Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

[pic 2]Universidade Federal Do Estado Do Rio De Janeiro

Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCHUnirio/Cederj

      Seminário de Práticas Educativas I – Atividades I – 2018.2

        Coordenador: Professor Dr. Charles Feitosa[pic 3]

Nome: Rita Cristiana de Cobuci Oliveira

Matrícula: 18116080088

Polo: Volta Redonda-RJ

Atividade I

1. Quais as consequências para a compreensão de “verdade” se existirem várias realidades ou, ao contrário, apenas uma?

Compreender o que é “verdade” seria fácil, se todos da humanidade tivessem a mesma percepção de conceitos sobre determinados fatos e objetos. Mas como vivemos em um mundo de opiniões totalmente opostas, pois um mesmo acontecimento pode ser contado por diversas pessoas, e de várias maneiras diferentes, e saber qual será a verdadeira vai ser difícil, porque cada ser humano percebe e intende o que passa em seu redor de formas distintas.

Mas só é possível uma definição do que é verdade ou mentira após a experiência ou o estudo vivenciado sobre os fatos e os elementos, é impossível um sujeito determinar se um assunto é verdadeiro se ele nunca foi informado sobre o mesmo, e nem estava pressente.

Outro fator importante também é intender que o mundo está sempre em constantes descobertas, e que a partir dessas descobertas as ciências estudam novos conceitos de verdade, para quem tem um pouco de conhecimento será fácil compreender essas verdades, mas para a população sem estudos, compreender essas mudanças não será simples. Como dizia o grande filósofo Nietzsche, “A verdade é um ponto de vista”, ou seja cada indivíduo para interpretar a verdade, vai depender do meio em que está e da sua observação.

E nesse contexto, menciono a realidade como um conceito que designa a verdade, o que é real, o que é óbvio. Mas a realidade muda de pessoas para pessoa, a minha realidade nunca vai ser igual à do meu vizinho. Para compreender o que é ou não realidade, depende de vários aspectos, como: a situação, o ambiente, a estrutura e os objetivos tanto pessoais como os sociais.

Por exemplo, a realidade dos ricos é extremamente diferente da realidade dos pobres, é assim também para homens e mulheres, adultos e crianças e etc.

Por esses motivos, posso afirmar que existem sim, várias realidades, nunca só uma, pois vivemos em um mundo de diferenças, principalmente de realidades e opiniões.

B) Qual seria segundo Larrosa (citando Vattimo) a principal vantagem de se acreditar que não existe apenas uma mas sim várias realidades?

Para Vattimo, na sociedade da informação e da comunicação generalizada, já não temos uma realidade que seja distinta das interpretações e que nos possa servir como princípio ou como fundamento da verdadeira interpretação, já não temos um mundo verdadeiro, independentemente das fábulas que contamos sobre ele. Multiplicam-se, assim, as formas possíveis do engano e da falsificação, permitem se formas inéditas de manipulação, favorecem-se a trivializarão e o vazio de sentido, apresentam-se novos perigos, mas, ao mesmo tempo, temos a possibilidade de nos libertarmos da tirania do princípio de realidade e da ditadura do mundo verdadeiro.

Sendo assim, para o filósofo a principal vantagem de se acreditar que não existe apenas uma mas sim várias realidades, se baseia na liberdade da humanidade de conduzir sua vida.

A realidade de muitos indivíduos da sociedade nem sempre se baseia no seu modo de viver. Muitos vivem no mundo da ilusão da fantasia ou da mentira mesmo, e acabam simulando outras realidades de vida. Isso se evidencia muitas vezes por infelicidades, inveja ou por precauções contra especulações alheias.

Todo cidadão tem liberdade para escolher uma realidade de vida ou viver a sua própria. Essa prática tornou se um grande benefício para a sociedade, que está sempre em busca de meios dinâmicos e eficazes de sobrevivência, para assim conseguirem enfrentar com dignidade a dura realidade da vida.