Fichamento do Texto - Reformas educacionais hoje na América Latina
Por: Madallena Pontes • 29/11/2018 • Resenha • 884 Palavras (4 Páginas) • 422 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Fichamento do texto: Reformas educacionais hoje na América Latina
“Na América Latina, é cada vez mais contundente o discurso que afirma a urgência e a inevitabilidade das reformas educacionais orientadas para melhoria da qualidade da educação ministrada pelos sistemas de ensino, principalmente em relação à educação básica. ” (p.29)
“As palavras de ordem são as mesmas: descentralização, qualidade, competitividade, equidade, reforma curricular, transversalidade, novas tecnologias, dentre outras de caráter mais secundário. ” (p.29)
“Como já dissemos, o discurso sobre a importância de reformar a educação está presente em muitos momentos da história da educação do novo século. Nesse sentido, não estamos diante de um discurso novo. Em geral, o senso comum associa reforma a progresso, mudança. Um mundo melhor é visto como consequência da intervenção proposta, de novos programas, tecnologias e processos que gerem maiores eficiência, racionalidade e controle dos resultados. ” (p.30)
“É fundamental não cair, mais uma vez, na armadilha de um discurso puramente científico e técnico sobre a educação, que apresenta como se ela fosse uma prática social absolutamente autônoma em relação ao contexto em que se situa, como se fosse possível tratar a questão educacional com uma racionalidade puramente instrumental. ” (p.31)
“Na hora da verdade, em geral, há uma acentuada distância entre as propostas de reforma e o dia-a-dia das escolas, especialmente das escolas públicas, e os problemas que os professores enfrentam em seu cotidiano. “ (p 31)
“Portanto, um dos primeiros desafios que se colocam quando nos confrontamos com o tema das reformas educativas é desmistificar o seu necessário caráter de novidade e de avanço. ” (p.32)
“Para muitos dos autores latino-americanos, as atuais reformas educativas que se situam num contexto de hegemonia neoliberal têm um caráter neoconservador, mesmo que se apresentem revestidas das tecnologias mais avançadas. ” (p.32)
“Assim, os sistemas educativos estariam vivendo uma situação catastrófica: os sistemas escolares são pesados e ineficazes, as despesas são excessivas e os investimentos improdutivos, as práticas pedagógicas são desatualizadas e ineficientes, a qualidade do ensino é muito baixa e está desvinculada das exigências postas pela transformação produtiva, os docentes estão pouco preparados para enfrentar os novos desafios os recursos didáticos são anacrônicos em face do avanço das novas tecnologias, entre outras características que evidenciam a profunda crise da educação. ” (p.32)
“Portanto, não se trata da mudança de determinados aspectos específicos, mas de uma reforma que pretende dar ao sistema educativo todo um novo enfoque e uma nova configuração. ” (p.33)
“Esse é um aspecto muito sério das atuais reformas educativas. Os sistemas públicos de ensino estão muito debilitados em muitos de nossos países e se estimula uma mentalidade segundo a qual quem pode pagar, não importa com que grau de sacrifício, deve preferir as escolas privadas, pois elas são mais eficazes e oferecem um ensino de melhor qualidade. ” (p.34)
“Para o Banco Mundial, a reforma educativa, centrada na reforma do sistema escolar, é urgente e imprescindível para o desenvolvimento econômico, político e social dos países latino-americanos. ” (p.36)
“Esses e outros exemplos revelam a necessidade de discutirmos mais profundamente o papel e as responsabilidades dos atores locais. As relações entre o Banco Mundial, os governos locais e os diferentes atores da sociedade civil (sindicatos de professores, associações de estudantes, universidades etc.) admitem configurações e negociações distintas, mas sempre, como é óbvio, dentro de determinados limites. Nesse sentido, é importante superar uma visão monolítica da situação que, apenas reforça a lógica do “pensamento único. ” (p.36)
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