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Linguistica Textual

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Por:   •  8/12/2014  •  727 Palavras (3 Páginas)  •  508 Visualizações

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Linguística textual

Linguística textual é uma orientação possível na análise de textos. A linguística textual é basicamente uma criação da Europa continental, e é especialmente valorizada na Alemanha e na Holanda. Ao contrário das correntes estruturalistas, cujo foco de estudos são os aspectos formais e estruturais do texto, essa vertente concentra suas atenções no processo comunicativo estabelecido entre o autor, o leitor e o texto em um determinado contexto. A interação entre eles é que define a textualidade de um texto. Na década de 1970, um projeto pioneiro da universidade de Konstanz, na Alemanha, tentou construir uma gramática de texto explícita; o projeto pareceu não ter sucesso, e as investigações que se seguiram caracterizaram-se por uma elaboração e sofisticação maiores.

A linguística textual faz um uso pesado dos conceitos e da terminologia linguística corrente, e muito do que se faz nesse campo são tentativas de estender os tipos correntes de análise linguística a unidades maiores do que a sentença. Consequentemente, essa orientação tem muito em comum com a abordagem que, no mundo de língua inglesa, é conhecida como discourse analysis, e alguns estudiosos que olham para as coisas de fora não conseguem ver grandes diferenças entre as duas. A orientação funcionalista chamada linguística sistêmica compartilha algumas idéias importantes com a linguística textual, mas tem uma natureza bastante diferente.

Ensino superior, oportunidades iguais?

Sei que o assunto é polêmico e que muitos funcionários e alunos das universidades públicas irão tentar nos crucificar. Apesar disso, vamos deixar claro que a função parlamentar nos coloca na condição de críticos ou de criticados sempre que manifestamos a nossa opinião, mas isso nunca nos assustou; ao contrário, preferimos o combate, mesmo quando sabemos que o adversário é forte e não poupa as armas na hora do confronto.

Há muito tempo manifestamos a nossa opinião contrária ao ensino superior gratuito. E retornamos a ela, agora quando o ano letivo recomeça e as nossas universidades recebem legiões de jovens estudantes, a grande maioria premiada pelo esforço que fizeram e que foi coroado com o ingresso na universidade pública. Verdade? Sim, porém em parte.

Não é necessário ser um gênio para saber que os cursos “de elite” das universidades públicas, em sua maioria são frequentados por jovens que cursaram a escola particular e que, normalmente oferecem um preparo mais adequado a suas estudantes. E essa camada da sociedade, a mais privilegiada, faz um processo inverso ao das classes mais carentes.

O pobre manda os filhos para a escola pública onde nem sempre recebem o melhor ensino, enquanto a camada mais abastada mantêm os filhos na escola particular. Depois, o processo é inverso. O rico manda os filhos para a escola pública, enquanto os pobres são obrigados a pagar a escola para os seus jovens e, em alguns casos, tentam se adequar os programas oficiais que beneficiaram o estudante pobre.

Não estaria na hora de uma mudança radical no processo? O Governo investe fortunas na universidade pública, para beneficiar as camadas mais ricas que poderiam bancar o estudo de seus filhos, enquanto faltam recursos para os cursos fundamental e médio, que seriam as grandes ferramentas para nivelar o ensino como um todo.

É nesse ponto que podemos perceber de onde virão os ataques. E a eles podemos responder com um simples convite: vamos todos ao estacionamento das universidades públicas e nos seus arredores para termos a certeza do padrão de vida da grande maioria desses estudantes. O quadro que avistaremos vai mostrar que é ali que a camada mais privilegiada da sociedade está bem representada.

O padrão de vida desses estudantes mostra que eles bem que poderiam bancar o estudo que recebem gratuitamente de um governo, principalmente porque, depois de formados, não irão retribuir para a sociedade que pagou para mantê-los lá. Assim, defendemos abertamente o fim do estudo gratuito e, se mantida essa situação, a obrigatoriedade de que, depois de formados, eles dediquem um período de sua vida profissional em benefício da sociedade que bancou os seus estudos.

Esta seria, ao nosso ver, uma maneira simples de valorizar e retribuir o que recebeu e que, muitas vezes custou o corte de investimentos na escola de base. E essa afirmação nos faz recordar um velho ditado nem sempre lembrado por nossas autoridades: “os cortes na educação não cicatrizam, jamais.”

Vitor Sapienza é deputado estadual (PPS), ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, economista e agente fiscal de rendas aposentado. Acesse: www.vitorsapienza.com.br

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