Estágio e docência: diferentes concepções
Por: Larissa Evelin Rego Azevedo Cunha • 12/4/2019 • Trabalho acadêmico • 660 Palavras (3 Páginas) • 276 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO DE PEDAGOGIA
ESTÁGIO EM DOCÊNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL
PROFESSORA: TAMARA MANTOVANI
ALUNO(A): LARISSA EVELIN REGO AZEVEDO
RESENHA
PIMENTA, S.G; LIMA, M.S.L. Estágio e docência: diferentes concepções. Revista Poíesis, 2005/2006. p. 5-24.
Segundo as autoras o texto vem realizar uma reflexão sobre a formação de professores e pedagogos a partir do estágio, que deve ser considerado como um instrumento pedagógico que contribui para a superação da dicotomia teoria e prática. Inicialmente afirmam que o estágio se produz na interação dos cursos de formação com o campo social no qual se desenvolverão as práticas educativas. O estágio se constitui como um campo de conhecimento, e muito mais que a visão reducionista de atividade prática, pode se constituir em atividade de pesquisa. Desta forma, faz-se uma análise dos diferentes enfoques que o estágio tem recebido historicamente.
O primeiro enfoque é o estágio como imitação de modelos, porque parte da observação, imitação e reelaboração dos modelos existentes na prática. Mas nem sempre o aluno dispõe de elementos para essa ponderação crítica e apenas tenta transpor os modelos em situações para as quais não são adequados. Essa concepção traz o pressuposto de que o ensino é imutável e os alunos que frequentam a escola também. Assim, ao resumir valorizar as práticas e os instrumentos consagrados tradicionalmente como modelos eficientes, a escola resume seu papel a ensinar, e se os alunos não aprendem, o problema é deles.
O segundo enfoque é a prática como instrumentalização técnica, em que a hora do estágio fica reduzida a a hora da prática, ao fazer, as técnicas são empregadas em sala de aula. As oficinas pedagógicas que trabalham a confecção de material didático, por muitas vezes tem sido utilizada como prestação de serviços a rede de ensino, o que acaba submetendo os estagiários como mão-de-obra gratuita e substitutos de profissionais formados. Mas essa critica a didática instrumental, por um momento assume a negação da didática, uma vez que os estagiários começaram a considerar as escolas como aparelhos reprodutores e iam lá apenas para rotular as escolas e seus profissionais de “ tradicionais “ e “autoritários”.
Entretanto, o papel das teorias na Universidade é de iluminar e oferecer instrumentos e esquemas para a análise da investigação que permitam questionar as práticas dos sujeitos, um vez que as teorias são explicações sempre provisórias da realidade. Sendo assim, o papel das disciplinas é formar professores, a partir da análise, da critica e da proposição de novas maneiras de fazer educação.
Em contraponto a essas perspectivas citadas, o estágio como pesquisa vem superando a separação entre teoria e prática. Sendo a finalidade do estágio propiciar ao aluno uma aproximação da realidade na qual atuará, partindo da reflexão a partir da realidade. Esse estágio pressupõe outra postura diante do conhecimento, que passa a considera-lo não mais como verdade capaz de explicar todas e qualquer situação observada, onde os estagiários assumem uma postura de irem às escolas dizer o que os professores devem fazer. Supõe que se busque novo conhecimento na relação entre as explicações e os dados novos que a realidade impõe e que são percebidas na postura investigativa. Nessa perspectiva, tem-se o profissional reflexivo e pesquisador da sua prática.
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