Exercício da Autonomia na Escola

O Exercício da Autonomia Pelos Profissionais da Educação no Espaço Escolar

A autonomia na escola é um exercício de democratização de um espaço publico, ou seja, é delegar ao diretor e aos demais agentes da escola a possibilidade de dar respostas aos cidadãos que as cercam.

O objetivo da autonomia é de buscar cada vez mais a qualidade com equidade enquanto meta e o fortalecimento da escola enquanto meio.

A autonomia valoriza o trabalho dos profissionais da escola, realça sua competência técnica e cria condições favoráveis ao exercício de seu compromisso social, que é o de educar.

Nesse sentido, a autonomia é a possibilidade e a capacidade de programar um projeto politico-pedagógico que seja relevante à comunidade e à sociedade a que a serve.

O projeto político-pedagógico é um elemento primordial na configuração de instituições democráticas, pois é um grande referencial na construção da autonomia e identidade escolar, é o instrumento que orienta e possibilita operacionalizar a autonomia na escola. O projeto político-pedagógico e a autonomia são processos indissociáveis, como o é também a formação continuada, como elemento que promove a competência do grupo.

Dentro dessa perspectiva, não basta outorgar autonomia e investir em infraestrutura, é preciso que os atos institucionais sejam capazes de exercê-la. A capacidade traduz-se não só em habilitação, como também em habilidades para buscar elaborar e processar informações, desenvolver argumentos, analisar criticamente, negociar, liderar, incentivar a inovação, viabilizar experiências, estar em sintonia com os avanços tecnológicos e as modernas técnicas de gestão. Tal capacidade refere-se às pessoas responsáveis pela escola: diretor, coordenador, supervisor pedagógico, professor e corpo técnico-administrativo. Sempre colocando a comunidade a par de todos os acontecimentos e mudanças ocorridas na instituição escolar.

A autonomia dentro da escola assume uma nova gama de responsabilidades, ou seja, a responsabilidade de resolver os seus problemas. No entanto ela passa a contar com a autonomia administrativa, financeira, pedagógica e jurídica.

Nesse sentido, para ser autônoma, a escola necessita, além da liberdade garantida em legislação, as condições de recursos humanos, materiais e financeiros, e principalmente a competência técnica e o compromisso profissional dos educadores, precisa para tanto conquistá-la.

Trabalhando a autonomia na escola é possível trazer a comunidade para “dentro” dela, pois é muito importante que ela participe de todos os projetos que irão promover mudanças na escola, para juntos conquistarmos os objetivos impostos a autonomia e o projeto politico-pedagógico da escola em prol de uma educação de qualidade com equidade.

 

PETTENE H.; SECCHIM, N. D. Repensando a gestão da escola pública: tendência para

uma organização autônoma. Acesso em: 9/09/2015