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METODOLOGIA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  31/5/2016  •  Bibliografia  •  2.162 Palavras (9 Páginas)  •  469 Visualizações

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METODOLOGIA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

• O Desenvolvimento Infantil na perspectiva sociointeracionista: Piaget, Vygotsky, Wallon.

• Jane Felipe

• Piaget, Vygotsky e Wallon:

Cada um, a seu modo, tentou demonstrar que e a capacidade de conhecer e aprender se constrói a partir das trocas estabelecidas entre o sujeito e o meio. O estudo desses teóricos tem lançado luz sobre a compreensão do desenvolvimento Infantil. Apesar de, por vezes, serem dissonantes em alguns aspectos, conceitos, seus estudos têm influenciado ações em diversos contextos educacionais.

Piaget: socioconstrutivista (O desenvolvimento parte das estruturas intrínsecas e individuais do indivíduo)

Vygotsky e Wallon: sociointeracionista (O desenvolvimento parte das relações sociais)

• Teorias sociointeracionistas

• O desenvolvimento Infantil é um processo dinâmico;

• A criança não é uma tábua rasa onde se inscrevem letras e palavras segundo determinados métodos;

• Seu desenvolvimento se dá na relação (interação) com o meio (exterior):

 Corpo próprio;

 Coisas do seu ambiente;

 “Outro” sujeito.

• De modo simultâneo e complexo a criança desenvolve :

• A linguagem;

• O pensamento;

• A sensibilidade;

• O raciocínio;

• A capacidade afetiva;

• A auto-estima.

Assim, as funções: cognitiva, motora, discursiva e afetiva se desenvolvem concomitantemente e de modo integrado.

• Nota sobre as teorias científicas:

• São produzidas a partir de certas condições (sociais, políticas, econômicas, culturais), as quais vão contribuir com sua propagação;

• Não são atemporais, portanto, estão sujeitas às transformações;

• Não são verdades terminantes;

• São passíveis de questionamento e, por vezes, são superadas.

Henri Wallon (1879-1962)

 Médico Francês;

 Em seus estudos ressaltou a natureza plástica do cérebro;

 Defendeu um método investigativo do desenvolvimento infantil que levasse em consideração a integração dos aspectos afetivos, motores e intelectivos (inteligência);

 O desenvolvimento da inteligência depende das experiências fornecidas pelo meio e pelo grau de apropriação das mesmas.

Para Wallon:

 O ser humano é organicamente social e sua estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura para se atualizar e se desenvolver;

 O desenvolvimento biológico e o desenvolvimento social estabelecem relações recíprocas, sendo um condição do outro;

 O desenvolvimento da criança surge descontínuo, marcado por contradições e conflitos, resultado de um processo de maturação dado pelas condições ambientais, provocando alterações qualitativas no seu comportamento geral.

• Estágios do desenvolvimento infantil:

• Estágio impulsivo-emocional (1° ano);

• Estágio sensório- motor (01 a 03 anos);

• Estágio do personalismo (03 aos 06 anos);

• Estágio categorial (06 anos).

A passagem dos estágios não se dá linearmente por ampliação (acumulação de conhecimentos), mas mediante um complexo processo de reformulação.

• Estágio impulsivo-emocional

• O primeiro estágio inicia-se pela atividade reflexa, pelos movimentos impulsivos (espasmos, crispações, gritos), globais e incoordenados;

• As emoções são o principal instrumento de interação com o ambiente;

• Atividade afetiva e atividade cognitiva são próximas e semelhantes;

• Início do desenvolvimento das capacidades sensório-motoras se evidenciam;

• Tais capacidades sustentarão o próximo estágio.

• Estágio sensório- motor

Este estágio é caracterizado pelo movimento, suporte da representação. Inicialmente, os objetos do mundo que o sujeito pode manipular para apreciar suas características são excitantes (tato, audição, visão), a criança começa a pô-los em relação e classificá-los. Essa exploração dos objetos evolui para uma capacidade de coordenação dos movimentos próprios aos dos objetos, o que possibilita uma previsão e confrontação de meios e objetivos; nasce assim, uma intencionalidade objetiva, voltada, não ao meio social, mas às coisas. As atitudes imitativas também terão papel importante para a formação dessa intencionalidade.

• Neste estágio:

• A criança desenvolve a inteligência prática e a capacidade de simbolizar;

• A função simbólica contida na fala e nas atividades de representação possibilita uma nova relação com o mundo real;

• A partir desse estágio a criança usará a linguagem como forma de interação, não precisará mais dos objetos para remetê-los.

Exemplo: a criança deixa de apontar o que quer e passa a nomear o que deseja, água, mamadeira etc.

• Personalismo

 Período da construção da consciência de si (da personalidade);

 Nesse processo são determinantes as interações sociais;

 A criança começa manifestar

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