ESTUDO COMPARATIVO DOS AUTORES FERNANDO DE AZEVEDO E LUCIANO MENDES DE FARIA FILHO SOBRE A EDUCAÇÃO NO SÉCULO XIX
Por: suzipassos • 21/4/2016 • Trabalho acadêmico • 833 Palavras (4 Páginas) • 503 Visualizações
ESTUDO COMPARATIVO DOS AUTORES FERNANDO DE AZEVEDO E LUCIANO MENDES DE FARIA FILHO
SOBRE A EDUCAÇÃO NO SÉCULO XIX
A partir das profundas reflexões suscitadas pelo professor no decorrer das aulas, e antes de fazer propriamente dito o estudo comparativo dos autores Fernando de Azevedo e Luciano Mendes de Faria Filho sobre a Educação no Séc. XIX, faz-se necessário destacar o seguinte questionamento: “Em qual posição o pesquisador se coloca ao fazer a historiografia?”.
Tal questionamento decorre do fato de que é imprescindível reconhecer que o trabalho de historiografia é por deveras complexo. Assim, ao pretender analisar os fatos históricos vivenciados em outro contexto temporal, aquele que está no papel de historiador não pode fazer suas análises com base nos arcabouços conceituais do tempo presente, mas, sim, deve se lançar a buscar a compreensão do fato de acordo com o momento em que está inserido, pois somente as nuances desse contexto é que pode matizar a história, compondo o fenômeno histórico a ser pesquisado.
É nesse contexto, portanto, que pretendo expor minhas humildes considerações sobre tão importantes nomes. O primeiro, Fernando de Azevedo, que viveu e relatou um dos mais importantes momentos da educação brasileira. O segundo, Luciano Mendes de Faria Filho, que a partir de sua análise historiográfica buscou desvelar em seu artigo “ A instrução elementar no século XIX” um contexto sócio-histórico, político e econômico que faz muita diferença na análise do mesmo período vivido e relatado por Azevedo.
Então, para melhor detalhar o presente estudo, primeiro farei uma exposição sobre a obra de Fernando de Azevedo, acompanhada da análise sobre o seu trabalho, fazendo o mesmo com Luciano Mendes de Faria Filho.
FERNANDO DE AZEVEDO
Fernando de Azevedo é um dos primeiros que apresenta, de forma mais sistematizada, alguns aspectos que melhor representam a ruptura do processo educacional considerado tradicional, fortemente presente no Império, para uma escolaridade que ele denominou de Moderna na Primeira República.
Então, tendo por base a leitura dos textos de tal autor e as explicações do professor em sala de aula, sinto-me autorizada a afirmar que Fernando de Azevedo cunhou a trajetória da educação brasileira no Estado |Novo a partir de seus princípios epistemológicos. Com isso, a imagem que me foi possível construir do mesmo é de uma pessoa muito envolvida com a perspectiva de mudança no contexto sócio-político da concepção de educação que existia até então.
Nesse contexto, e segundo o professor Marlos, as concepções educacionais pressupostas por Azevedo é que fez ser possível refletir três aspectos até então ignorados ou negados na Educação da Primeira República. Tais reflexões referem-se: à participação da União nos sistemas de ensino; à nacionalização da educação e ao aspecto profissionalizante do ensino.
Isto, porque ao pretender uma análise interpretativa sobre a educação anterior à sua época, deixava claro o posicionamento político e educacional que o mobilizou. Assim, pretendia criar no Brasil um sistema público de ensino que formasse o cidadão sob as bases da cultura técnica e científica, chamando esta de Educação Moderna, pois considerava que a cultura educacional
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