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Fichamento do Livro Pedagogia da Autonomia

Por:   •  8/10/2019  •  Resenha  •  2.720 Palavras (11 Páginas)  •  524 Visualizações

Página 1 de 11

PEDAGOGIA DA AUTONOMIA

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

Página 9 à 11

“Primeiras palavras”; O autor faz a introdução de seu livro, discorrendo sobre os temas que serão elaborados nos três capítulos, todos referentes à questão da formação docente reflexiva em favor da autonomia dos educandos.

Pág.12 à 20

“Capítulo 1 – Não há docência sem discência”:

O autor discute em seu texto “saberes fundamentais à prática educativo-crítica ou progressista” como saberes inerentes à pratica docente em que a premissa educar não é transmitir conhecimento se faça verdadeira.

“[...]quem forma se forma e reforma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. É neste sentido que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado.” (Freire, 1996 p.12).

O autor cita ainda a “curiosidade epistemológica”, que surge da necessidade e capacidade de buscar criticamente aprender mais, se contrapondo à “educação bancária”. E discorre sobre os saberes fundamentais, sendo:

“1.1 – Ensinar exige rigorosidade metódica” – É papel do docente reforçar a capacidade crítica e curiosa do educando, ensinar a pensar certo, aprender e pesquisar e não apenas repetir o que aprende, mas refletir sobre, confrontar o que aprende com sua realidade de mundo e umas das condições para isto é “não estarmos demasiado certos de nossas certezas” (Freire, p.14).

“1.2 – Ensinar exige pesquisa” – O autor faz uma relação sobre o ensino e a pesquisa e sua interdependência. Segundo Freire, pensar certo necessita de uma transgressão da “curiosidade ingênua”, baseada no senso comum, para a “curiosidade epistemológica”, que nasce nesta primeira mas se denomina mais como uma superação da mesma por se tornar mais metodicamente rigorosa.

“1.3 – Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos” – segundo o autor, é fundamental respeitar os saberes trazidos pelos educandos, os saberes adquiridos fora das escolas e atrelar os conhecimentos e conteúdos escolares à eles como podemos concluir em sua indagação “Por que não discutir com os alunos a realidade concreta a que se deva associar a disciplina cujo conteúdo se ensina [...]?” (Freire, p15).

“1.4 – Ensinar exige criticidade” – Para Freire:

“Não haveria criatividade sem a curiosidade que nos move e que nos põe pacientemente impacientes diante do mundo que não fizemos, acrescentando a ele algo que fazemos.” (Freire, 1996, p.15)

O autor retoma os conceitos de Curiosidade ingênua e epistemológica para fundamentar a questão da criticidade, como sendo a superação da primeira pela segunda, e necessária à aprendizagem dos educandos.

“1.5 – Ensinar exige estética e ética” – Segundo o autor, é preciso respeitar os educandos como seres humanos que são, não podendo privá-los da formação moral.

“1.6 – Ensinar exige a corporeificação das palavras pelo exemplo” – Freire deixa claro que a educação não se dá apenas pelas palavras, mas muito mais pelas atitudes, logo, só ensina o que se faz, não podemos dizer algo e fazer diferente.

“1.7 – Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação”- O próprio subtítulo já traduz a afirmação do autor, ensinar é um risco, pois somos humanos, o novo não pode ser negado apenas por ser novo, bem como o velho não é velho apenas pelo valor cronológico se ele se fizer presente no tempo ou encarnando uma tradição e, mais importante ainda:

“Faz parte igualmente do pensar certo a rejeição mais decidida a qualquer forma de discriminação. A prática preconceituosa de raça, de classe, de gênero ofende a substantividade do ser humano e nega radicalmente a democracia.” (FREIRE, 1996, p.17).

O autor diz ainda sobre a prática docente como algo que se faz e que se vive e do pensar certo como “dialógico e não polêmico”.

“1.8 – Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática” – Segundo o autor, apenas “pensando criticamente a prática ou o ontem que se pode melhorar a próxima prática”. Da mesma forma defende a pensar criticamente a prática superando o ingênuo, ou senso comum.

“1.9 – Ensinar exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural” – o autor retrata a identidade cultural individual dos envolvidos no processo educacional, bem como a identidade cultura das classes dos educandos como algo que deva ser respeitado, nunca desprezado.

E o autor fala ainda sobre a “materialidade do espaço”, sobre como os ambientes podem traduzir intenções, como os gestos podem falar por si e na formação docente, o mais importante é a interpretação e “compreensão do valor dos sentimentos, das emoções, dos desejos, da insegurança superada pela segurança, do medo que, ao ser “educado”, vai gerando a coragem” (FREIRE,p.20) e não a repetição mecânica dos mesmos.

Pág.21 à 35

“Capítulo 2 Ensinar não é transferir conhecimento”

O autor inicia o capítulo fazendo uma síntese dos saberes abordados até o momento, onde o educador precisa:

“Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, a suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho – a de ensinar e não a de transferir conhecimento.” (FREIRE, 1996, p.21)

Para o autor, pensar a teoria não basta, é preciso estar envolvido nela para envolver os educandos, assim, ensinar não é transferir conhecimentos, mas a prática pode não ser tão simples.

“2.1- Ensinar exige consciência do inacabamento” – é preciso compreender e acreditar que não estamos prontos e acabados, que estamos em constante aperfeiçoamento a aprendizagem, predispostos às mudanças e aceitação do diferente.

“2.2 – ensinar exige o reconhecimento de ser condicionado” – Para o autor, é preciso assumir a consciência de que estamos no mundo para nos inserirmos nele e não nos adaptarmos. O saber-se inacabado implica necessariamente pela busca de

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