MÉTODO TIPO DE ESTUDO
Por: Fábio Silver • 27/4/2019 • Trabalho acadêmico • 1.417 Palavras (6 Páginas) • 242 Visualizações
3. MÉTODO
3.1. TIPO DE ESTUDO
Foi realizada uma revisão literária para análise lógica e direta que é um tipo particular de avaliação que permite testar a plausibilidade do relevante papel do enfermeiro no parto humanizado, usando o conhecimento científico disponível, isto é, ou evidência científica ou de experts (Champagne, Brousselle, Hartz e Contandriopoulos, 2009; Contandiopoulos, Champagne, Devis e Avargues, 2000). Essa metodologia fornece informação capaz de demonstrar se a intervenção é desenhada de tal maneira que possa alcançar os efeitos desejados. Assim, esta análise corresponde ao julgamento do desenho da investigação e de seus elos causais. O marco inicial deste pré-projeto foi à elaboração do método lógico do parto humanizado, baseado nos seguintes documentos publicados e relacionados à política para humanização do parto através da qualificação dos profissionais neste envolvidos, principalmente na figura do enfermeiro e seu papel de suma importância para o sucesso deste procedimento. Dentre estes documentos podem ser citados: Regulamento técnico para o Funcionamento dos Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal (Brasil, 2008a); Lei do acompanhamento (Brasil, 2005); Relatório final do Projeto de Avaliação Nacional do Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento/PHPN (Brasil, 2004a); Anais do Seminário Nacional sobre Assistência Obstétrica e Neonatal Humanizada baseada em Evidências Científicas (Brasil, 2004b). Todas essas iniciativas foram elaboradas, mediante um modelo de atendimento qualificado às parturientes, baseados em quatro diferenciais fundamentais que são implementados pelos enfermeiros comprometidos pelo funcionamento adequado da inciativa do parto humanizado nos centros obstétricos/sala de parto. Os quatro diferenciais são relacionados da seguinte forma: a administração e organização de sistemas de saúde, deontologia e ética médica, medicina baseada em evidências e psicologia médica as quais propõem perspectivas complementares que colaboram para entender a humanização do parto, bem como, também, soluciona as condições e características importantes para a efetiva implementação deste programa em todas as unidades básicas de saúde. Com base nesta premissa, os dados referentes à revisão literária foram processados e obtidos através da comparação do modelo lógico e do modelo conceitual do papel do enfermeiro no parto humanizado. Modo pelo qual foi possível identificar a força e a fraqueza do programa do parto humanizado. Vale ressaltar que com relação às práticas assistências que devem ser responsabilidade do enfermeiro foram pesquisadas com mais amplitude, uma vez que recai no âmbito relacional e, consequentemente, nas práticas humanizadoras que devem ser incorporadas pelos profissionais de saúde.
3.2. COLETA DE INFORMAÇÕES
A organização do sistema de saúde é fundamental para prover condições favoráveis para a humanização do parto (Brasil, 2004a). No Brasil, o Sistema Nacional de Saúde compreende uma rede regionalizada e hierarquizada de ações e serviços públicos de saúde organizados de acordo com o princípio descentralização. Nesta perspectiva, o modelo de descentralização de gerir a saúde requer a transferência de responsabilidades e prerrogativas da gestão do sistema de saúde para os Estados e Municípios respeitando as determinações legais que o sustentam e através das quais definem atribuições comuns e responsabilidades especiais para a União, os Estados e para os Municípios (Brasil, 1988). Pode-se verificar, a partir da análise dos documentos publicados sobre a política de humanização do parto e conscientização do papel do enfermeiro neste processo para implementação do programa de Humanização do parto, faz-se necessário a distribuição de responsabilidades para os três níveis de governo, sendo que o nível Federal deve articular com estados, Municípios e Distrito Federal a implantação do programa e estabelecer mecanismos de controle, de avaliação e de acompanhamento do processo; assessorar os Estados e Municípios e Distrito Federal na elaboração de seus respectivos Programas Estaduais de Humanização do Parto, na estruturação das Centrais de Regulação Obstétrica e Neonatal e na implantação dos Sistemas Moveis de Atendimento; estabelecendo, assim, novas normas técnicas; alocar recursos destinados ao financiamento do programa, dentre outras iniciativas, visando o melhoramento e aperfeiçoamento das ações que já estão sendo implementadas. A infraestrutura adequada para o desenvolvimento de ações humanizadoras, visando o atendimento as parturientes e a conscientização do papel imprescindível do enfermeiro nesse processo, por se tratar de um profissional que exerce uma postura relacional com as parturientes no decorrer do trabalho de parto. Sendo assim, esta relação prioriza oferecer as gestantes um ambiente que garanta privacidade, seja acolhedor, confortável, tranquilo e sobretudo limpo, além de um espaço físico seja favorável à assistência ao trabalho de parto e pós-parto no mesmo ambiente (Brasil, 2004c; 2001). Estas informações ajudam a compreender a necessidade de oferecer uma equipe qualificada de profissionais capazes de monitorar a evolução do trabalho de parto e registrar em partograma, bem com, disponibilizar equipamentos e materiais necessários para apropriação assistencial ao parto. Para tanto, é preciso demonstrar um aspecto muito importante que é assegurar a presença de acompanhantes, de livre escolha da gestante. O Ministério da Saúde também reconhece a Doula como uma pessoa leiga que pode oferecer apoio emocional durante o trabalho de parto à mulher (Brasil, 2008a; 2005; 2001; 2000a). Propiciar um parto humanizado requer da equipe profissional e, principalmente, do enfermeiro o respeito à mulher e seus familiares e atitude ética de todos os participantes deste processo. A relação entre os profissionais de saúde e parturientes não deve ser pautada no autoritarismo, pelo contrário, as relações devem ser menos desiguais e menos autoritárias, onde as parturientes devem ter autonomia para decidirem sobre o cuidado prestado (Brasil, 2002a). o reforço as práticas baseadas em evidências e redução das intervenções médicas ao necessário assume relevante papel na assistência humanizadoras ao parto (Brasil, 2004b).
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