Letramento e alfabetização
Por: Belchior • 6/10/2015 • Trabalho acadêmico • 4.193 Palavras (17 Páginas) • 228 Visualizações
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LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO
SÃO PAULO
06/11/2014
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SÃO PAULO
SUMÁRIO
1. Introdução;
2. O que significa estar alfabetizado?
2.1 Definições dos conceitos: decodificar, ler, escrever, aprendizagem e conhecimento segundo as idéias de Faraco;
3. Características inerentes dos gêneros textuais;
3.1 Atividades Lúdicas com ênfase na linguagem oral e escrita;
4. A relevância de leitura para o processo de alfabetização e letramento;
5. Atividade para o 1º ano do ensino fundamental;
6. Considerações Finais;
7. Referencias Bibliográficas.
- INTRODUÇÃO
A finalidade do trabalho é de destacar a importância do professor trabalhar com maior freqüência a oralidade com seus alunos. Realizar leituras individuais, compartilhadas, enfim, que ele (o professor) descubra uma maneira de fazer com que as crianças vejam a importância de trabalhar a leitura e seus diversos gêneros textuais dentro da sala de aula.
É destacada também a importância do trabalho de leitura e escrita de textos no processo de alfabetização. De fato, não mais se admite pensar em alfabetização como simples aquisição de um código de tradução e produção de sinais gráficos. A literatura acadêmica tem respaldado uma mudança de enfoque no que se refere aos modos de ensinar a leitura e a escrita, recomendando uma integração, desde as fases iniciais, entre atividades de reflexão acerca do sistema de escrita alfabético e o contato intenso com a produção e leitura de textos diversificados. No entanto, a passagem entre o que se defende enquanto princípios e concepções e o fazer efetivo em sala de aula não ocorre de forma automática. A sala de aula é, portanto, o foco deste trabalho, que foi pensado a partir da crença de que é somente fazendo e refletindo sobre o que é feito lá que poderemos avançar nessa passagem.
2. O QUE SIGNIFICA ESTAR ALFABETIZADO?
Estar alfabetizado consiste não apenas saber ler e escrever, ou seja, decifrar códigos. Significa conferir significado e sentido às funções sociais atreladas à escrita. Quando falamos que uma criança está inteiramente alfabetizada, queremos dizer com isso que ela é hábil a compreender diversos tipos de grafia, que ela tem um repertório amplo e habilidades para relacionar-se em um meio social determinado.
A aquisição da escrita não requer o desenvolvimento do entendimento, mas, facilita o uso da multiplicidade da escrita. Durante alguns anos, acreditou-se que a criança deveria conhecer as letras, saber juntá-las, relacioná-las sonoramente etc. Só depois poderia começar com a linguagem escrita.
A prática de ensino e aprendizagem da escrita amplia a capacidade de produzir e interpretar textos orais e escritos, facilitando a resolução de problemas do cotidiano, e contribui para o exercício pleno da cidadania. Para trabalhar a língua escrita na escola deve-se ter a preocupação de manter um estreito vínculo entre as funções comunicativas e sociais, aspectos discursivos e finalidade.
Saber ler e escrever são insuficientes para atender adequadamente à demanda atual. A forma mecânica não garante a uma criança a influência mútua com os diferentes tipos de textos que circulam na sociedade. É necessário não apenas decodificar sons e letras, mas ser capaz de entender os significados e usos das palavras em diferentes contextos.
Letramento e Alfabetização vão muito além de decifrar códigos, a alfabetização não precede o letramento, os dois processos são simultâneos.
Ler e escrever tem como função comunicar algo. Por isso é necessário que se verifique o entendimento do texto, não apenas avaliar a habilidade de leitura, se o que for lido não fizer sentido e sequer comunicar algo ao leitor.
Uma criança em fase inicial escolar muitas vezes lê pequenas histórias, mas não compreende o que se passa nela, isso significa que ela apenas decodifica o texto. Mas quando esta habilidade estiver desenvolvida, aí sim ela começará a dar um sentido maior ao que lê. Porém ainda não podemos dizer que essa criança esteja alfabetizada. E quando uma criança apenas escreve o que ouve não significa que ela esteja hábil para produzir um texto legível e compreensível.
Estar letrado significa atribuir significado e sentido as funções sociais vinculadas à escrita. Mais importante que aprender a conhecer e juntar letras, é perceber o uso que se faz delas e refleti-las.
Analisamos que uma criança e desde muito cedo é “construtora” de hipóteses. Uma vez que tudo para ela é novo, ela vai conhecendo, supondo, crescendo e construindo. Essas construções são aquisições de conhecimento. Conhecimentos estes que vão sendo adquiridas das mais variadas formas e situações e não apenas nos bancos escolares como se supunha.
Através de alguns teóricos, entre eles Faraco começou a perceber que características como a importância da cultura original de cada um, sua vivência e individualidade, quando levados em consideração, são na verdade fundamentais para o processo de letramento e que a leitura e a escrita tornam-se assim instrumentos para esse processo.
Avaliamos que a escola tem sua importância, assim como os códigos e é imprescindível que a escola sofra uma transformação em sua essência. Que a escola seja um local de trocas de saberes, de mesclas de culturas e principalmente de valorização de individualidades. E que o educador se perceba como o condutor desse processo e que ele também estará se “ampliando”.
Respeitar desde cedo o potencial da criança, possibilita permitir assim que ela se veja letrada, pois assim, conseqüentemente as outras a verão. Que ela se veja efetivamente agente de transformação do mundo.
2.1 DEFINIÇÕES DOS CONCEITOS: DECODIFICAR, LER, ESCREVER, APRENDIZAGEM E CONHECIMENTO SEGUNDO AS IDÉIAS DE FARACO.
Embasadas na leitura de Faraco (2006) podemos relacionar diversas etapas da alfabetização que resultam neste completo desenvolvimento lingüístico.
O desenvolvimento da capacidade de recolher os símbolos, e reproduzir seus sons adequadamente são o ato de decodificar. Aprender a ler também é decodificar, é um procedimento utilizado pelo leitor para identificação das relações grafemas (letras) e fonemas (sons). Mas mesmo assim, o que parece ser tão fácil Faraco nos mostra primeiramente que a aquisição da leitura e escrita, portanto alfabetização é um processo complexo e cheio de nuances.
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