O Alfabetização e Letramento.
Por: patricia.2016 • 3/11/2016 • Relatório de pesquisa • 1.431 Palavras (6 Páginas) • 1.158 Visualizações
Unip- Universidade Paulista
Campus: Brasília
Alfabetização e Letramento:
Um novo olhar para a Escrita
O processo de alfabetização consiste na apropriação do sistema alfabético e ortográfico de escrita, o processo de letramento consiste na aquisição dos conhecimentos necessários para usar a escritura e a leitura, dar um apoio mais forte e saber fazer o uso disso. Aos seis anos de idade o professor vai fazer o uso do letramento ( Quem escreveu o livro? Quem ilustrou?)
Trabalhar fonologicamente as palavras, uma das importantes facetas do letramento e saber ensinar as crianças o prazer da leitura, alfabetização e letramento podem ser atividades lúdicas, as crianças podem estudar trava-línguas, alfabetizar e conseguir decodificar não necessariamente entender.
Letrado então é o estado ou condição é o estado ou condição que assume aquele que aprende a ler e escrever dentro das práticas sociais.
O INAF-Indicador de alfabetismo funcional, classifica o alfabetismo em quatro parâmetros.
- Analfabetismo;
- Alfabetismo rudimentar;
- Alfabetismo básico;
- Alfabetismo pleno.
Práticas inclusivas de Alfabetização e Letramento
Qual a diferença entre os conceitos de letramento e alfabetização?
Não podemos pensar em práticas pedagógicas sem entender os contextos de globalização , inclusão da escola e exclusão.
O grande desafio da educação está na formação do alfabetizador, temos que mudar o conceito que a criança não aprende por culpa própria. A educação é algo imprescindível para o desenvolvimento do ser humano. A inclusão a educação visa o direito à todos, igualdade de participação e acessibilidade à todos, igualdade de participação e acessibilidade à todos. O processo de alfabetização de alunos com deficiência visual na perspectiva da educação, o braille é um código de ensino utilizado com crianças com cegueira. As crianças devem ser estimuladas a aprender, o fato delas possuírem deficiência visual não afeta o aprendizado cognitivo.
Alfabetização e letramento de pessoas surdas. Perspectiva clínica, perda auditiva, diferença existente na habilidade para a percepção de sons, perspectiva social e educacional. Fenômeno cultural: campo que é ao mesmo tempo biológico, emocional, linguístico, educacional e social.
Alfabetização e Letramento
Um novo olhar para escrita.
Se, no início da década de 80, os estudos acerca da psicogênese da língua escrita trouxeram aos educadores o entendimento de que a alfabetização, longe de ser a apropriação de um código, envolve um complexo processo de elaboração de hipóteses sobre a representação lingüística; os anos que se seguiram, com a emergência dos estudos sobre o letramento [i] , foram igualmente férteis na compreensão da dimensão sócio-cultural da língua escrita e de seu aprendizado. Em estreita sintonia, ambos os movimentos, nas suas vertentes teórico-conceituais, romperam definitivamente com a segregação dicotômica entre o sujeito que aprende e o professor que ensina. Romperam também com o reducionismo que delimitava a sala de aula como o único espaço de aprendizagem.
Reforçando os princípios antes propalados por Vygotsky e Piaget, a aprendizagem se processa em uma relação interativa entre o sujeito e a cultura em que vive. Isso quer dizer que, ao lado dos processos cognitivos de elaboração absolutamente pessoal (ninguém aprende pelo outro), há um contexto que, não só fornece informações específicas ao aprendiz, como também motiva, dá sentido e “concretude” ao aprendido, e ainda condiciona suas possibilidades efetivas de aplicação e uso nas situações vividas. Entre o homem e o saberes próprios de sua cultura, há que se valorizar os inúmeros agentes mediadores da aprendizagem (não só o professor, nem só a escola, embora estes sejam agentes privilegiados pela sistemática pedagogicamente planejada, objetivos e intencionalidade assumida).
O objetivo do presente artigo é apresentar o impacto dos estudos sobre o letramento para as práticas alfabetizadoras.
Capitaneada pelas publicações de Angela Kleiman, (95) Magda Soares (95, 98) e Tfouni (95), a concepção de letramento contribuiu para redimensionar a compreensão que hoje temos sobre: a) as dimensões do aprender a ler e a escrever; b) o desafio de ensinar a ler e a escrever; c) o significado do aprender a ler e a escrever, c) o quadro da sociedade leitora no Brasil d) os motivos pelos quais tantos deixam de aprender a ler e a escrever, e e) as próprias perspectivas das pesquisas sobre letramento.
As dimensões do aprender a ler e a escrever
Durante muito tempo a alfabetização foi entendida como mera sistematização do “B + A = BA”, isto é, como a aquisição de um código fundado na relação entre fonemas e grafemas. Em uma sociedade constituída em grande parte por analfabetos e marcada por reduzidas práticas de leitura e escrita, a simples consciência fonológica que permitia aos sujeitos associar sons e letras para produzir/interpretar palavras (ou frases curtas) parecia ser suficiente para diferenciar o alfabetizado do analfabeto.
Com o tempo, a superação do analfabetismo em massa e a crescente complexidade de nossas sociedades fazem surgir maiores e mais variadas práticas de uso da língua escrita. Tão fortes são os apelos que o mundo letrado exerce sobre as pessoas que já não lhes basta a capacidade de desenhar letras ou decifrar o código da leitura. Seguindo a mesma trajetória dos países desenvolvidos, o final do século XX impôs a praticamente todos os povos a exigência da língua escrita não mais como meta de conhecimento desejável, mas como verdadeira condição para a sobrevivência e a conquista da cidadania. Foi no contexto das grandes transformações culturais, sociais, políticas, econômicas e tecnológicas que o termo “letramento” surgiu [ii] , ampliando o sentido do que tradicionalmente se conhecia por alfabetização (Soares, 2003).
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