Desafio Profissional

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CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - CEAD

PEDAGOGIA

Disciplinas Norteadoras:Estrutura e Organização da Educação Brasileira e Educação e Diversidade

Michelle

DESAFIO PROFISSIONAL

TUTORA:

MARÍLIA

15/04/2015

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INTRODUÇÃO

Nos dias de hoje percebemos a partir dos novos movimentos sociais que vem sendo criado ao longo dos últimos anos que há uma crescente mobilização para a denúncia da exclusão e da desigualdade que atinge grupos minoritários, tendo consigo o desejo de um reconhecimento, baseado em políticas de diferenças fundamentais para a construção de um patrimônio histórico cultural brasileiro e componentes que ajudem a compreender a formação identitária nacional.

Neste contexto, o multiculturalismo e as diversidades existentes surgem como desafio para democracias liberais, que vêm apoiadas em ideais de igualdade, mas se deparam com duras críticas aos governos e instituições públicas. O que leva as questões do multiculturalismo serem tão complexas é a necessidade de articulação entre as lutas pela afirmação do direito à diferença com o processo de globalização, que podem aumentar as desigualdades e excluir cada vez mais aqueles que de variadas maneiras já estão à margem da sociedade. Entretanto, vale dizer, que existe o dever da superação de valores monoculturais, considerando que as diversidades surgem de lutas pelo reconhecimento de várias formas de saberes.

Neste sentido, este texto que ora escrevemos tem como objetivo demonstrar a importância do reconhecimento das várias culturas definidas como “diferentes”, em comunidades que cercam as instituições de ensino, em especial, aquelas diversidades que constituem a Escola Municipal Saber Conviver, para que sejam preservadas e consequentemente sejam respeitadas por todos.

Baseado no Projeto Pedagógico Curricular da escola supracitada iremos desenvolver ao longo desse trabalho uma proposta para a festividade relacionada ao Dia dos pais, para que seja possível promover e orientar a todos os segmentos desta instituição escolar sobre as questões da “diferença” existente na sociedade. O intuito é mostrar a importância de se promover um dia festivo que seja direcionado para toda a família e não apenas a um único membro. Esse diálogo toma por base a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDEN 9.393/96); os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), especificamente sobre a Pluralidade Cultural; as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; o Referencial Curricular Nacional para Educação; e outros pressupostos teóricos abordados nas aulas do AVA e no PLT relacionados as disciplinas: Educação e Diversidade e Estrutura e Organização da Educação Brasileira desenvolvidas no âmbito do curso de Pedagogia da Anhanguera Uniderp Centro de Educação a Distância.

DESENVOLVIMENTO

A Festividade relacionada à Escola Municipal Saber Conviver será organizada a partir de uma pesquisa sobre as diferentes culturas existente na comunidade que rodeia essa instituição a fim de podermos promover com base no currículo pedagógico da escola e de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN 9.394/96). Vem garantir que todos tenham direito a Educação Básica de qualidade independente da condições social, raça, cor, cultura e religião, em que o ensino tenha por base a igualdade no respeito a pluralidade de culturas.

Considerando a diversidade étnico-racial, o Parâmetro Curricular Nacional especificamente sobre a Pluralidade Cultural (PCN) vem para apoiar a LDBEN 9.394/96 e servir de critério para o desenvolvimento pleno da capacidade de aprender, pois somente poderemos formar cidadãos cônscios do seu papel na sociedade se os conscientizarmos de seus direitos e deveres. Nisto a escola tem função social fundamental.

Também as orientações oriundas das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana contribuem para minimizar e superar os preconceitos raciais que historicamente permeiam a sociedade e, por consequência, o ambiente escolar, porque visam à igualdade racial e cultural, garantindo que seja incluso no currículo escolar o estudo aprofundado da história afro-brasileira e africana ressaltando importância da participação e influência destes povos para a formação do Brasil.

Considerando que estes fundamentos devem ser trabalhados desde os primeiros contatos da criança com a escola, o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil vem para orientar os profissionais da educação e guiá-los em relação ao planejamento, desenvolvimento e avaliação das práticas educacionais, visando à pluralidade e a diversidade em sala de aula, considerando ainda a qualidade das experiências oferecidas à socialização em um ambiente que proporcionem acesso à realidade cultural do indivíduo e o desenvolvimento de sua identidade.

Com a finalidade de realizar uma festividade de modo a atender as orientações legais já citadas, a Escola Municipal Saber Conviver realizou uma pesquisa para perceber a constituição familiar de cada aluno. Pedimos que cada estudante fizesse por meio de desenho um retrato de sua família. Os retratos apresentados pelos alunos, fortaleceu a idéia de se realizar o “Dia da Família” em substituição à comemoração do intitulado “Dia dos Pais”, pois a pesquisa mostrou a necessidade de se ampliar a visão da escola à esse respeito, porque evidenciou que existem novas formas de estrutura familiar. Esta decisão teve como intuito incluir todos os alunos, não constranger a família, como o ocorrido na Escola Lua Nova. Segundo a revista eletrônica Correio24horas, (2013)

Foi durante uma comemoração de Dia dos Pais da Escola Lua Nova que o pequeno Lucca, então com 3 anos, surpreendeu as mães Érica e Milena, que foram juntas pela primeira vez à festa na escola do filho. “Chegamos lá, sentamos... e ele se sentou no colo de um pai e ficou assistindo a um show de palhaços. Depois, o grupo disse: ‘que vocês tenham um dia maravilhoso com o pai de vocês, saiam para passear com o pai de vocês’. E meu filho com a mão no queixo ouvindo isso. Se aquilo doeu em mim, imagina nele”, lembra Érica, falando do episódio de três anos atrás. (CORREIO24HORAS, 2013).