HISTORICISMO, MARXISMO, ESTRUTURALISMO E FENOMENOLOGIA

Historicismo:

No início do século XX o filósofo e historiador alemão Dilthey desenvolveu o período do historicismo. Segundo Chauí (2006) essa concepção acredita na distinção entre ciências naturais e humanas e entre homem e natureza. Para Dilthey os fatos humanos diferenciam se dos fatos naturais, pois são históricos, possuem significação e finalidade por isso, devem ser estudados através de suas características próprias. O historicismo, chamado por Dilthey como “ciências do espírito e da cultura”, não devem usar o método da observação-experimentação, e sim devem criar o método de explicação e compreensão dos fatos humanos para encontrar sua causa histórica. (CHAUÍ, 2006).

Para Chauí (2006), os fatos psíquicos, sociais, políticos, religiosos, econômicos, técnicos e artísticos em cada época possuem as mesmas causas gerais por isso, devem ser compreendidos simultaneamente, como particularidade histórica e como fase de um processo causal universal. Os adeptos da concepção do historicismo se depararam com dois problemas, primeiro com o relativismo, pois nessa época as ciências humanas buscam universalidade de seus conceitos e métodos e segundo, pela subordinação a uma Filosofia da História, já que as ciências humanas almejavam separar-se da Filosofia. (CHAUÍ, 2006).

A seguir CHAUÍ (2006) explica melhor relativismo e filosofia da história de acordo com o contexto da época:

Relativismo: as leis científicas são válidas apenas para uma determinada época e cultura, não podendo se universalizadas. Filosofia e história: os indivíduos humanos e as instituições socioculturais só são compreensíveis se seu estudo científico subordinar-se a uma teoria geral da história que considere cada formação sociocultural, seja como visão de mundo particular, seja como etapa de um processo histórico universal. (CHAUÍ, 2006, p. 229)

Para não correr o risco de Dhilthey, Max Weber propôs que as ciências humanas não mais trabalhassem seus objetos como fatos empíricos e sim como fatos ideais, para dessa forma construir concepções conceituais “puras”que permite compreender fatos em particulares. (CHAUÍ, 2006).

        

Marxismo:

 

O marxismo foi fundado por Karl Marx em 1840, e trouxe a tona uma verdadeira revolução filosófica, pois suas concepções deixavam explicitar ideias políticas. (TRIVINOS, 1987).

De acordo com Trivinos (1987), Marx baseou se em várias idéias de Hegel em sua concepção, dentre elas o conceito de alienação e seu ponto de vista dialético em relação a compreensão da realidade, porém as desenvolveu dentro de uma concepção materialista de mundo.  Para Marx a realidade existe independentemente da consciência. (TRIVINOS, 1987).

Segundo Chauí (2006), através da doutrina marxista pode se compreender que os fatos humanos são instituições sociais e históricas produzidas pelas condições objetivas nas quais as ações e os pensamentos humanos devem realizar-se.

Para Marx as primeiras instituições sociais são econômicas. Para mante-las os grupos sociais criam ideologias e as conservam através da força e das leis. (CHAUÍ, 2006).

Através do marxismo as ciências humanas compreenderam que as mudanças históricas ocorrem aos poucos, por meios de lentos processos sociais, econômicos e políticos, baseados na forma assumida de propriedade dos meios e pelas relações de trabalho. (CHAUÍ, 2006).