NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL I.
Por: Sol Salazar • 23/11/2015 • Trabalho acadêmico • 2.665 Palavras (11 Páginas) • 464 Visualizações
NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL I.
Solange Crispim Salazar
Professor Tutor Externo- Barbara Mª Siqueira Dagostim
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
PED (0786) – Estágio III
27/11/15
RESUMO
Superando uma historica situação de abandono o ensino fundamental ,até pouco tempo atrás a única etapa escolar obrigatória do país, se encontra atualmente quase generalizado e com duração de nove anos. Esse avanço resulta do esforço dos mais de 5.560 municipios do Brasil, assoberbados pelas perguntas de ingresso à educação básica, especialmente nos anos iniciais do ensino fundamental. Porém os municipios brasileiros, mostram uma realidade múltipla e desigual, pois desguarnecido de recursos financeiros essenciais para o cumprimento de seus encargos educacionais, ainda não conseguem construir e oferecer um ensino fundamental municipal com qualidade à todos.
Palavras-chave: Ensino Fundamental I. Inclusão. Necessidades Educacionais Especiais.
1-INTRODUÇÃO
Esse paper possui como tema a inclusão no ensino fundamental I, o qual é um marco na vida acadêmica de qualquer criança, com os desafios, aprendizados de inúmeros conteúdos escolares e o convívio com outros colegas.
A interação social exerce um importante papel na formação da criança e a inclusão educacional da criança com deficiência, tornou-se um requisito legal e politico contemporâneo, contribuindo para que ocorra desenvolvimento de todas as crianças que frequentam as escolas. O fundamento da escola inclusiva, é que todos os alunos aprendam juntos, independente de dificuldades ou diferenças.
A inclusão oportuniza a diminuir o preconceito, os pais matriculam seus filhos com esperanças de desenvolvimento, porém os professores sentem não estarem preparados, mas mesmo sem recursos, estruturas físicas adequadas e até mesmo sem orientações procuram trabalhar para a realização do aprendizado em sala de aula e a escola contribui criando condições para que pais e professores se comuniquem de maneira apropriada para compartilharem os conhecimentos imprescindíveis para que haja a inclusão e aprendizado positivo dos alunos.
Acolher práticas e ritmos diferentes de aprendizagem, certificando a todos uma educação de qualidade, utilizando currículo apropriado, com modificações organizacionais, estratégias de ensino, o uso de recursos e unida com a comunidade, reconhecendo e respondendo às inúmeras necessidades de seus alunos, são estratégias de uma escola inclusiva, que busca o desenvolvimento e exercício da cidadania de seus alunos.
2 ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS
O convívio social, a interação com outras pessoas no mundo social trazem satisfação das necessidades e formam características humanas de sobrevivência física e psicológica para que o individuo desenvolva-se plenamente.
Estas relações sociais fazem com que a criança desenvolva a linguagem, e por meio dela passe a se comunicar e a organizar seu pensamento, planejando, direcionando e avaliando sua ação, através da linguagem, os significados se envolvem originando concepções compartilhadas pelos grupos sociais. Aucoutier e Lapiere (1986. p.77) nos evidenciam que:
É através de uma relação entre professor e aluno com deficiência, relação esta que deve ser baseada de forma espontânea, autentica e comprometida é que fluirá uma comunicação numa relação dialética de trocas e que possibilitará ao educador compreender aquilo a que a criança vive.
Processos de Inclusão e suas diferentes fases.
Através das diversas épocas e culturas a inclusão evidenciou sua historicidade. Na idade antiga, na Grécia foi o período de grande exclusão social, pois crianças que nasciam com alguma deficiência eram abandonadas ou mesmo mortas, não tendo o direito ao convívio social. Já na idade média, também eram marginalizados por serem rotulados como inválidos, por questões sobrenaturais, muitas famílias escondiam os filhos com deficiências, privando-os da vida em comunidade social.
No Brasil por meados do século XVIII, os deficientes tinham atendimentos restritos em sistemas de abrigos e a distribuição de alimentos nas Santas Casas, com a chegada do século XX a questão educacional foi se representando sendo concentrado nas causas biológicas da deficiência, conforme a psicologia avança, surgem novas teorias de aprendizagem que a educação, destacando a importância da escola e ressalta os métodos e as técnicas de ensino. No final de 1990 inicio do século XXI, os estudos em Educação Especial no Brasil avançam.
Conforme os estudos de Mazzotta (2005, p. 33) destacam-se três atitudes sociais que marcam o desenvolvimento da educação especial no tratamento da às pessoas com deficiência:
*Marginalização: Não acreditaram na capacidade das pessoas com deficiências, gerando omissão da sociedade em organizarem serviços para esse grupo da população;
*Assistencialismo: continuam não acreditando no potencial desses indivíduos, os tratando de modo filantrópico, paterno e humanitário com a ideia de proteção;
*Educação/Reabilitação: Passam a acreditar nas possibilidades de mudanças e desenvolvimento desse grupo da população, tendo a preocupação com a organização de serviços educacionais.
O processo de inclusão/integração educacional pode ser explicado em quatro fases que aconteceram na historia da inclusão:
*Fase da exclusão: Nesse período as pessoas com necessidades especiais ou deficientes não obtinham nenhum tipo de preocupação, ou atenção, eram simplesmente rejeitados e ignorados pela sociedade;
*Fase da segregação institucional: Essas pessoas ditas “especiais” passam a receber atendimentos em instituições religiosas ou filantrópicas, eram afastados de suas famílias, foi nessa fase que as primeiras escolas especiais e centros de reabilitação surgiram;
...