FUNÇÃO SOCIAL DA ESCRITA AUXILIANDO O PRINCÍPIO DA ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
Por: Giu Ravazi • 1/12/2016 • Trabalho acadêmico • 3.399 Palavras (14 Páginas) • 738 Visualizações
FUNÇÃO SOCIAL DA ESCRITA AUXILIANDO O PRINCÍPIO DA ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
Giovanna Augusto Ravazi [1]
RESUMO: A alfabetização se tornou um grande dilema ultimamente, muitos culpam os velhos métodos ditos tradicionais, outros dizem que o professor perdeu a mão com as novas metodologias, todos buscam culpados e o único prejudicado é o aluno. Apesar de todas das controvérsias presentes no processo de alfabetização, percebemos que na Educação Infantil as práticas tradicionais vêm sendo superadas, nas quais o aluno sai de um mero expectador e passa para protagonista da aprendizagem. Este trabalho vem esclarecer as principais diferenças entre tais práticas, e mostrar como a alfabetização pode acontecer através das práticas sociais da escrita. Percebemos que para alfabetizar o professor deve buscar procedimentos didáticos/ pedagógicos adequados ao processo. Do ponto de vista da construção do conhecimento, torna-se imprescindível enfocar os processos de aprendizagem do sujeito ativo e participativo. Esta forma de ensino traz ao professor o desafio de assegurar a abordagem mais global, e parte de uma perspectiva, que está centrada não no que é transmitido, e sim no que é construído. Este tipo de alfabetização particularmente refere á psicogênese da língua escrita, baseada em Emília Ferreiro e outros pensadores mostrando como envolver a criança no processo de aprender a aprender. Que compreende processo de construção, por parte da criança, do conhecimento sobre a língua escrita. Falaremos sobre o processo de alfabetização dentro da perspectiva da construção do conhecimento e como a escrita pode ter significação para a criança durante a Educação Infantil.
PALAVRAS-CHAVE: Alfabetização. Currículos. Aprendizagem.
ABSTRACT: Literacy has become a major dilemma lately, many people blamethe old so-called traditional methods, others say that the teacher lost his handwith the new methodologies, all seek to blame and the only harmed is the student.Despite all the controversies present in the literacy process, we realized that inkindergarten traditional practices have been overcome, the student out of a merespectator and became protagonista of learning. This paper clarifies the maindifferences between such practices and show how literacy can happen throughwriting social practices. We realize that to alfabetize, the teacher should seeklearning / teaching procedures appropriate to the process. From the point of viewof the construction of knowledge, it is essential to focus on the learning processesof active and participatory subject. This form of education brings to the teacherthe challenge of ensuring a more comprehensive approach, and part of aperspective that is focused not on what is transmitted, but in what is built. Thistype of literacy particularly relates will psychogenesis of written language, basedin Emilia Ferreiro and other thinkers showing how to involve the child in theprocess of learning to learn. Comprising the construction process, from the child,the knowledge of the written language. We'll talk about the literacy process fromthe perspective of the construction of knowledge and how writing can havemeaning for the child during childhood education.
KEYWORD: Literacy. Resumes. Learning.
- INTRODUÇÃO
O presente trabalho buscou responder à questão da forma que as crianças aprendem sobre a língua escrita, na fase de alfabetização iniciada na Educação Infantil. Tendo como objetivo conhecer as formas de alfabetização já existentes neste período, analisando suas contribuições. Para isso foi realizada uma pesquisa bibliográfica baseada principalmente na psicogênese da língua escrita e procuramos estabelecer um cargo de importância para uma alfabetização voltada e baseada na realidade de nossos alunos, a qual faz uso da escrita em sua função social.
Na Educação Infantil, percebemos diversas práticas alfabetizadoras co-existindo dentro das escolas. Algumas voltadas a uma perspectiva mais tradicional, outras que motivam e buscam a construção do conhecimento.
Diversos professores ainda se utilizam do método mais tradicional, que por alguns é visto como eficaz até hoje, porém neste, a alfabetização é feita de forma desarticulada a realidade do aluno, ou seja, não possui muita relação com as vivências as quais as crianças estão expostas diariamente. As atividades realizadas dão prioridade aos aspectos ditos nos conteúdos curriculares, cuja abrangência não supera nem demonstra o mundo em que este aluno vive. Sem se relacionar com a realidade, a prática pedagógica acaba por não tratar dos conhecimentos construídos. Se repetem atividades com letras, sílabas, frases, esperando que a cada passo esse aluno evolua, o que, por muitas vezes, não ocorre, tornando necessária a integração entre o que se está aprendendo com a realidade de cada um. Trazendo significado a todos os símbolos (letras) que a criança aprende.
Essas atividades executadas ficam sem significação, não possuindo entre si nenhuma relação que garanta a compreensão efetiva por parte dos alunos, além de ter um distanciamento em relação à faixa etária em que essas crianças estão inseridas. Tendo em vista que elas chegam ao primeiro ano, com apenas seis anos, que faz com que deixem de ser “crianças” e passem a ser “alunos” propriamente ditos.
Outra forma de alfabetizar a qual as escolas se utilizam, é baseada na construção do conhecimento e vem a fim de organizar e dar coerência ao currículo e a apropriação da língua escrita.
O presente trabalho propõe uma reflexão sobre os atos alfabetizadores, diferenciando as abordagens existentes nas escolas de hoje, o processo de aprendizagem voltado para o uso dos componentes textuais e como a psicogênese da língua escrita veio trazer avanços na compreensão de cada fase que a criança passa até se alfabetizar.
- MÉTODO TRADICIONAL X CONSTRUTIVISMO
Primeiramente iremos discutir as diferenças encontradas entre a prática tradicional e a prática social da escrita. A fim de dar sentido ao que a criança aprende, é necessário que o professor tome decisões a respeito da concepção pedagógica a qual se utilizará. Tendo em vista que o caminho seguido em sala de aula torna-se muito mais coerente pensando principalmente na aprendizagem de seus alunos.
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