FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
Por: hixizine22 • 18/5/2016 • Trabalho acadêmico • 2.738 Palavras (11 Páginas) • 318 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
Maria Da Silva RA: 69
Professora de EAD – Profª. Mariciane M. Nunes
Professor Tutor Presencial – Prof. Rodolfo Francisco
SÃO PAULO, 09 de Outubro de 2013.
A importância da Filosofia para a compreensão da sociedade e do mundo em que se vive e as dificuldades de implantação da disciplina no currículo escolar.
A palavra filosofia é formada por duas palavras gregas, “filo” que quer dizer amor ou amizade e “sophia” que quer dizer sabedoria ou conhecimento. Filosofia, portanto, seria amor pelo conhecimento, pela sabedoria.
Sendo o filósofo um “amante do conhecimento” isso significa que ele não é dono do saber, nem uma espécie de guru ou sábio dogmático. O filósofo é apenas um amigo e amante da verdade que está fora de seu domínio, seu papel é buscar a sabedoria, relacionar-se com ela e dividi-la com os outros.
Todos somos filósofos, pois das mais simples situações no nosso dia a dia surgem perguntas que desejamos responder, ideias que buscamos concluir, dúvidas que ansiamos sanar.
Para que o mundo fosse como é hoje, alguns já pensaram. Desde o motivo de estarmos aqui até quem somos nós. Tudo se transforma se desenvolve e se cria a partir do pensar. Assim, como não reconhecer a importância da filosofia. Ela quer fazer com que nós abandonemos a ingenuidade e os preconceitos do senso comum, não nos deixando levar pela submissão às ideias dominantes.
Em relação à educação, a filosofia foi um grande passo para a aplicação de novos métodos de ensino, porém quando se trata da mesma como disciplina no currículo escolar a aceitação muda.
A filosofia é fundamentalmente discussão de ideias e as instituições de ensino podem não estar vocacionadas para acolher tal coisa. Mas este não é o único obstáculo ao ensino da filosofia; a própria cultura em que estamos envolvidos pode ser um obstáculo à filosofia. Se vivermos numa cultura autoritária, teremos dificuldade em questionar os grandes filósofos do passado. Em vez de ler ativa e filosoficamente um texto filosófico, faremos uma leitura na qual nunca se investiga cuidadosamente se as ideias do filósofo são plausíveis ou se os seus argumentos são cogentes.
Em filosofia, os argumentos são muitíssimo mais visíveis precisamente porque não há teorias consensuais. Por isso, não podemos fingir que ensinar filosofia é apenas uma questão de ensinar a compreender teorias. Dado que as teorias dos diferentes filósofos se contradizem entre si, é importante saber que razões tem cada um dos filósofos para pensar que a sua teoria é verdadeira; se não o fizermos, o estudante fica com a noção errada de que a filosofia é apenas uma rapsódia de teorias diferentes umas das outra. Considerando que a Filosofia trata de termos e questões que de modo geral atingem áreas que colocam em discussão assuntos existenciais e direta ou indiretamente questiona temas sobre a existência ou não de Deus, não é bem vista pela sociedade, que em sua maioria crê na existência de um ser supremo que atua e interfere diretamente em suas vidas.
As instituições de ensino estão sobre tudo preparadas para ensinar aos estudantes os resultados substanciais das diferentes disciplinas da humanidade, das ciências da natureza, ou da matemática. Assim, procuram apresentar ao aprendiz tais resultados de modo que possam compreendê-los e passe a dominá-los com eficiência. Ao aluno compete unicamente compreender os resultados fundamentais da sua disciplina, e eventualmente saber aplicá-los no desempenho de uma profissão associada.
Se tentarmos aplicar este modelo de ensino à filosofia, teremos de algum modo que ultrapassar a inconveniência de não podermos em boa-fé dizer aos estudantes que a teoria do conhecimento de Kant é consensual, ou que as idéias de Nietzsche sobre a ética são amplamente aceitas entre os filósofos. A solução habitual é procurar substituir a filosofia por outra coisa qualquer: pela história da filosofia, pelo ensaísmo literário ou pela especulação de caráter mais ou menos vagamente sociológico ou psicológico.
Qualquer uma destas estratégias visa evitar o escândalo de a filosofia não ser como as outras áreas disciplinares: não temos resultados substanciais amplamente consensuais para apresentar aos estudantes. A filosofia é uma disciplina especulativa, que lida com problemas que ninguém sabe resolver.
O ensino da filosofia levanta problemas importantes:
• Se não há resultados consensuais substanciais em filosofia, o que há exatamente para ensinar?
• Como lidar com a diversidade de teorias defendidas pelos filósofos?
• Que tipos de competências e conteúdos são centrais no ensino da filosofia?
A filosofia não é uma disciplina, como a história ou a física. É uma disciplina a priori ou que se faz pelo pensamento apenas. Não usamos laboratórios, estatísticas, observações telescópicas ou microscópicas. Neste aspecto, a filosofia está mais próxima da matemática, que é também uma disciplina a priori.
Novas perspectivas para a educação no século XXI
Ao se falar de educação nos dias de hoje, muitas perguntas surgem sobre o futuro. Das metodologias utilizadas aos fins que se aguardam. Como é a educação que se vive no Brasil e qual sua finalidade?
As respostas teoricamente são boas, afirmativas, no sentido de um modelo educacional inclusivo, que auxilie o sujeito em sua formação intelectual e moral.
Infelizmente a realidade é bem diferente, pois a teoria quase nunca se torna prática, e quando ocorre ainda esbarra em alguma lacuna da sociedade que não foi englobada no contexto.
Numa sociedade com grandes diferenças sociais, como é a nossa, muitas visões dessa educação que se espera ter, é ilusão.
Para que ocorram mudanças no mundo, as pessoas precisam mudar; seu pensamento, suas atitudes e sua maneira de entender as situações que a rodeiam.
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