INCLUSÃO: CONSTRUINDO UMA SOCIEDADE PARA TODOS

INCLUSÃO: CONSTRUINDO UMA SOCIEDADE PARA TODOS.

        Antigamente, quando se referia à uma pessoa especial, de acordo com os preconceitos que existiam, pensava-se em uma pessoa com algum tipo de anormalia que seria difícil a sua expressão e a sua compreensão. Nos dias atuais, a sociedade mudou a maneira de pensar, compreendendo de maneira mais afetiva que pessoas especiais são como qualquer outra pessoa, dando a eles os mesmos direitos. Estamos em uma época em que as pessoas com necessidades especiais não podem mais serem tratadas somente na área da saúde, e sim, assegurar e fazer valer seus direitos conquistados na educação escolar, como aluno frequentador em sala de aula.

        Para que isso se realizasse, as escolas e instituições tiveram que passar por um processo de adaptação do seu espaço físico e, também, no quadro de profissionais que pudessem atender as necessidades do aluno deficiente, da melhor forma possível.

        Os prédios utilizados como escolas, nem sempre foram construídos por pessoas que pensaram nos alunos com necessidades especiais. As construções mais antigas, principalmente, não são adaptadas como as novas escolas, que foram recentemente construídas ou reformadas.

        Ainda existem escolas assim, muito antigas, com vários problemas de manutenção sendo alguns deles, a falta de acesso para uma criança com necessidades especiais.

        Na cidade de Itu, num bairro de zona rural, existe uma escola nessas condições. A construção tem mais de 100 anos, já atendeu a várias gerações de uma mesma família. Uma moradora do bairro conta que na mesma escola já estudaram seus avós, seus pais, ela e hoje estudam seus filhos.

        A escola nunca atendeu alguma criança com necessidade especial, pois caso precise, a prefeitura encaminha a criança para alguma escola na cidade que tenha condições para recebê-la, oferecendo o transporte.

        A escola rural é bem simples, de construção rústica, com três altos degraus na porta de entrada, que já é a porta de uma das salas de aula. Possui apenas duas salas de aula, onde o espaço é bem reduzido, pouco arejado e ventilado. Os banheiros, também são escuros, sem banheiro para deficiente e não possui barras de apoio e nem espaço que possa transitar uma cadeira de rodas ou andador.

        A escola não possui pátio, apenas um refeitório com uma mesa e dois bancos, onde fica pouco espaço para as crianças andarem durante as refeições. Para ir ao refeitório, é necessário descer três degraus e subir um, tornando muito difícil o acesso de uma criança com dificuldade de locomoção.

        As classes são multiseriadas, isto é, vários anos na mesma sala. A professora atende no período da manhã o 4º e 5º anos e no períodos da tarde, 1º, 2º e 3º anos, na mesma sala.

        Caso essa escola fosse receber um aluno no 4º ano do ensino fundamental que apresente dificuldade de locomoção e dificuldades motoras, porém, com a capacidade cognitiva preservada, por exemplo, precisaria de várias adaptações necessárias para garantir o acesso e permanência desse aluno. Para que seja obtido êxito nessa empreitada, a escola terá que sofrer algumas mudanças.

        A entrada da escola, do portão até a porta da sala de aula, são poucos metros, mas existem alguns degraus, que já seriam uma dificuldade para o aluno enfrentar, portanto, teriam que transformar os degraus em uma mini-rampa com corrimão na altura adequada.

        Na sala de aula teria que ser colocada uma carteira especial para deficientes em coordenação motora, e a sala, as carteira restantes teriam que ficar posicionadas de modo a não atrapalhar a locomoção do aluno especial, nem sua visão e audição em classe, durante as aulas. Além disso, essa aluno teria que ter uma monitora para auxiliá-lo e acompanha-lo em todos os momentos.