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Introdução aos Estudos Científicos em Educação

Por:   •  29/10/2019  •  Resenha  •  791 Palavras (4 Páginas)  •  180 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Centro De Ciências Humanas e Sociais (CCHS) - Escola De Educação

Licenciatura em Pedagogia

Disciplina: Introdução aos Estudos Científicos em Educação

Professor: Diego Vargas

Aluna: Mônica Soraya Alves Ramos Teixeira Ervilha

Matrícula: 20192352020

Data: 28/10/2019

RESENHA

O QUE É EDUCAÇÃO

Carlos Rodrigues Brandão nasceu na cidade do Rio de Janeiro, onde se formou em Psicologia na PUC. Desde cedo, envolveu-se ativamente na criação de movimentos e centros de cultura popular. Em 1967, ingressou como professor na vida universitária, primeiro em Brasília (UnB), depois em Goiânia (UFG) e finalmente em Campinas (Unicamp). Tornou-se antropólogo, primeiro por conta própria e depois, por meio de cursos na UnB e na USP. Desde 1963, participa do debate extrauniversitário dos movimentos e experiências de educação e cultura popular. Escreveu diversas obras, entre as quais, Educação popular, identidade e etnia, e, pela coleção Primeiros Passos, O que é educaçãoO que é educação popular e O que é folclore.

         Em “O Que é Educação” o autor apresenta as diferenças nos sistemas de ensino e avalia as múltiplas formas de educação que diferem em conteúdo e método. Apresenta índios americanos como exemplo de populações que rejeitaram ensino fora de sua cultura e propuseram que os ‘brancos’ fizessem o caminho inverso, enviando suas crianças para a aldeia a fim de ensina-los ‘sua’ educação. Trata a educação como sendo de uso escuso, manipulada para interesses de finalidades distintas ao da proposta originária e dos equívocos que se tornam verdade quando esta manipulação se dá por setores dominantes. O aspecto abrangente da transmissão de conhecimento e a ausência de limitações às convenções escolares intramuros também são pontos importantes da obra. Segundo o autor a razão do homem capacita-o na identificação de seus instintos. Contextualizando o surgimento da escola e relacionando com as necessidades de coletividade e integração no ensino. Ele cita, também, as diferenças nos primórdios da educação das sociedades. “Quando os antropólogos pouco falam em educação, eles pouco querem falar sobre processos formalizados de ensino.” (BRANDÃO, 2007, pg.17). Existe identificação de processos de aprendizagem em várias esferas sociais sem, necessariamente, formalização do ensino. As práticas tribais em locais diversos exemplificam que o aprender está inserido no cotidiano em diferentes situações. Caracterizando a educação tribal como difusa. “Não é nada raro que tanto na cabeça de um índio quanto na de um de nossos educadores ocidentais, a melhor imagem de como a educação se idealiza seja a do oleiro que toma o barro e faz o pote.” (BRANDÃO, 2007, pg. 24). Determinando que independente da cultura o objeto fim do processo de educar seja o de moldar o sujeito. A hierarquização das sociedades, distribuição desigual do saber, uso político no reforço das diferenças e categorização do sujeito de acordo com posição social compõem um dos capítulos do livro e norteiam o que foi a padronização da educação, que se estende até os dias atuais. Quando traz a origem dos pedagogos, mestres-escola e sofistas exemplificando a finalidade da educação grega, que era somente o ofício. A agricultura, pastoreio, artesanato e arte atrelados à honra, solidariedade e fidelidade à cidade. Tecne e Teoria são reservadas aos trabalhadores manuais e os nobres. Para os Gregos todo saber se dá pela educação e definiam a pederastia como forma de educação. O surgimento das escolas e os ‘escravos pedagogos salientando a diferença entre ensinar para o trabalho e para a vida. A diante ressalta a Educação que foi desenvolvida em Roma e o que ela ensina a partir da separação das forças produtivas, a educação doméstica das crianças romanas nos tempos de Augusto e Tibério e a invasão da educação conquistadora.                                                                     Dentro das diversas categorias que se encaixa o sistema educacional, encontramos recentemente e em fatos históricos, justificativas para os parâmetros atuais utilizados para definir educação. A existência da educação difusa praticada sem sala de aula e sem mestres até as classes equipadas e os métodos pedagógicos nos mostram que os ciclos de experimentação e as bases de conhecimento adquiridas através dos tempos, de uma forma ou de outra, agregam conteúdo e nos embasam para desenvolver e pensar educação para gerações futuras, adequando o que for necessário para preservação da ancestralidade, desenvolvimento de novas tecnologias e entendimento da existência de saberes diversificados, validando e valorizando-os.

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