Inserção de criança com down no ensino regular
Por: thiagosilva1977 • 17/5/2016 • Tese • 5.030 Palavras (21 Páginas) • 319 Visualizações
AS CONTRIBUIÇÕES DA NEROCIENCIA PARA A INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWM [1]
1 Graduada em Técnico Superior Logística pela Universidade Anhanguera Polo Curitib PR- Atua como Professora da educação infantil na Prefeitura Municipal de Curitiba. Contato: adriana27cordeiro@hotmail.com.
2 Graduada em Pedagogia pela Universidade Nove de Julho - São Paulo-SP. Pós Graduada - especialização em Psicopedagogia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Pós-graduada - especialista em Arteterapia pela Faculdade ITECNE – de Cascavel – Paraná. Mestre em Filosofia pela Universidade Gama Filho – Rio de Janeiro - RJ. Atua como Professora na Prefeitura Municipal de Curitiba – Paraná. Professora da Faculdade Educacional da Lapa – FAEL. Professora orientadora do Instituto Rhema. Contato: cleo.sales@gmail.com
RESUMO
Quando se pensa em educação de qualidade, se pensa numa educação que atenda as necessidades da sociedade bem como do educando. Fica claro que, ainda hoje, não existe uma educação que atenda significativamente, as crianças com síndrome de down. Ainda hoje, resta muito preconceito por parte das instituições de ensino e das famílias também, o que prejudica o desenvolvimento acadêmico do down. É necessário pensar numa forma de mudar isso, pois a escola regular, mesmo que socializando a criança com down, ainda não oferece recursos de aprendizagem adaptados as suas necessidades. Além disso, percebe-se resistência por parte dos professores em atender esta criança, muitas vezes, por não possuir uma formação adequada. Ainda hoje, o currículo de pedagogia não oferece uma formação de peso para o trabalho com inclusão. O fato de ir para uma escola regular e o contato com pessoas diferentes nos mais variados sentidos pode ser importante para o portador da anomalia no desenvolvimento de todas as suas capacidades. Antigamente, tinha-se que os portadores da síndrome apresentavam uma severa deficiência intelectual. Nos dias atuais, é notório que o desenvolvimento intelectual da criança está diretamente ligado ao incentivo precoce por parte de quem convive com ela. Com o devido investimento e atenção necessária dos educadores, a aprendizagem para essas crianças acontecerá da mesma forma que acontece para uma criança qualquer.
PALAVRAS –CHAVE: Síndrome De Down. Inclusão. Educação.
INTRODUÇÃO
Para analisarmos a inclusão da criança com down no ensino regular, se faz necessário analisar quais são suas dificuldades e suas potencialidades. Crianças portadoras de Síndrome de Down inegavelmente apresentam algumas dificuldades limitativas, essas relacionadas principalmente com o atraso no desenvolvimento não só cognitivo, mas mental e corporal.
Sabe-se também que cada criança com down se desenvolve de maneira distinta, variando muito de uma para outra, inclusive em relação aos estímulos recebidos. Esse estímulo se da primeiramente no âmbito familiar, e depois, na escola.
Por esses motivos o trabalho pedagógico canalizado deve ter seu início o quanto antes, na estimulação precoce e na educação infantil, para a criança ter o estímulo adequado para o desenvolvimento mais rápido possível para a preparação para a integração no ensino fundamental.
O acompanhamento unido ao atendimento da criança portadora deverá ser efetivado com base nas situações diárias, pois é na educação infantil que ela será inserida no meio social, adquirindo experiências de convívio com as demais crianças da escola, desenvolvendo autonomia a partir disso.
E também diz que não existe método especifico para tratar da criança com Down, por isso é necessária uma intervenção direcionada a partir daquilo que se descobre sobre as necessidades pessoais de cada criança, e que as atividades aplicadas com base nisso estejam voltadas para a o objetivo da aprendizagem.
2. A CRIANÇA COM DOWN
A criança com SD é vista como a sua deficiência em sim, porém mesmo com a real existência da deficiência mental, ela é parte da criança, mas não a criança enquanto um todo, pois mesmo estando fora dos padrões de normalidade da sociedade no quesito de capacidade intelectual, a partir do estimulo certo unido a integração, ela pode se desenvolver consideravelmente.
De acordo com Voivodic,
“o uso de rótulos e categorias enfatiza apenas as dificuldades e desvia a atenção de outros fatores que não são importantes e podem facilitar a aprendizagem.” (2008, p. 60)
O aprendizado para as crianças com SD é um trabalho lento e específico, pois elas levam um tempo a mais para adquirir a linguagem, essa sendo uma das características mais evidentes, necessitando assim de uma estimulação própria para ela. E o processo de desenvolvimento cognitivo se dá de forma mais rápida quando a criança é integrada a atividades diárias concretas, sem abstrações, podendo, desse jeito, desenvolver habilidades e usar seu potencial.
Alves diz que,
[...], a Síndrome de Down é classificada como uma deficiência mental, a qual não podemos preestabelecer o limite do indivíduo, mas existe a grande possibilidade de desenvolvimento cognitivo. (2007, p. 38)
Cada um tem seu limite e seu tempo de aprender. Isso também acontece com a criança com síndrome de down. Seu desenvolvimento vai depender também do estímulo recebido, além disso, algumas se desenvolverão mais rápido, outras, de maneira mais devagar.
As crianças com SD necessitam de profissionais preocupados com o seu bem estar, com a sua aprendizagem e com todo o processo que envolve o seu desenvolvimento, para que possam ser atendidas adequadamente e para que suas necessidades sejam supridas.
2.1 A CRIANÇA COM SINDROME DE DOWN E O BRINCAR
Pelo fato do desenvolvimento da criança com SD se dar de forma mais lenta que o das crianças “normais”, são necessárias atividades de estimulo. Brincadeiras e os brinquedos são imprescindíveis no desenvolvimento delas, facilitando muito a sua interação.
Segundo Milani,
“por meio das brincadeiras, as crianças reproduzem cenas oriundas de sua própria vida. E em algumas situações, elas modificam tais situações nas brincadeiras para que estas se tornem mais agradáveis. Esse mesmo processo é facilmente detectado também em crianças portadoras da SD”. (2006, p.92)
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