METODOLOGIA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por: daianevlb • 31/5/2016 • Bibliografia • 2.162 Palavras (9 Páginas) • 458 Visualizações
METODOLOGIA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO INFANTIL
• O Desenvolvimento Infantil na perspectiva sociointeracionista: Piaget, Vygotsky, Wallon.
• Jane Felipe
• Piaget, Vygotsky e Wallon:
Cada um, a seu modo, tentou demonstrar que e a capacidade de conhecer e aprender se constrói a partir das trocas estabelecidas entre o sujeito e o meio. O estudo desses teóricos tem lançado luz sobre a compreensão do desenvolvimento Infantil. Apesar de, por vezes, serem dissonantes em alguns aspectos, conceitos, seus estudos têm influenciado ações em diversos contextos educacionais.
Piaget: socioconstrutivista (O desenvolvimento parte das estruturas intrínsecas e individuais do indivíduo)
Vygotsky e Wallon: sociointeracionista (O desenvolvimento parte das relações sociais)
• Teorias sociointeracionistas
• O desenvolvimento Infantil é um processo dinâmico;
• A criança não é uma tábua rasa onde se inscrevem letras e palavras segundo determinados métodos;
• Seu desenvolvimento se dá na relação (interação) com o meio (exterior):
Corpo próprio;
Coisas do seu ambiente;
“Outro” sujeito.
• De modo simultâneo e complexo a criança desenvolve :
• A linguagem;
• O pensamento;
• A sensibilidade;
• O raciocínio;
• A capacidade afetiva;
• A auto-estima.
Assim, as funções: cognitiva, motora, discursiva e afetiva se desenvolvem concomitantemente e de modo integrado.
• Nota sobre as teorias científicas:
• São produzidas a partir de certas condições (sociais, políticas, econômicas, culturais), as quais vão contribuir com sua propagação;
• Não são atemporais, portanto, estão sujeitas às transformações;
• Não são verdades terminantes;
• São passíveis de questionamento e, por vezes, são superadas.
Henri Wallon (1879-1962)
Médico Francês;
Em seus estudos ressaltou a natureza plástica do cérebro;
Defendeu um método investigativo do desenvolvimento infantil que levasse em consideração a integração dos aspectos afetivos, motores e intelectivos (inteligência);
O desenvolvimento da inteligência depende das experiências fornecidas pelo meio e pelo grau de apropriação das mesmas.
Para Wallon:
O ser humano é organicamente social e sua estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura para se atualizar e se desenvolver;
O desenvolvimento biológico e o desenvolvimento social estabelecem relações recíprocas, sendo um condição do outro;
O desenvolvimento da criança surge descontínuo, marcado por contradições e conflitos, resultado de um processo de maturação dado pelas condições ambientais, provocando alterações qualitativas no seu comportamento geral.
• Estágios do desenvolvimento infantil:
• Estágio impulsivo-emocional (1° ano);
• Estágio sensório- motor (01 a 03 anos);
• Estágio do personalismo (03 aos 06 anos);
• Estágio categorial (06 anos).
A passagem dos estágios não se dá linearmente por ampliação (acumulação de conhecimentos), mas mediante um complexo processo de reformulação.
• Estágio impulsivo-emocional
• O primeiro estágio inicia-se pela atividade reflexa, pelos movimentos impulsivos (espasmos, crispações, gritos), globais e incoordenados;
• As emoções são o principal instrumento de interação com o ambiente;
• Atividade afetiva e atividade cognitiva são próximas e semelhantes;
• Início do desenvolvimento das capacidades sensório-motoras se evidenciam;
• Tais capacidades sustentarão o próximo estágio.
• Estágio sensório- motor
Este estágio é caracterizado pelo movimento, suporte da representação. Inicialmente, os objetos do mundo que o sujeito pode manipular para apreciar suas características são excitantes (tato, audição, visão), a criança começa a pô-los em relação e classificá-los. Essa exploração dos objetos evolui para uma capacidade de coordenação dos movimentos próprios aos dos objetos, o que possibilita uma previsão e confrontação de meios e objetivos; nasce assim, uma intencionalidade objetiva, voltada, não ao meio social, mas às coisas. As atitudes imitativas também terão papel importante para a formação dessa intencionalidade.
• Neste estágio:
• A criança desenvolve a inteligência prática e a capacidade de simbolizar;
• A função simbólica contida na fala e nas atividades de representação possibilita uma nova relação com o mundo real;
• A partir desse estágio a criança usará a linguagem como forma de interação, não precisará mais dos objetos para remetê-los.
Exemplo: a criança deixa de apontar o que quer e passa a nomear o que deseja, água, mamadeira etc.
• Personalismo
Período da construção da consciência de si (da personalidade);
Nesse processo são determinantes as interações sociais;
A criança começa manifestar
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