Fundamentos filosoficos da educação
Por: karenccferreira • 20/9/2015 • Resenha • 1.454 Palavras (6 Páginas) • 339 Visualizações
A filosofia e a busca da verdade
A filosofia lida com diversas questões, essas na maioria das vezes válida para todos os povos e são atuais para os dias de hoje.
No que se diz respeito ao campo da pedagogia, o que é interessante é a especulação do processo de ensino-aprendizagem na Filosofia da Educação, pois teorias e praticas varia com o passar do tempo.
Conhecer o que cada filósofo pensa é de suma importância, pois assim podemos entender os desafios que a educação apresenta.A História da filosofia se divide em quatro períodos:Antiguidade, Idade Média e Idade contemporânea.
No pensamento grego antigo, os filósofos gregos passaram a se interessar por questões éticas e políticas. Um dos questionamentos apresentado nessa época era o problema da verdade, essa na opinião de pensadores atenienses, a verdade que procuramos conhecer não existe e tudo é uma questão de ponto de vista.
Sócrates, um dos principais pensadores da Antiguidade, citava que a razão é perfitamente capaz de alcançar a verdade, mas o discurso humano está na maioria das vezes carregado de ambigüidade e contradições que não podemos ver.
Para Platão, o conhecimento é baseado na distinção entre duas ordens de seres: as idéias e as coisas. As coisas dizem respeito a tudo o que podemos ver tocar, cheirar ouvir e degustar, mas essas sempre estão em constantes mudanças, como exemplo, o que é quente esfria.
Sua teoria sobre o conhecimento esta ligada ao modo em que ele entende o ser humano, para ele o homem resulta da união de dois elementos heterogêneos- a alma e o corpo material. Para Platão essa união se dá de forma violenta, na sua visão o corpo serve de prisão para a alma, que,quando estiver unido, permanece incapaz de ascender ao mundo inteligível.
Na teoria de Platão o mais nobre do ser humano é a alma, pois essa aumenta à medida que se desenvolve intelectualmente, e para ele o homem se rebaixa quando sede a impulsos corpóreos, com isso podemos dizer que para a teoria platônica o ideal é fazer com que a alma domine as ações humanas.
Outro pensador grego é Aristóteles, ele estudou na Academia fundada por Platão, para ele também o ser humano é dotado de dois elementos: a alma e o corpo, e também como Platão considera a alma mais nobre que o corpo, mas diferente de Platão considera que a realidade é exatamente o que conhecemos por meio dos sentidos, e as idéias são existentes apenas na mente humana e não em um mundo superior ao nosso.
Na teoria de Aristóteles mesmo os seres humanos sendo diferentes, a algo em comum a todos: a sua humanidade, mesmo que todos nascem, crescem e morre, a humanidade é comum a todos.
Aristóteles valoriza o corpo, para ele a saúde e vigor do corpo contribuem para a saúde e vigor da alma.
Na cultura medieval, a religião foi um obstáculo, pensadores por um lado foram condenados por apresentarem idéias contrarias a fé, porém por outro problemas teológicos serviam como estimulo á reflexão filosófica, com tudo essa relação entre religião e filosofia teve como resultado pensamentos bastante originais, e temas antigos passaram a serem vistos de forma diferente.
O pensamento medieval trouxe como novidade a relação entre a razão humana e o conhecimento da verdade, para os gregos a razão é o que diferencia o ser humano dos animais.
A verdade no ponto de vista dos filósofos cristãos a verdade não é “algo”, mas sim alguém que seria Deus, sendo assim na perspectiva cristã, a verdade somente pode ser conhecida por meio da fé.
Aristóteles tinha um ponto de vista que não era aceito pela religião cristã, pois esse dizia que o mundo era eterno e alma humana seria mortal, já o cristianismo diz que o mundo foi criado por Deus, portanto não é eterno e dizem também que a alma sobrevive mesmo após a morte do corpo. Devido às idéias de Aristóteles autoridades religiosas procuravam não divulgar sua obra.
Porém alguns intelectuais da época como Tomas de Aquino, procurou traduzir os livros do filósofo procurando provar que a filosofia aristotélica é bastante útil nas discussões com os não cristãos.
O naturalismo
É dado o nome de naturalismo a corrente filosófica sobre uma diferença essencial entre os domínios da natureza e o da civilização, essa corrente traz como proposta o retorno do ser humano a uma condição original e não da corrupção dessa condição humana.
O filosofo que tem mais influência sobre o naturalismo é Jean Jacques Rousseau, ele dizia que o homem seria bom por natureza, mas é corrompido pela sociedade. Rousseau dizia que as crianças seriam boas e transparentes em seus pensamentos e emoções, mas, à medida que crescem,vão tomando mais contato com os adultos ou crianças mais velhos, assim acabariam aprendendo sobre a mentira, a calúnia, o desprezo, a inveja, o egoísmo, a hipocrisia, o ciúme e todos os vícios que envenenam a alma humana, e para o filósofo uma vez corrompido, não há possibilidade de retorno.
Uma das principais obras de Rousseau foi Emílio ou da educação, essa conta a história de Emílio, um jovem educado longe da civilização, a fim de preservar sua bondade natural, para ele a criança deveria crescer e desenvolver em isolamento, tendo contato apenas com um preceptor, alguém dotado de bom caráter, poderia não ser os pais, pois eles se preocupam com o bem estar dos filhos, assim acabam os privando de momentos desagradáveis, porém necessário para o desenvolvimento, porém Rousseau foi criticado devido à impossibilidade de aplicação prática das idéias apresentadas, mas era admitido pelo filosofo que o objetivo não era ofender conselhos, mas sim estimular a imaginação. Rousseau marcou o pensamento pedagógico moderno.
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