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Indisciplina na educação infantil

Por:   •  29/10/2015  •  Artigo  •  1.796 Palavras (8 Páginas)  •  231 Visualizações

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Percebe-se que nos dias atuais a (in) disciplina tem sido um dos maiores obstáculos ao processo de aprendizagem. Sendo assim é necessário que as instituições escola e família trabalhem em conjunto resgatando os valores éticos talvez perdidos.

Sabendo que é na primeira infância que as crianças constroem suas noções de socialização buscando autonomia, o professor tem de se atentar para as questões como qual o papel da família e quais serão as metodologias utilizadas para que possa ser trabalhada tal questão.

Diante da problemática iremos fazer uma análise das possíveis causas da indisciplina na educação infantil, buscando denominar o conceito de disciplina levantando os fatores que causam tal problema e como família e escola devem trabalhar para a solução.

Partiremos do pressuposto que em vários momentos as famílias esquecem seu papel social que é de ensinar valores e repassar ética para seus filhos, passando assim a escola de uma forma totalmente erronia a assumir esse papel.

Retomaremos uma analise de como a indisciplina acontecem nas salas de educação infantil e qual seria a melhor forma de minimiza-la.

Segundo Piaget “toda moral consiste num sistema de regras, e a essência de toda a moralidade deve ser procurada no respeito que o individuo adquire por essas regras”

1 A educação infantil

Quando falamos em educação infantil temos de entender que essa etapa da educação tem suas especificidades, e para discutirmos sobre a disciplina nessa faze da educação temos de entender seus aspectos e peculiaridades. Segundo Abramovay e Cremer (1984) a pré-escola tinha a função de “guardar” as crianças, com característica plenamente assistencialista, que naquela época tinha o propósito de afastar as crianças do trabalho, e nesse período visava atender as necessidades básicas das mesmas.

A partir desse ponto a educação infantil passou por várias mudanças  e segundo Bujes a sociedade foi passando a entender que ser criança era uma especificidade que teria que ser estudada e repensada de forma que “[...] nos últimos três ou quatro séculos, a criança passou a ter mais importância, ser discutida e estudada como nunca havia ocorrido antes” (BUJES, 2011, p.17).

Entendendo que é criança possuía seu próprio modo de ver o mundo e de aprender passou-se então a se desenvolver de uma forma mais singular a atenção da mesma dentro da escola Abramovay e kramer (1984) afirmam ainda, que nesse momento de transição entre a escola que pensa em meramente cuidar passando então para  uma nova educação mais voltada para a questão pedagógica, surge a “pré-escola” com objetivos próprios, ou seja, a pré-escola nesse momento aparece com uma nova maneira de ver o ensino para crianças”, se apropriando de uma educação mais qualificada e especifica.

 No Brasil foi com a Lei de Diretrizes e Bases nº. 9394 de 1996 tornou-se legalmente estabelecido a educação para crianças de zero a seis anos, tornando a Educação Infantil direito das crianças e dever do estado, porém, segundo Oliveira (2005, p.53) “[...] os avanços até aqui alcançados não revelam ainda, estado satisfatório em relação à situação da educação pré-escolar”. Outro documento importante é Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil que deu suporte para esse fim.

A Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e pré-escolas, ás quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social. É dever do estado garantir a oferta da Educação Infantil pública, gratuita e de qualidade, sem requisito de seleção (BRASIL, 2010, p.12).

De uma forma geral, a escola que receberá esse aluno “novo” deve ter como finalidade “desenvolve-lo em diferentes aspectos, tais como: morais, físicos, intelectuais, emocionais, cognitivas e afetivas” (VERGÉS; SANA, 2009, p.11). Porém, nem todos os profissionais acompanharam esse avanço tratando a criança de forma incorreta, gerando assim alguns fatores de indisciplina

2 Disciplina Na escola

 Partiremos da definição de disciplina que significa ordem, regulamento, conduta que assegura o bem-estar dos indivíduos ou o bom funcionamento de uma organização, diante dessa definição pode encontrar as necessidades que a organização denominada escola tem em encontrar suas necessidades para utilização do ato disciplinar.

Entende-se por indisciplina os comportamentos disruptivos graves que supõem uma disfunção da escola. Os comportamentos indisciplinados simplesmente obedecem a uma tentativa de impor a própria vontade sobre a do restante da comunidade. [...] Também se entende por indisciplina as atitudes ou comportamentos que vão contra as regras estabelecidas, as normas do jogo, o código de conduta adotado pela escola para cumprir sua principal missão: educar e instruir. Então, muitas vezes, o problema consiste em que não existem tais normas, a escola funciona de acordo com um código não-escrito, conhecido somente por poucos, o qual não é divulgado entre a comunidade escolar”. (CASAMAYOR apud AQUINO, 2006, pg. 15)

Não precisamos estar dentro de uma sala de aula para saber que a Indisciplina constitui uma das queixas reinantes quanto ao cotidiano de professores e Pais. Podemos classificá-la como um fenômeno escolar que ultrapassa fronteiras socioculturais e econômicas. Deixando de pertencer socialmente a uma classe econômica inferiores tornando-se um dos maiores problemas enfrentados nas escolas.

Muitos professores sentem-se desmotivados perante tal problemática, pois quando não conseguem conter o problema ficam incapazes e esgotados, não conseguindo então dar continuidade ao trabalho pedagógico.

O autor Aquino faz um relato dessas situações e aponta respostas para a solução de tal problemática, em seus estudos estabelece que a indisciplina é indicada como uma tarefa espinhosa do mundo contemporâneo.

 Um dos fatores segundo Aquino (, 1996). Como possível causa da indisciplina é a falta de autoridade do professor tanto no conhecimento quanto na postura, isso aconteceu com a destituição do lugar de autoridade do saber que aconteceu ao longo dos anos. Para que esse problema se minimize os professores precisam se qualifica atualizar buscando dar uma aula mais atrativa e que estimule a participação dos alunos.

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