação indivíduo com o meio, por exemplo, uma pessoa que mora em centros urbanos nunca saber de fato o que existe em cidades rurais até ter a oportunidade de estar em uma e vivenciar na pratica as diferenças de uma com a outra.

Desta forma, o aluno vai transmitir para sua família, como também para outros colegas, a realidade dos animais que ali estão, podendo despertar uma empatia entre os indivíduos e os animais.

Nesse contexto é estimulante realizar o estudo do meio com os alunos, pois desprende o ambiente de aprendizagem para fora da sala de aula (BRASIL, 1998).

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997), “a utilização de outras metodologias de ensino significa, também, construir o currículo ao longo do processo, partindo de vivências do grupo (professor e aluno), sem deixar de considerar o conhecimento historicamente constituído.” (p.64). No entanto, um trabalho como esse, que utiliza um mecanismo metodológico especifico, possibilita ao aluno adquirir um conhecimento na prática, com a participação, envolvimento e reflexão.

Sendo assim, o estudo do meio no bosque jequitibás nos permite uma reflexão às diversidades lá encontradas tanto de animais quanto de plantas; observamos a transformação que acontece no ambiente tanto pela mão do homem que vai modificando e arquitetando o lugar para melhor adaptação dos animais e plantas, como também pela própria natureza causando mudanças que interferi no habitat, como por exemplo, um raio que cai na arvore, os morcegos que tem um tronco como morada, formigas entre outros que vão modificando dia a dia e contribuindo com a natureza ali encontrada.

De acordo com pesquisas da prefeitura, o bosque, teve inicio nos ano de 1980, localizado na região Central de Campinas, sendo uma das maiores e mais antigas áreas de lazer da cidade, estatísticas apontam que chega aproximadamente um milhão de visitantes por ano. Tem uma reserva florestal nativa da Mata Atlântica em meio a outros tipos de vegetação e edificações.

O Bosque foi tombado pelo CONDEPHAAT em 1970, sendo que em 1993 o CONDEPACC (Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas) tombou sua área em volta, proibindo a construção de edifício em cerca de 100 m. e, em 1995 foi obtido o reconhecimento de seu zoológico por parte do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente).