CONSIDERAÇÕES OBRE A TEORIA DE HENRI WALLON
Por: Lully2015 • 6/5/2015 • Trabalho acadêmico • 2.378 Palavras (10 Páginas) • 1.274 Visualizações
FACULDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
Andreia...
Luciene...
Natália...
EMOÇÃO: CONSIDERAÇÕES SOBRE A TEORIA
DE HENRI WALLON
São Bernardo do Campo
2006
REFERÊNCIA
ALMEIDA, Ana Rita Silva. A emoção na sala de aula: Emoção – Considerações sobre a teoria de Henri Wallon. São Paulo: Papirus, 1999, capítulo III.
RESUMO
EMOÇÃO: CONSIDERAÇÕES SOBRE A TEORIA
DE HENRI WALLON
Reflexões para um conceito
O autor inicia o capítulo, trazendo-nos à reflexão de como a luta pela sobrevivência marca a história da humanidade. Na busca de sua adaptação ao meio físico e social, o homem em contato com o mundo natural passou a criar instrumentos, ferramentas, modificou o mundo e foi se modificando, a fim de superar tais obstáculos.
Percebemos assim, que a cultura construída pelo homem, é advinda da necessidade de suprir suas necessidades. Aos poucos o homem foi ampliando suas interações com o mundo físico por meio das relações na vida social e da acumulação cultural. Para Wallon a criança se apropria da cultura e passa a fazer parte do meio social a partir do momento que domina os instrumentos de origem social, que permite ultrapassar o nível da experiência ou da invenção imediata.
Esta capacidade de operar com sistema de símbolos depende do desenvolvimento e da maturação dos centros nervosos, ou seja, a aquisição da linguagem é um salto qualitativo na evolução do pensamento infantil.
Ao nascer, a criança já encontra a base de sua história traçada. Tanto o mundo físico quanto o social já estão predeterminados, independentemente de sua vontade.
Wallon combateu a concepção de Watson, pois explica que a totalidade da emoção seja conjunção das influências do meio externo e das disposições orgânicas.
Com base na teoria marxista, Wallon interpreta o pensamento de Darwin sobre as relações entre seres vivos, dando ênfase à dependência da criança com relação ao adulto, conseqüência da inabilidade que ela tem em lidar com o meio físico no início de sua vida.
Essa não aptidão que a criança apresenta é provocada pela imaturidade do córtex cerebral, o que torna preciso a interação com o outro por um bom período para o atendimento de suas necessidades. Para manter tal relação, nos primeiros meses de vida a criança faz uso de uma linguagem não-verbal.
A origem da afetividade provém das emoções, que nada mais é que a atividade tônica postural, ou seja, os movimentos dos músculos, que sinalizam as impressões afetivas do bebê quando suscita a participação do outro. Os reflexos tônicos da criança são usados como forma de comunicação, e é de grande importância, pois desde então inicia a construção do psiquismo humano.
Segundo Wallon, a emoção tem uma grande influência na vida do indivíduo que não se restringe apenas ao fato de que esta precede a vida de relação. Devido a algumas propriedades humanas como a maturação do sistema nervoso, o homem possui a capacidade de comunicar suas sensações de forma tão expressiva, que não é encontrada nos animais.
Em sua concepção de emoção, Wallon tem uma inspiração darwinista evidente ao mencionar esta como um instrumento de sobrevivência da espécie humana, pois se por um lado a criança nasce sem condições de agir sobre o meio que a cerca, por outro é da emoção e de toda sua contagiosidade que permitirá o vínculo com o meio social.
Na psicogenética walloniana, o parceiro é essencial no desenvolvimento da criança, uma vez que considera o outro como agente da interação eu - mundo. Para ele, a relação interindividual é anterior à relação da criança com o meio físico, pois uma vez que a criança não possui capacidade ainda de para agir sobre as coisas, ela terá seu primeiro contato com o outro para posteriormente relacionar-se com o meio.
Pode-se perceber que para Wallon, a emoção tem papel fundamental por garantir a sobrevivência, pois o bebê quando nasce, depara-se com o mundo organizado dos adultos, e é a emoção que conduz o bebê a provocar a ajuda do outro. O desenvolvimento psíquico da criança é marcado pelo meio social, pelas relações estabelecidas entre os indivíduos. Wallon observa que são as emoções que unem a criança ao meio social; elas ampliam os laços que antecipam à intenção e ao raciocínio.
Ao superar a divisão entre indivíduo e sociedade, Wallon aponta a relação recíproca entre o desenvolvimento social e biológico, sempre associados e complementares no indivíduo. Zazzo (1978, p.14) ilustrou muito bem este pensamento ao afirmar que "as capacidades biológicas são as condições da vida em sociedade, mas o meio social é a condição do desenvolvimento destas capacidades".
Wallon explica a emoção de duas formas:
• Um fato fisiológico tem uma base orgânica ligada ao sistema nervoso;
• Emoção como um caráter social, que lhe é peculiar, pela sua função de apelo ao outro durante a fase de inaptidão infantil.
Antes dos seis meses várias emoções ainda não são encontradas na criança, porém em suas atitudes se encontram sinais de alegria e medo. Nesta fase a criança faz uso de “gestos expressivos”, dirigidos ao outro com intencionalidade. Um laço afetivo é gerado nesta relação com o outro. Uma vez que, até os seis meses se vê presa ao meio por conta das suas inabilidades, a criança se comunica não
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